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Gestão da Informação e Comunicação

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Por:   •  23/8/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.614 Palavras (15 Páginas)  •  168 Visualizações

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Artigo

A gestão da informação e da comunicação como fator determinante para o novo perfil de competências do cidadão/trabalhador na Sociedade da Informação

Patrícia de Tillio Claro

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da FAAC - UNESP - Bauru

Resumo

Estudo teórico, não exaustivo, onde descreve-se o contexto da Sociedade da Informação dando destaque aos novos perfis de competências preconizados para o cidadão/trabalhador. Relaciona-se a grande circulação de informações, intermediadas pelas novas tecnologias em todos os espaços sociais, a formação de tais perfis e reflete-se sobre a importância da gestão da informação e da comunicação como elemento estratégico para favorecer a formação do trabalhador para a competitividade e a cidadania dentro das necessidades do novo modelo sócio-econômico.

Palavras-chave: Sociedade da Informação, tecnologias, competências, educação e gestão da informação e da comunicação.

Introdução

Hoje, o novo padrão organizacional e tecnológico exige das pessoas capacidades para lidar com diferentes tipos de informações. Governo, empresários e a sociedade civil empenham-se para educar a população. É preciso, no entanto, estar atentos para o processo de gestão das informações e da comunicação no processo de ensino-aprendizagem oferecido à maioria da população, dentro e fora do universo do trabalho, para que não se priorize uma formação puramente tecnicista que se tornará obsoleta num tempo restrito. Na Sociedade da Informação necessita-se formar mais do que o trabalhador, objetiva-se formar o "cidadão" que atuará na transformação social, um indivíduo capaz de aprender que é preciso aprender sempre, já que agora a formação do ser humano tornou-se um diferencial competitivo para todos os setores sociais.

1-Sociedade da informação e universo do trabalho

Alguns referenciais teóricos sobre a concepção moderna de sociedade baseada na informação consideram a Sociedade da Informação (SI) como conseqüência direta das novas formas de organização, produção e circulação de produtos, serviços e bens culturais mundiais que têm se pautado no intenso uso das novas tecnologias da informação e da comunicação (NTIC).

As formas de uma sociedade conhecer, pensar e sentir tem íntima relação com a época, a cultura e as circunstâncias técnicas que envolvem seu contexto histórico/social. Uma mudança técnica influi diretamente na dinâmica da sociedade, pois amplia seu universo de produção de bens materiais e simbólicos, assim como as interações físicas e comunicativas entre homens-máquinas e homens-homens.

Após a invenção da máquina a vapor, as empresas modificaram completamente suas estruturas de produção, assim como a gestão das estruturas humanas, sociais e comerciais. Gradativamente, o avanço da economia industrial foi pautando-se em investimentos científicos e tecnológicos, que proporcionaram o desenvolvimento de modernas tecnologias como a microeletrônica.

Estes avanços tecnológicos no decorrer da história culminaram, de acordo com alguns teóricos da administração de empresas, em várias revoluções industriais, pois a cada mudança estrutural e administrativa das organizações advinda de renovações tecnológicas desencadeou, paralelamente, mudanças na economia, na política e na vida sócio-cultural mundial, influindo nos comportamentos individuais e sociais, ou seja, nas maneiras de pensar, sentir e agir de toda a sociedade.

O processo de Globalização e a política neoliberal que o acompanhou introduziram propostas de reorganização à sociedade mundial, atingindo as esferas política, econômica, social e cultural, o que redefiniu algumas concepções de espaços públicos e privados. Ou seja, o intenso uso das tecnologias fez desenvolver a Sociedade da Informação no mundo, redefinindo o trato das informações estratégicas, nas esferas já citadas, reorganizando as formas dos países se inserirem na sociedade internacional e no sistema econômico mundial.

Takahashi (2000), afirma que: "A sociedade da informação não é um modismo. Representa uma profunda mudança na organização da sociedade e da economia, havendo quem a considere um novo paradigma técnico-econômico. É um fenômeno global (...)." (2000, p.5).

Dentro de um amplo universo de tecnologias, as tecnologias da informação e da comunicação (TICs) formam um dos grupos mais dinâmicos e provocam um grande impacto na competitividade dos setores industriais e comerciais, pois ao encurtarem as distâncias e reformularem as noções de tempo e espaço sociais, influem na organização do trabalho e nos perfis de capacitação dos cidadãos/trabalhadores.

No século XX, "as próprias bases do funcionamento social e das atividades cognitivas modificaram-se a uma velocidade que todos podem perceber diretamente." (LÉVY, 1993, p.8), devido ao desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação (TICs). Hoje, os usos das TICs ditam regras às relações do mercado econômico global através de seu ritmo ágil de funcionamento, impondo produtividade, qualidade e competitividade, o que redefine o perfil de competências dos indivíduos e os modos como as organizações e a sociedade atingirão suas metas.

Chiavenato (1994), ao tratar das "revoluções industriais" pelas quais as empresas passaram no decorrer do tempo, considera que vivemos a terceira Revolução Industrial, identificada por ele como a fase da incerteza, também chamada de revolução do computador e de era digital. Uma transformação das culturas empresariais que abarca economia, informação e a comunicação, constituindo para Chiavenato, uma "revolução" sem precedentes, pois para ele nunca a humanidade teria evoluído tanto tecnologicamente em tão pouco tempo.

Lojkine (1995), por exemplo, considera que as mudanças do final do século XX somente se comparam a invenção da ferramenta e da escrita, e supõe que possam até mesmo ultrapassar os efeitos sociais da Revolução Industrial do século XVIII. O teórico acredita que esta nova "Revolução", denominada por ele como Revolução Informacional, vá ultrapassar as divisões que opõe os homens desde o início das sociedades de classes, pois Lojkine acredita que o trabalho humano abrangerá muito mais que a manipulação da tecnologia, voltando-se ao tratamento da informação.

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