TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Incendio Agricola

Trabalho Escolar: Incendio Agricola. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/10/2013  •  3.388 Palavras (14 Páginas)  •  401 Visualizações

Página 1 de 14

INTRODUÇÃO

1. OBJETIVOS GERAIS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE BRIGADA DE INCÊNDIO

O curso de formação de brigada de incêndio disponibilizado pela Empresa Suporte em Emergência visa capacitar o corpo discente com informações de qualidade referente a área de emergência.

As informações supracitadas atendem o que preconiza a NBR 14276, ou seja, apresenta as condições mínimas para a elaboração de um programa de brigada de incêndio.

Durante o curso o aluno aprenderá noções de como é constituída uma brigada de incêndio, bem como quais são as suas responsabilidades. E ainda, noções de teoria e prática sobre prevenção/combate a incêndio e atendimento pré-hospitalar.

É extremamente importante salientar que este material apresenta o currículo básico de um curso de formação de brigada de incêndio, logo, outras fontes de consulta são necessárias para enriquecer e aperfeiçoar os serviços prestados pelo brigadista.

Nota: Os candidatos a brigadista devem atender os critérios básicos previstos na

NBR 14276, como por exemplo, ser alfabetizado.

2. O QUE É A BRIGADA DE INCÊNDIO?

 Conceito

A brigada de incêndio trata-se de um grupo organizado de pessoas voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção, abandono, combate a princípio de incêndio e primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida.

Seus objetivos visam proteger a vida e o patrimônio, além de reduzir as conseqüências sociais do sinistro e dos danos causados ao meio ambiente.

3. RESPONSABILIDADES DA BRIGADA DE INCÊNDIO

 Ações de prevenção

- Avaliação dos riscos existentes;

- Inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndio;

- Inspeção geral das rotas de fuga;

- Elaboração de relatórios das irregularidades encontradas;

- Encaminhamento do relatório aos setores competentes;

- Orientação à população fixa e flutuante;

- Exercícios simulados.

 Ações de emergência

- Identificação da situação;

- Alarme e abandono de área;

- Corte de energia;

- Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa;

- Primeiros socorros;

- Combate ao princípio de incêndio;

- Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros;

- Preenchimento do formulário do registro de trabalho dos bombeiros;

- Encaminhamento do formulário ao Corpo de Bombeiros para atualização de dados estatísticos.

Nota: Com a chegada do órgão competente, a brigada deve ficar à sua disposição.

4. ORGANIZAÇÃO DA BRIGADA

A brigada de incêndio deve ser organizada funcionalmente como segue:

a) Brigadista

Membros da brigada que executam as atribuições da brigada de incêndio.

b) Líder

Responsável pela coordenação e execução das ações de emergência em sua área de atuação (pavimento/compartimento). É escolhido entre os brigadistas aprovados no processo seletivo.

c) Chefe da brigada

Responsável por uma edificação com mais de um pavimento/compartimento. É escolhido entre os brigadistas aprovados no processo seletivo.

d) Coordenador Geral

Responsável geral por todas as edificações que compõem uma planta. É escolhido entre os brigadistas aprovados no processo seletivo.

Observação: O responsável máximo da brigada de incêndio (coordenador geral, chefe da brigada ou líder) é a autoridade máxima na empresa no caso de ocorrência de uma situação real ou simulado de emergência, devendo ser, portanto, um gerente ou possuir cargo equivalente.

5. ORGANOGRAMA DA BRIGADA DE INCÊNDIO

O organograma da brigada de incêndio da empresa varia de acordo com o número de edificações, o número de pavimentos em cada edificação e o número de empregados em cada pavimento/compartimento.

- As empresas que possuem em sua planta somente uma edificação com apenas um pavimento/compartimento devem ter um líder que deve coordenar a brigada (ver exemplo 1).

- As empresas que possuem em sua planta somente uma edificação com mais de um pavimento/compartimento devem ter um líder para cada pavimento/compartimento, que é coordenado pelo chefe de brigada dessa edificação (ver exemplo 2).

- As empresas que possuem em sua planta mais de uma edificação com mais de um pavimento/compartimento e um chefe da brigada para cada edificação, que devem ser coordenados pelo coordenador geral da brigada (ver exemplo 3).

Exemplo 1: Empresa com uma edificação, um pavimento e cinco brigadistas.

Exemplo 2: Empresa com uma edificação, três pavimentos e três brigadistas.

Exemplo 3: Empresa com duas edificações, a primeira com três pavimentos e dois brigadistas por pavimento, e o segundo com um pavimento e quatro brigadistas por pavimento.

6. COMPORTAMENTO DA BRIGADA DE INCÊNDIO

 Alerta

Identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa pode alertar, através dos meios de comunicação disponíveis, os ocupantes, os brigadistas e apoio externo, inclusive o Corpo de Bombeiros.

 Análise da situação

Após o alerta, a brigada deve analisar a situação, desde o inicio até o final do sinistro, e desencadear os procedimentos necessários, que podem ser priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com o número de brigadistas e os recursos disponíveis no local.

 Primeiros socorros

Prestar primeiros socorros as possíveis vítimas, mantendo ou restabelecendo suas funções vitais com SBV (suporte básico da vida) e RCP (reanimação cardiopulmonar) até que se obtenha o socorro especializado.

 Corte de energia

Cortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica dos equipamentos da área ou geral.

 Abandono de área

Proceder ao abandono de área parcial ou total quando necessário, conforme comunicação preestabelecida, removendo para local seguro, a uma distância mínima de 100 m do local do sinistro, permanecendo até a definição final.

 Confinamento do sinistro

Evitar a propagação do sinistro e suas conseqüências.

 Isolamento da área

Isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir os trabalhos de emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.

 Extinção

Eliminar o sinistro restabelecendo a normalidade.

 Investigação

Levantar as possíveis causas do sinistro e suas conseqüências e emitir relatório para discussão nas reuniões extraordinárias, com o objetivo de propor medidas corretivas para evitar a repetição da ocorrência.

7. CONTROLE DO PROGRAMA DE BRIGADA DE INCÊNDIO

 Reuniões ordinárias

Mensalmente devem ser realizadas reuniões com os membros da brigada, com registro em ata, onde serão discutidos os seguintes assuntos:

- Funções de cada membro da brigada dentro do plano;

- Condições de uso dos equipamentos de combate a incêndio;

- Apresentação de problemas relacionados à prevenção de incêndios encontrados nas inspeções para que sejam feitas propostas corretivas;

- Atualização das técnicas e táticas de combate a incêndio;

- Alterações ou mudanças do efetivo da brigada.

 Reuniões extraordinárias

Quando ocorrido um sinistro ou quando identificada uma situação de risco iminente, realizar uma reunião extraordinária para discussão e providências a serem tomadas. As decisões tomadas são registradas em ata e enviadas as áreas competentes para providencias pertinentes.

 Exercícios simulados

Devem ser realizados exercícios simulados parciais e completos no estabelecimento ou local de trabalho com a participação de toda a população, no período máximo de três meses para simulados parciais e seis meses para simulados completos.

Nota: Imediatamente após o simulado, dever ser realizada uma reunião extraordinária para avaliação e correção das falhas ocorridas, registrando-se todas as deliberações em ata.

- Horário do evento;

- Tempo gasto no abandono;

- Tempo gasto no retorno;

- Tempo gasto no atendimento de primeiros socorros;

- Atuação da brigada;

- Comportamento da população;

- Participação do Corpo de Bombeiros e tempo gasto para sua chegada;

- Ajuda externa, se houver. (PAM – Plano de Auxílio Mútuo)

- Falhas de equipamentos;

- Falhas operacionais e

- Demais problemas levantados na reunião.

8. PROCEDIMENTOS COMPLEMENTARES

 Identificação da brigada

Em locais de visíveis e de grande circulação, devem ser distribuídos quadros de aviso ou similar sinalizando a existência da brigada de incêndio e indicando seus integrantes com suas respectivas localizações.

O brigadista deve utilizar constantemente em lugar visível um botton ou crachá que o identifique como membro da brigada.

No caso de uma situação real ou simulado de emergência, o brigadista deverá usar, além do crachá, um colete ou capacete para facilitar sua identificação e auxiliar na sua atuação.

 Comunicação interna e externa

Nas plantas em que houver mais de um pavimento, setor, bloco ou edificação, deve ser estabelecido previamente um sistema de comunicação entre os brigadistas, a fim de facilitar as operações durante a ocorrência de uma situação real ou simulado de emergência.

Essa comunicação pode ser feita através de: telefones, quadros sinópticos, interfones, sistemas de alarme, rádios, alto-falantes, sistemas de som interno, etc.

Caso seja necessária a comunicação com meios externos (Corpo de Bombeiros ou Plano de Auxílio Mútuo) a telefonista ou operador de rádio é a (o) responsável por ela. Para tanto se faz necessário que essa pessoa seja devidamente treinada e que esteja instalada em local seguro e estratégico para o abandono.

 Ordem de abandono

O responsável máximo da brigada de incêndio (Coordenador Gera, Chefe da Brigada ou Líder), conforme o caso determina o inicio do abandono, devendo priorizar os locais sinistrados, os pavimentos superiores a estes, os setores próximos e os locais de maior risco.

 Ponto de encontro

Devem ser previstos um ou mais pontos de encontro dos brigadistas para as distribuições das tarefas.

 Grupo de apoio

O grupo de apoio é formado com a participação da segurança patrimonial, de eletricistas, encanadores, telefonistas, etc. Estes devem participar como colaboradores no programa de brigada de incêndio, porém não podem ser computados para efeito de cálculo da composição da brigada, devido ás suas funções específicas.

9. RECOMENDAÇÕES GERAIS

 Em caso de simulado ou incêndio adotar os seguintes procedimentos:

- Manter a calma;

- Caminhar em ordem sem atropelos;

- Não correr e não empurrar;

- Não fazer algazarras;

- Não ficar na frente de pessoas em pânico, se não puder acalmá-las, evite-as. Se possível avise um brigadista;

- Todos os empregados, independente do cargo que ocupam na empresa, devem seguir rigorosamente as instruções do brigadista;

- Nunca voltar para apanhar objetos;

- Ao sair de um lugar, fechar as portas e janelas sem trancá-las;

- Não se afastar dos outros e não parar nos andares;

- Levar consigo os visitantes que estiverem em seu local de trabalho;

- Sapatos de salto devem ser retirados;

- Não acender ou apagar luzes, principalmente se sentir cheiro de gás;

- Deixar a rua e as entradas livres para ação dos bombeiros e do pessoal do socorro médico.

 Em locais com mais de um pavimento:

- Nunca utilizar o elevador;

- Não subir, procurando sempre descer;

- Ao utilizar as escadas de emergência descer sempre utilizando o lado direito da escada.

 Em situações extremas:

- Nunca retirar as roupas, procurar molhá-las a fim de proteger a pele da temperatura elevada, (exceto em simulados);

- Se houver necessidade de atravessar uma barreira de fogo, molhar todo o corpo, roupas, sapatos e cabelo. Proteger a respiração com um lenço molhado junto à boca e o nariz, manter-se sempre o mais próximo do chão, já que é o local com menor concentração de fumaça;

- Sempre que precisar abrir uma porta, verificar se ela não está quente, e mesmo assim só abrir vagarosamente;

- Se ficar preso em algum ambiente, procurar inundar o local com água, sempre se mantendo molhado;

- Não saltar mesmo que esteja com queimaduras ou intoxicações.

COMBATE A INCÊNDIOS

1. TEORIA DO FOGO

INTRODUÇÃO

O efetivo controle e extinção de um incêndio requerem um entendimento da natureza química e física do fogo. Isso inclui informações sobre fontes de calor, composição e características dos combustíveis e as condições necessárias para a combustão.

FOGO OU COMBUSTÃO - CONCEITO

É a reação química entre o comburente e um combustível, onde os gases resultantes da mistura destes se inflamam, apresentando um desprendimento de energia que se dá sob a forma de luz e calor.

ELEMENTOS DA COMBUSTÃO

Para efeito didático, adota-se o tetraedro (quatro faces) do fogo para exemplificar e explicar a combustão, atribuindo-se, a cada face, um dos elementos essenciais da combustão. São eles: Calor, Combustível, Comburente e Reação em cadeia. Onde a supressão de um desses elementos interrompe o processo de combustão.

 Combustível

É toda a substância capaz de queimar e alimentar a combustão. É também o elemento que serve de campo de propagação do fogo.

Os combustíveis podem ser sólidos, líquidos ou gasosos, e a grande maioria precisa passar pelo estado gasoso para, então, combinar com o oxigênio. A velocidade de queima de um combustível depende de sua capacidade de combinar com oxigênio sob a ação do calor e da sua fragmentação (área de contato com o oxigênio).

 Combustíveis Sólidos

As maiorias dos combustíveis sólidos se transformam em vapores e, então, reagem com o oxigênio. Outros sólidos (ferro, parafina, cobre, bronze) primeiro transformam-se em líquidos, e posteriormente em gases, para então se queimarem.

Quanto maior a superfície exposta, mais rápido será o aquecimento do material e conseqüentemente o processo de combustão. Como exemplo: uma barra de aço exigirá muito calor para queimar, mas, se transformada em palha de aço, queimará com facilidade. Assim sendo, quanto maior a fragmentação do material, maior será a velocidade da combustão.

 Combustíveis Líquidos

Os líquidos assumem a forma do recipiente que os contém. Se forem derramados os líquidos tomam a forma do piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas.

Tomando como base o peso da água, cujo litro pesa 1 Kg, classificamos os demais líquidos como mais leves ou mais pesados. É importante notar que a maioria dos líquidos inflamáveis é mais leve que água, portanto, flutuam sobre esta.

Outra propriedade a ser considerada é a solubilidade do líquido, ou seja, sua capacidade de misturar-se à água. Os líquidos derivados do petróleo (conhecidos como hidrocarbonetos) têm pouca solubilidade, ao passo que líquidos como álcool, acetona (conhecidos como solventes polares) tem grande solubilidade, isto é, podem ser diluídos até um ponto em que a mistura (solvente + água) não seja inflamável.

A volatilidade, que é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, também é de grande importância, porque quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de haver fogo, ou mesmo explosão. Chamamos de voláteis os líquidos que liberam vapores a temperaturas menores que 20º C.

 Combustíveis Gasosos

Os gases não têm volume definido, tendendo rapidamente a ocupar todo o recipiente em que estão contidos.

Se o peso do gás é menor que o do ar, o gás tende a subir e dissipar-se. Entretanto, se o peso do gás é maior que o do ar, o gás permanece próximo ao solo e caminha na direção do vento, obedecendo os contornos do terreno.

Para o gás queimar, há necessidade de que esteja em uma mistura ideal com o ar atmosférico e, portanto, se estiver numa concentração fora de determinados limites, não queimará. Cada gás, ou vapor tem seus limites próprios. Por exemplo, se num ambiente há menos de 1,4% ou mais de 7,6% de vapor de gasolina, não haverá combustão, pois a concentração de vapor de gasolina nesse local está fora do que se chama de mistura ideal, ou limites de inflamabilidade, isto é, ou a concentração deste vapor é inferior ou é superior aos limites de inflamabilidade.

 Comburente

É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O oxigênio é o comburente mais facilmente encontrado na natureza.

A atmosfera é composta por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases. Em ambientes com a composição normal do ar, a queima desenvolve-se com velocidade normal e de maneira completa. Notam-se chamas, contudo, a combustão consome o oxigênio do ar num processo contínuo.

Quando a porcentagem do oxigênio do ar do ambiente passa de 21% para a faixa compreendida entre 16% e 8%, a queima torna-se mais lenta, notam-se brasas e não mais chamas. Quando o oxigênio contido no ar do ambiente atinge concentração menor que 8%, não há combustão.

 Reação em Cadeia

A reação em cadeia torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante.

FORMAS DE COMBUSTÃO

As combustões podem ser classificadas conforme a sua velocidade em: completa, incompleta, espontânea e explosão.

Dois elementos são preponderantes na velocidade da combustão: o comburente e o combustível; o calor entra no processo para decompor o combustível. A velocidade da combustão variará de acordo com a porcentagem do oxigênio no ambiente e as características físicas e químicas do combustível.

 Combustão Completa

É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em oxigênio.

 Combustão Incompleta

É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama e se processa em ambiente pobre em oxigênio. Por exemplo, o carvão.

 Combustão Espontânea

É o que ocorre, por exemplo, quando o armazenamento de certos vegetais que, pela ação de bactérias, fermentam. A fermentação produz calor e libera gases que podem incendiar. Alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de calor (materiais c/ baixo ponto de ignição); outros entram em combustão à temperatura ambiente (20 oC), como o fósforo branco. Ocorre também na mistura de determinadas substâncias químicas, quando a combinação gera calor e libera gases em quantidade suficiente para iniciar combustão. Por exemplo, água + sódio metálico.

 Explosão

É a queima de gases (ou partículas sólidas), em altíssima velocidade, em locais confinados, com grande liberação de energia e deslocamento de ar. Combustíveis líquidos, acima da temperatura de fulgor, liberam gases que podem explodir (num ambiente fechado) na presença de uma fonte de calor.

PONTOS DE TEMPERATURA

Os combustíveis são transformados pelo calor, e a partir desta transformação, é que combinam com o oxigênio, resultando a combustão. Essa transformação desenvolve-se em temperaturas diferentes à medida que o material vai sendo aquecido.

 Ponto de Fulgor

Com o aquecimento, chega-se a uma temperatura em que o material começa a liberar vapores que se incendeiam se houver uma fonte externa de calor. Neste ponto, chamado de “Ponto de Fulgor”, as chamas não se mantêm, devido à pequena quantidade de vapores.

 Ponto de Combustão

Prosseguindo no aquecimento, atinge-se uma temperatura em que os gases desprendidos do material, ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor, iniciam a combustão e continuam a queimar sem o auxilio daquela fonte. Esse ponto é chamado de “Ponto de Combustão”.

 Ponto de Ignição

Continuando o aquecimento, atinge-se um ponto no qual o combustível, exposto ao ar, entra em combustão sem que haja fonte externa de calor. Esse ponto é chamado de “Ponto de Ignição”.

2. PROPAGAÇÃO DO FOGO

INTRODUÇÃO

O fogo pode se propagar através de três diferentes maneiras: condução, convecção e irradiação, maneiras tecnicamente conhecidas como formas de transmissão de calor.

Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objetos com temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois objetos absorverá calor até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro.

FORMAS DE TRANSMISSÃO DE CALOR

 Condução

Condução é a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a molécula. Colocando-se, por exemplo, a extremidade de uma barra de ferro próxima a uma fonte de calor, as moléculas desta extremidade absorverão calor; elas vibrarão mais vigorosamente e se chocarão com as moléculas vizinhas, transferindo-lhes calor. Essas moléculas vizinhas, por sua vez, passarão adiante a energia calorífica, de modo que o calor será conduzido ao longo da barra para a extremidade fria. Na condução, o calor passa de molécula a molécula, mas nenhuma molécula é transportada com o calor. Quando dois ou mais corpos estão em contato, o calor é conduzido através deles como se fossem um só corpo.

 Convecção

É a transferência de calor que se processa através de um meio circulante líquido ou gasoso.

Quando a água é aquecida num recipiente de vidro, pode-se observar um movimento, dentro do próprio líquido, de baixo para cima. À medida que a água é aquecida, ela se expande e fica menos densa provocando um movimento para cima. Da mesma forma, o ar aquecido se expande e tende a subir para as partes mais altas do ambiente, enquanto o ar frio toma lugar nos níveis mais baixos. Em incêndio de edifícios, essa é a principal forma de propagação de calor para andares superiores, quando os gases aquecidos encontram caminho através de escadas, poços de elevadores, etc.

 Irradiação

É a transmissão de calor por ondas de energia calorífica que se deslocam através do espaço. As ondas de calor propagam-se em todas as direções e a intensidade com que os corpos são atingidos aumenta ou diminui à medida que estão mais próximos ou mais afastados da fonte de calor.

Um corpo mais aquecido emite ondas de energia calorífica para um outro mais frio até que ambos tenham a mesma temperatura.

3. CLASSES DE INCÊNDIO

Os incêndios são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos. Essa classificação é feita para determinar o agente extintor adequado para o tipo de incêndio específico.

Entendemos como agentes extintores todas as substâncias capazes de eliminar um ou mais dos elementos essenciais do fogo, cessando a combustão.

 Classe A

São materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibras, etc. Necessitam de resfriamento para a sua extinção a fim de reduzir a temperatura do material em combustão abaixo do seu ponto de ignição.

 Classe B

São os produtos que queimam somente em sua superfície, não deixando resíduos, como: líquidos inflamáveis, óleos, graxas, vernizes, etc. Necessitam para a sua extinção abafamento ou interrupção (quebra) da reação em cadeia.

 Classe C

São os equipamentos elétricos energizados, como: motores, transformadores, fios, etc. Para sua extinção necessitam de agente extintor que não conduza corrente elétrica e utilize o princípio de abafamento ou da interrupção (quebra) da reação em cadeia.

 Classe D

São os metais pirofóricos, como: magnésio, zircônio, titânio, sódio metálico, etc. Para sua extinção necessitam de agentes extintores especiais que se fundam em contato com o metal combustível, formando uma espécie de capa que o isola do ar atmosférico, interrompendo a combustão pelo princípio de abafamento.

Os pós-especiais são compostos dos seguintes materiais: cloreto de sódio, cloreto de bário, grafite seco e outros. O princípio da retirada do material também é aplicável com sucesso nesta classe de incêndio.

...

Baixar como  txt (24 Kb)  
Continuar por mais 13 páginas »