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Higiene E Segurança Do Trabalho

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Por:   •  7/3/2015  •  2.130 Palavras (9 Páginas)  •  224 Visualizações

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CASO CONTROLE DE CUSTOS NUM HOSPITAL

PALAVRAS-CHAVE:

Higiene e Segurança do Trabalho

Finanças das Empresas

Em apenas dez dias Seymour Politz recebia a seguinte resposta à carta que enviara a sua prima Linda:

Caro Seymour:

Fico feliz em poder dar-lhe minhas opiniões sobre os planos de expansão do Hospital Glen River, do qual você é coordenador da Comissão Financeira (algo que eu não sabia). Fiquei .impressionada com seu excelente planejamento. Pretendo ate utilizar suas projeções das tendências populacionais em relação às necessidades hospitalares como modelo para o meu pessoal aqui. Estamos começando a desenvolver as linhas mestras do planejamento dos hospitais do nosso Estado, de maneira que os planos do Glen River vieram mesmo a calhar. E por favor, mande ao Dr. Benauer, seu administrador hospitalar, minhas lembranças e meus cumprimentos pelo extraordinário trabalho de planejamento. Eu já sabia que os planos seriam modelares desde o instante em que vi o nome de Bernauer subscrevendo-os; lembro-me vividamente de suas contribuições, quando participamos da Comissão de Hospitais Militares, criada pelo presidente Nixon.

Concordo plenamente com a conclusão do Dr. Bernauer, o Hospital Glen River precisa urgentemente acrescentar cerca de trinta quartos, ou sessenta leitos. Que devem ser de tratamento clínico. Na realidade, creio que estes números estão aquém das necessidades, de acordo com seus prognósticos populacionais para a região de Glen River, vocês deveriam almejar um mínimo de setenta c cinco novos leitos clínicos, ou seja, trinta e oito ou quarenta quartos semi-particulares. Mas, Seymour, vocês Já tem esses quartos, ou melhor, estão utilizando cerca de quarenta quartos de tratamento clínico (e, portanto, de alto custo) para fins que exigiriam recursos muito menos dispendiosos (cerca de dois terços mais baratos com relação ao investimento de capital, cinquenta por cento mais baratos com relação aos serviços prestados, e mais baratos também em termos de manutenção).

No edifício principal do hospital vocês têm quartos para tratamento clínico reservados para a maternidade. Ora, parto não é doença, tudo que uma mãe saudável precisa é um lugar para se deitar, dormir e se recuperar do cansaço. E, além disso, ela deve se movimentar e ter coisas para fazer. Em outras palavras, o que necessita é o tipo mais simples de quarto de "hotel", de preferência com algum tipo de sofá-cama que possa abrir ou fechar, conforme desejar. Alguns bebês de fato necessitam de instalações para tratamento clínico, mas estes seriam quartos pequenos e simples. As mães precisam de um lugar onde possam fazer café, sentar e bater papo. O custo de quarto assim (incluindo recursos de tratamento intensivo para crianças que tenham nascido com problemas, .salas de parto e quartos de recuperação) é cerca de um terço do custo dos quartos de tratamento intensivo. Construa um “hotel” para a maternidade, e libere esses quartos para pacientes que realmente necessitam de cuidados clínicos

Da mesma forma, vocês têm dez quartos reservados para pacientes, mentais. Todavia, o hospital não admite casos graves; só recebe pessoas deprimidas e angustiadas, pessoas que necessitam de conselhos ou proteção contra um mundo excessivamente exigente. Elas deveriam ser forçadas a se movimentar, a tomar suas refeições no restaurante, a encontrar outras pessoas. Novamente aqui um pequeno hotel com algumas salas extras para aconselhamento e terapia em grupo seria o ideal. Nada de quartos para tratamento clinico.

Finalmente, vocês estão utilizando quinze quartos, e talvez mais, para os pacientes de cirurgia e tratamento ortopédico para pessoas com dor intensa na coluna. Isso não exige cuidados clínicos. Um paciente que operou o tornozelo, por exemplo, é mantido no hospital para que seu gesso não seque depressa demais, e somente por isso é que fica internado até poder apoiar seu peso no chão. Uma mulher com dor nas costas precisa de tração durante seis a dez horas diárias por dois ou três dias, mas não necessita de cuidados clínicos. Só precisa de uma cama onde possa ficar deitada com a perna levantada. É verdade que vocês do hospital precisam de salas de operação para esses pacientes (e, de qualquer maneira, estão planejando a construção de mais cinco), precisam de salas de recuperação, precisam de camas de hospital para tornar mais fácil o serviço das enfermeiras. Mas não precisam de um dispendioso quarto hospitalar para cuidados clínicos. Algo bem mais simples e barato é suficiente.

De maneira que aconselho retraçarem seus planos construírem um "hotel" de dois andares com trinta e cinco a quarenta quartos (setenta a oitenta leitos semiparticulares) ao menor custo possível. Calculo que gastariam apenas quarenta por cento do que foi estimado para a expansão do hospital. E isso incluiria a reforma dos quarenta e dois quartos de tratamento clínico que são hoje erroneamente aproveitados na maternidade, na psiquiatria e na recuperação de cirurgias. Essa reforma lhes proporcionaria tudo que necessitam, e talvez até mais, a um custo marcadamente inferior. Não obstante, creio que as instalações finais ficariam melhores assim.

Apenas mais uma coisa, Seymour. Seu plano pretende levantar todo o dinheiro que o Hospital Glen River necessitará através de uma campanha de .arrecadação de fundos e de contribuições de caridade. Isso é um desatino, um sinal de vaidade. É um método por demais dispendioso. Numa campanha dessas, cerca de trinta por cento dos fundos arrecadados é gasto na própria campanha. É metade das pessoas que prometem doações ficam apenas nas promessas. O. único modo razoável e sensato de financiar o projeto (e também o único modo barato) é tomar emprestado comercialmente o máximo que puderem. Creio que conseguiriam noventa por cento do que necessitam com os bancos, companhias de seguros, órgãos estaduais e federais. E com juros bastante aceitáveis. Pois, afinal de contas, novena por cento dos seus custos é absorvido pelas seguradoras, pela Blue Cross e pelo governo. Quanto aos dez por cento restantes, bem, é para isso que existe a filantropia. Recorrer a ela, para mais do que isso, é injustificável dentro de um hospital moderno.

Mando beijos e lembranças a Kathy – Ann. Diga-lhe que esperamos ansiosamente a visita de vocês no outono. E Jim pede que eu lhe informe que ele espera que possa tirar alguns dias de folga para irem pescar juntos. Acaba de inventar uma nova isca que deseja mostrar a vocês. Até então, Sempre tua,

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