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História da corrida

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Por:   •  13/11/2014  •  Tese  •  1.662 Palavras (7 Páginas)  •  160 Visualizações

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A história da corrida

By multiesportes on 19 de abril de 2010

Matéria originalmente publicada na edição 43 da Revista SuperAção

Fernando Evans

SuperAção apresenta o nascimento e a evolução do atletismo no Brasil

Pelas mãos, ou melhor, pelos pés de ingleses e alemães, o atletismo brasileiro ganhou vida. Imigrantes dos dois países foram os pioneiros do esporte organizado no Brasil. Segundo registros, em 1880 já existia, no Rio de Janeiro, o Club Brasileiro de Cricket, onde se faziam apostas para corridas a pé, realizadas entre jogos de críquete e, provavelmente, de golfe. Em São Paulo, o primeiro clube a ser fundado foi o São Paulo Athletic, em maio de 1988. De início, apenas para a prática do críquete, mas, posteriormente, também para corridas pedestres, ginástica, golfe e futebol. Além desses dois clubes surgiram ainda, em São Paulo, o Club Alemão de Ginástica (1888), Associação Atlética Mackenzie Collage (1898), Sport Club Internacional (1899) e Club Atlético Paulistano (1900); em Niterói, a Rio Cricket and Athletic Association, por volta de 1899; e em Porto Alegre, várias agremiações dirigidas por alemães, dedicadas à ginástica, jogos com bola e provas atléticas.

De acordo com dados da época, em todos esses clubes surgidos no fim do século 19, o atletismo era praticado de forma descontínua, não obedecendo muito às normas traçadas na Inglaterra. Data de 1907 o primeiro livro, editado pela Livraria Garnier, com regras oficiais para diversos jogos e esportes, inclusive o atletismo. Cerca de três anos depois, em São Paulo, essas regras já eram observadas em torneios regularmente disputados em vários clubes e colégios.

No ano de 1914, o jornal ‘O Estado de São Paulo’ patrocinou o Campeonato do Atleta Completo, conjunto de 12 provas para cada concorrente. A competição, uma espécie de dodecatlo, foi realizada no Clube Espéria e vencida pelo dinamarquês Islovard Rasmussem, cabendo ao brasileiro Amadeu Saraiva o segundo lugar. A partir de 1918, com uma corrida de 24km pelas ruas de São Paulo, patrocinada pelo mesmo jornal e denominada ‘Estadinho’, o atletismo ganhava novo interesse.

Três anos depois, foram publicadas as primeiras regras internacionais, seguidas por todos os clubes brasileiros, com o Club Atlético Paulistano inaugurando o primeiro estádio de atletismo construído no Brasil. Pela mesma época, iniciaram-se as disputas interestaduais Rio-São Paulo e uma série de torneios com atletas argentinos e uruguaios. Desde então, sobretudo por sua participação em Jogos Olímpicos, Pan-Americanos e Universitários, o Brasil procura acompanhar de perto o atletismo mundial.

De acordo com registros da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), a primeira competição nacional foi o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, em 1929, sendo que a última edição desse evento foi disputado em 1985. Já o principal evento de pista do País, o Troféu Brasil, foi criado em 1945 e é realizado até hoje.

A IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo) foi criada em 1912, durante os Jogos Olímpicos de Estocolmo, na Suécia. O Brasil está filiado à entidade desde 1914, primeiro pela antiga CBD (Confederação Brasileira de Desportos), que naquela época dirigia quase a totalidade das modalidades esportivas nacionais. No entanto, o atletismo foi desmembrado da CBD oficialmente no dia 2 de dezembro de 1977, quando foi criada, no Rio de Janeiro, a CBAt. Em 1994, por decisão da Assembléia Geral, a sede foi transferida para Manaus.

O primeiro presidente da CBAt foi Hélio Babo (RJ), que ficou no cargo até a eleição de seu sucessor, Evald Gomes da Silva (SP), em 1984. Em janeiro de 1987 houve a escolha do atual presidente, Roberto Gesta de Melo (AM). No total, a entidade representa, além das 27 federações estaduais, mais de 500 clubes, 20 mil atletas, 900 árbitros e 700 técnicos federados.

Segundo o seu site oficial, a CBAt realiza, de forma direta, pelo menos uma dezena de competições anuais de caráter nacional. Isto, em todas as categorias – adulto, juvenil (até 19 anos) e menor (até 17 anos) – e modalidades do atletismo. Na história da IAAF, apenas três campeonatos mundiais foram realizados na América do Sul. Destes, dois foram organizados pela CBAt: o Mundial Feminino de Corrida de Rua, em 1989, no Rio de Janeiro, e o Mundial de Maratona em Revezamento (Ekiden), em Manaus, em 1998.

O ‘boom’ das corridas de rua no Brasil aconteceu na década de 80, tendo como um dos marcos a Maratona do Rio de Janeiro de 1980. Desde então, o crescimento das provas tem sido progressivo. Hoje, com a atuação de entidades como a Corpore, o estado de São Paulo conta com alguns dos mais populares e bem organizados eventos do País. De modo geral, as competições promovidas pelos estados do Sul e Sudeste têm se destacado ao longo dos anos.

São Silvestre

Falando de história da corrida no Brasil, fica impossível não mencionar a mais tradicional prova de rua do País. Criada pelo jornalista Cásper Líbero, que se inspirou em uma corrida francesa, nascia, em 1924, a São Silvestre, disputada na noite do dia 31 de dezembro pelas ruas de São Paulo, marcando a virada do ano. O nome é em homenagem ao Santo do dia.

Diferentemente do que acontece hoje, a prova, sinônimo de festa entre homens e mulheres na capital paulista, iniciou sua trajetória permitindo apenas a participação de homens. O primeiro vencedor foi Alfredo Gomes.

A São Silvestre foi sofrendo transformações ao longo dos anos. Até a 20ª edição, tinha a participação apenas de atletas brasileiros. A partir de 1945 ganhou a presença internacional, com competidores dos vizinhos Chile e Uruguai. Foi o estopim para a chegada de outros corredores das Américas, europeus, africanos e asiáticos.

Em 1975, foi criada a competição feminina, no mesmo ano em que a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o Ano Internacional da Mulher. A primeira campeã foi a alemã Christia Valensieck.

O final dos anos 80 e começo dos anos 90 ficaram marcados pelas mudanças

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