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Igreja e sexualidade

Artigo: Igreja e sexualidade. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/4/2014  •  Artigo  •  1.339 Palavras (6 Páginas)  •  394 Visualizações

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Igreja e sexualidade: conheça a doutrina sobre o assunto Identidade do ser humano SEGUNDA-FEIRA, 14 DE MARÇO DE 2011, 14H00 MODIFICADO: TERÇA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2014, 16H35 Share on facebookShare on google_plusone_shareShare on twitterShare on emailShare on print

Leonardo Meira

Da redação

Igreja e sexualidade: conheça a doutrina sobre o assuntoAs abordagens da doutrina da Igreja Católica sobre a sexualidade possuem sempre o mesmo pano de fundo: entendê-la como fator que afeta profundamente a identidade do ser humano e a ele conferem as características – biológicas, psicológicas e espirituais – que o fazem homem e mulher.

O tema é foco de acalorados debates e discussões e já foi abordado largamente em documentos do Magistério. “A sexualidade é um dom do Criador, mas também uma função que tem a ver com o desenvolvimento do próprio ser humano. Quando não é integrada na pessoa, a sexualidade torna-se banal e ao mesmo tempo destrutiva. Vemos isto, hoje, em muitos exemplos da nossa sociedade”, disse o Papa Bento XVI na Carta aos Seminaristas após o Ano Sacerdotal.

Segundo o médico italiano e membro da Secretaria Internacional do Movimento Famílias Novas, Raimondo Scotto, autor do livro O Amor tem mil faces, “a sexualidade não é uma dimensão acessória, mas um componente fundamental do ser humano, que diz respeito a toda a pessoa. [...] A sexualidade influencia todo o tipo de ação e comportamento da pessoa, dando um caráter próprio às personalidades masculina e feminina de qualquer ser humano. Ela estende a sua influência inclusive à dimensão espiritual da existência. Assim, a sexualidade não é uma coisa agregada ao corpo, um atributo seu, mas é uma realidade intrínseca a cada ser humano, uma dimensão que perpassa toda a sua existência”.

A “Declaração Persona Humana sobre alguns pontos de ética sexual”, da Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), explicita que, “mesmo entre os cristãos, pontos de doutrina, critérios morais e maneiras de viver, até há pouco fielmente conservados, no espaço de poucos anos foram fortemente abalados; e são em grande número hoje em dia aqueles que, perante tantas opiniões largamente difundidas em oposição com a doutrina que eles receberam da Igreja, chegam a perguntar-se o que é que devem ainda manter como verdadeiro”.

Nessa perspectiva, vale perguntar: O que a Igreja realmente pensa e ensina sobre a sexualidade? A partir dessa semana, você confere uma série de reportagens especiais sobre o tema, com base em entrevistas e documentos da Igreja que abordam o assunto.

Documentos de interesse

.: Declaração Persona Humana sobre alguns pontos de ética sexual

.: Orientações educativas sobre o amor humano – linhas gerais para uma educação sexual

.: Sexualidade humana: verdade e significado

Principais pontos

O doutor em Teologia Moral e coordenador nacional do grupo de reflexão sobre problemas morais da CNBB, padre Rafael Durán, explica que o documento “Sexualidade humana: verdade e significado”, do Pontifício Conselho para a Família (PCF), aborda a sexualidade como dom. “Ser homem ou mulher é uma graça imensa. A obra criadora de Deus coloca em cada um de nós uma identidade própria”, afirma.

O padre elenca três pontos centrais:

1 – Deus nos cria e, ao nos criar, nos dá um corpo, que é templo, fala, ilumina a caminhada de todos os seres no mundo. Aqui destaca-se o valor sagrado do corpo;

2 – Homem e mulher Deus nos criou: aqui está riqueza de toda antropologia (modo de entender o homem) cristã. É o valor de cada um poder manifestar a sua sexualidade como dom e, ao mesmo tempo, expressar a sua riqueza de forma harmoniosa, celebrativa, redescobrindo o valor do ato conjugal como gesto responsável em meio a uma sociedade em que as relações pré-matrimoniais tomaram conta;

3 – Castidade. Não somos feitos para o corpo, mas para a glória. Esse ponto somente pode ser entendido a partir da vivência gloriosa, mas humana e lutada, da castidade. “É maravilhoso encontrar batizados que descobrem alegria de serem castos pelo Reino. Para mim, aqui estaria o verdadeiro desafio do século XXI: retomar o tema da castidade, afiançar o valor do corpo como doutrina essencial, a dimensão do corpo salvífico”, afirma padre Durán.

Declaração Persona Humana - esclarece que, com relação à ética sexual, “tais princípios e tais normas não têm, de maneira nenhuma, a sua origem num determinado tipo de cultura, mas sim no conhecimento da lei divina e da natureza humana. Não podem, portanto, ser considerados como algo caducado, nem postos em dúvida, sob o pretexto de uma nova situação cultural”.

1 – Como saber quando um ato sexual é moralmente aceitável? O documento explica: “é o respeito pela sua finalidade que garante a tal ato a própria honestidade. Este mesmo princípio, que a Igreja deduz da Revelação divina e da sua interpretação autêntica da lei natural, fundamenta também aquela sua doutrina tradicional, segundo a

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