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Imagens Das Organizações

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Por:   •  30/3/2014  •  3.802 Palavras (16 Páginas)  •  382 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Este é um livro a respeito de uma metáfora dentro de outra, ou seja, a metáfora de se efetuar a “leitura da organização”.

Procura mostrar como muitas das idéias convencionais sobre organizações e administração foram construídas sobre um pequeno número de imagens tidas como certas, especialmente a mecânica e a biológica. Segundo, explorando essas e um conjunto alternativo de imagens procura mostrar como se podem criar novas maneiras de pensar sobre a organização. Em terceiro lugar, procura mostrar como esse método geral de análise pode ser usado como um instrumento prático de diagnóstico dos problemas organizacionais, bem como de administração e planejamento das organizações de maneira mais ampla. E, finalmente, procura também explorar as implicações levantadas por esse tipo de análise.

A respeito de metáforas: existe crescente literatura demonstrando o impacto da metáfora em relação ao modo pelo qual se pensa, se fala em relação aos sistemas de conhecimento científico e corriqueiro. Usar uma metáfora implica um modo de pensar e uma forma de ver que permeia a maneira pela qual entendemos nosso mundo em geral.

2. AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO MÁQUINA

Dentro dessa concepção, a forma mecânica de pensar, arraigada nas nossas mentes durante tantas décadas, alicerçou o estilo burocrático criando dificuldades para a entrada de novas percepções organizacionais.

As organizações são propostas como um fim em si mesmas. São instrumentos criados para se atingirem outros fins. Isso é refletido pelas origens da palavra organização que deriva do grego orgamon que significa uma ferramenta ou instrumento.

Durante o século XIX várias tentativas foram feitas para codificar e promover as idéias que poderiam levar as organizações a uma gestão eficiente no trabalho.

O autor justifica dizendo que, muitos teóricos em ciência social observaram que vivemos em uma sociedade tecnológica, dominada pelas necessidades das máquinas e por modelos mecânicos de raciocínio. Os elementos da teoria mecanicista apareceram pela primeira vez nas idéias dos “atomistas” gregos, tais como Demócrito e Leucipo, no período compreendido entre o século V e o III a.C..

Acreditavam que o mundo era composto de partículas indivisíveis, em movimento e dentro de um vácuo infinito e que todas as formas, movimentos e mudança poderiam ser explicados em termos do tamanho, forma e movimento doas átomos.

Esta visão mecânica influenciou o pensamento científico até o século XX e tem a sua mais completa e extensiva compreensão nas contribuições do físico Sir Isaac Newton que desenvolveu uma teoria do universo enquanto maquina celestial.

Dentro do campo da filosofia, as idéias mecanicistas têm exercido influência poderosa em relação às teorias da mente humana e a respeito da natureza e do conhecimento e da realidade.

O autor direciona-se ao filósofo francês René Descartes dizendo que este, fixou importantes fundamentações para estes desenvolvimentos na sua famosa obra Discurso sobre o método, publicado em 1637 e na qual apresentava argumentos justificando uma separação entre o corpo e mente e entre sujeito e objeto, numa tentativa de colocar o processo de raciocínio humano dentro de uma base tão sólida quanto possível.

Em ciência social, a idéia de que o homem é uma máquina exerceu forte influência sobre a psicologia do comportamento, especialmente através da idéia de que os seres humanos são produtos de forças ambientais.

Em relação às ligações entre a abordagem mecânica e a vida quotidiana, é interessante observar como as pessoas chegaram a tratar os seus corpos como máquinas. Isto se torna mais evidente em muitas das abordagens de condicionamento físico nas quais o objetivo principal é “ficar em forma”, desenvolvendo o corpo via jogging, calistenia, musculação e ginástica.

O autor cita o sociólogo Max Weber (1946, 1947) que discute os paralelos entre mecanização e organização. Ao se tentar compreender o seu trabalho, é importante perceber que Weber não estava interessado em estudar as organizações formais enquanto fins em si mesmas. Ao contrário, estava preocupado em compreender o processo de organização, processo este que assume diferentes formas em diferentes contextos e em diferentes épocas, fazendo parte de um contexto social mais amplo. Assim, a forma burocrática de organização foi vista como uma sociedade como um todo, enfatizando a importância das relações meiosfins.

As mudanças na estrutura organizacional visaram a uma operação tão precisa quanto possível dentro dos padrões de autoridade, como por exemplo, em termos das responsabilidades nos cargos e o direito de dar ordens e exigir obediência.

Toda a crença, segundo o autor, da teoria da administração clássica e a sua aplicação moderna é sugerir que as organizações podem ou devem ser sistemas racionais que operam de maneira tão eficiente quanto possível.

Os princípios da Administração Científica foram estabelecidos por Taylor que surge como um homem com visão obsessiva, sustentada por uma determinação de implantá-la a qualquer custo. Taylor defendeu o uso de estudos de tempos e movimentos como meio de analisar e padronizar as atividades de trabalho.

O Impacto da Administração Cientifica na engenharia industrial, psicologia industrial, moderna ergonomia e no estudo do trabalho pode ser observado em praticamente todos os textos modernos de administração industrial.

3. A NATUREZA ENTRA EM CENA – AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO ORGANISMOS

É possível pensar nas organizações como se fossem organismos. A Biologia classifica os organismos em espécies, questiona a descrição geográfica, a linha de decadência e as mudanças evolutivas.

O autor descreve a organizacional baseando-se na biologia, desde os anos 50. O pensamento biológico tem influenciado a teoria organizacional e social desde pelo menos o século XIX através dos trabalhos de Spencer (1873, 1876, 1884), Durkheim (1934, 1938, 1951) e Radcliffe-Brown (1952). Estes foram os trabalhadores de base que influenciaram a poderosa escola de pensamento em Sociologia denominada funcionalismo estrutural, trazida à notoriedade nos anos 50 e 60 por Talcott Parsons (1951).

O uso da metáfora orgânica focaliza as organizações como as unidadeschaves da análise. Discute-se como as organizações e os seus membros podem ser vistos como tendo diferentes

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