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História Da Publicidade

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Por:   •  9/3/2014  •  4.270 Palavras (18 Páginas)  •  394 Visualizações

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Publicidade e propaganda

origens históricas

Eloá Muniz

“Mas a publicidade, como a comédia clássica, visa o

verossímil em vez da verdade.” (Louis Quesnel)

1 Introdução

Este trabalho tem por objetivo principal a conceituação de publicidade e propaganda,

considerando os aspectos históricos e as características de cada atividade.

Verifica-se, na prática, que as designações agência de propaganda e a agência de publicidade

são usadas indistintamente, o mesmo acontecendo com os termos propaganda e publicidade. Todavia

isto não acontece com a denominação propagandista, que não é equivalente a publicitário, pois está

popularmente consagrada para identificar o representante de laboratórios farmacêuticos que atua na

promoção de produtos junto à classe médica.

Desde a Revolução Industrial, influenciados pelo desenvolvimento das relações comerciais e da

diversificação da produção, os conceitos de publicidade e propaganda confundiram-se. Portanto, é

relevante conceituar diferentemente publicidade e propaganda, na medida em que são atividades

distintas e com características de linguagem diferentes. É importante observar a distinção e a delimitação

conceitual, para evitar dissonância comunicacional provocada pelo desperdício de mensagens mal

direcionadas por não considerarem, na concepção inicial da campanha, a diferença básica, ou seja, “a

publicidade apela para o instinto de conservação, os sentimentos de conforto, prazer, etc. e a propaganda

1

apela ao sentido moral e social dos homens, aos sentimentos nobres e as suas virtudes.”

A presente investigação se caracteriza pela pesquisa bibliográfica, identificando-se, através da

evolução histórica, os conceitos de publicidade e propaganda.

A identificação conceitual, a partir das relações e diferenças entre publicidade e propaganda,

efetiva o delineamento dos campos de ação e as estratégias adotadas em cada campanha.

2 Evolução histórica da publicidade

A atividade publicitária teve início na Antigüidade Clássica, onde se encontram os primeiros

vestígios, conforme demonstram as tabuletas descobertas em Pompéia. As tabuletas, além de

anunciarem combates de gladiadores, faziam referências às diversas casas de banhos existentes na

cidade. Nesta fase, a publicidade era sobretudo oral, feita através de pregoeiros, que anunciavam as

vendas de escravos, gado e outros produtos, ressaltando as suas virtudes.

A primeira etapa da publicidade, que se prolongou até à Idade Média, evidenciava sua atividade a

serviço dos mercadores e comerciantes, que, através de gritos, ruídos e gestos, procuravam tornar

conhecido do público a sua mercadoria. A utilização de símbolos, hoje em dia tão comuns, inicia-se neste

período. Naquela época as casas não possuíam número e as ruas não eram identificadas. O comerciante

se obrigava, então, a identificar o seu estabelecimento com um símbolo; ou seja, uma cabra simbolizava

uma leiteria e um escudo de armas significava a existência de uma pousada. Estes símbolos tornaram-se

mais tarde em emblemas de marca e logotipos. Com a invenção da imprensa mecânica, por Gutenberg, surge no século XV, uma etapa importante

da publicidade. Creditam-se à utilização do papel, grandes progressos aos meios de comunicação, pois,

mesmo antes da impressão dos livros, surgiram os primeiros panfletos, ou folhas volantes, que a Reforma

posteriormente se utilizará. Nesta época, surge o primeiro cartaz de que se tem conhecimento: impresso em

1482, destinava-se a anunciar uma manifestação religiosa que ia ter lugar em Reims, o Grande Perdão de

Nossa Senhora.

Em 1625, apareceu no periódico inglês Mercurius Britannicus o primeiro anúncio publicitário de um

livro. Em 1631, na França, Thèophraste, Renaudot cria na sua gazeta uma pequena seção de anúncios.

Cria-se, então, uma nova fonte de receita para o jornal que até então vivia somente da venda de assinaturas

e uma nova etapa para a publicidade.

Os primeiros anúncios realizados nesta fase tinham como finalidade, única, chamar a atenção do

leitor para determinado ponto ou fato; assim, a mensagem publicitária ainda não pretendia ser sugestiva e

limitava-se a ser informativa, tomando por vezes a forma de uma declaração, como por exemplo, o anúncio

publicado no Mercurius Britannicus, a 30 de Setembro de 1658: “essa excelente bebida China, aprovada por

todos os, chamados chineses, Tay ou Tchá pelos Tea por outras nações, é vendida na cafeteira Cabeça de

2 Sultana, em Sweeting's Rents, pelo Royal Exchange, Londres.”

O primeiro publicitário e criador da primeira agência foi Voley B. Palmer que ficou conhecido ao

planejar a publicidade de vários anunciantes em 1841, na Filadélfia e Boston, cobrando dos periódicos 25%

do custo dos anúncios.

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