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Introdução A Economia Brasileira

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Por:   •  8/9/2014  •  3.045 Palavras (13 Páginas)  •  229 Visualizações

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Resumo.

Enquanto o Brasil foi colônia de Portugal (1500 a 1822) não houve desenvolvimento industrial em nosso país. A metrópole proibia o estabelecimento de fábricas em nosso território, para que os brasileiros consumissem os produtos manufaturados portugueses.

Foi somente no final do século XIX que começou o desenvolvimento industrial no Brasil. Muitos cafeicultores passaram a investir parte dos lucros, obtidos com a exportação do café, no estabelecimento de indústrias, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro.

Trajetória da economia brasileira desde a colonização até o século XX.

Introdução

O objetivo do presente texto é discutir alguns aspectos do período da colonização brasileira que nos permitem compreender a evolução da nossa economia enquanto um movimento histórico dotado de elementos específicos - mas não necessariamente únicos - diferentes dos verificados em outros países.

Nos interessa a perspectiva de que em algum momento o Brasil passou a ter um desenvolvimento que é capitalista. Porém, sem reproduzir de forma meramente reflexa as “etapas do desenvolvimento” verificadas nos chamados países desenvolvidos. Vale dizer: tivemos um desenvolvimento capitalista, porém dotado de especificidades que o tornaram uma experiência distinta, cujas características desdobram-se ao longo da nossa história, com reflexos que atingem os nossos dias.

O Brasil inseriu-se na história econômica ocidental inicialmente no setor primário extrativista. Os índios que viviam no território brasileiro viviam de caça, pesca e coleta, com algumas tribos praticando agricultura ocasional. Ao encontrar-se com o europeu, o escambo desenvolveu e a extração sistemática nas regiões costeiras e depois das drogas do sertão tornou-se marginais com a fixação de colonos portugueses e estabilização da agricultura de plantation.

Ainda no período colonial desenvolveram-se os ciclos de mineração e em consequência, o de tráfico humano e pecuária como atividades econômicas subsidiárias da mineração. Nesta época, a manufatura foi desencorajada, o que explica a tardia industrialização do Brasil.

No final do império propagou-se a produção e exportação de poucos produtos, como o café, a borracha, o cacau. Depois da crise de 1929, começaram a fortalecer as indústrias. A partir da década de 1900 consolida o setor terciário, com uma economia baseada em serviços.

Capitulo 1. Economia no Brasil na Era da colonização.

Entre o final do século dezesseis e a primeira metade do século dezenove, a economia brasileira não passou de uma “grande empresa” dirigida pela coroa portuguesa.

Entre 1500 a 1530, os portugueses efetivaram poucos empreendimentos no novo território conquistado, algumas expedições chegaram, como a de 1501, chefiada por Gaspar de Lemos e a expedição de Gonçalo Coelho de 1503, as principais realizações dessas expedições foram: nomear algumas localidades no litoral, confirmar a existência do pau-brasil e construir algumas feitorias.

Em 1516, Dom Emanuel I, rei de Portugal, enviou navios ao novo território para efetivar o povoamento e a exploração, instalaram-se em Porto Seguro, mas rapidamente foram expulsos pelos indígenas. Até o ano de 1530, a ocupação portuguesa ainda era bastante tímida, somente no ano de 1531, o monarca português Dom João III enviou Martin Afonso de Souza ao Brasil nomeado capitão-mor da esquadra e das terras coloniais, visando efetivar a exploração mineral e vegetal da região e a distribuição das sesmarias (lotes de terras).

No litoral do atual estado de São Paulo, Martin Afonso de Souza fundou no ano de 1532 os primeiros povoados do Brasil, as Vilas de São Vicente e Piratininga (atual cidade de São Paulo). No litoral paulista, o capitão-mor logo desenvolveu o plantio da cana-de-açúcar; os portugueses tiveram o contato com a cultura da cana-de-açúcar no período das cruzadas na Idade Média.

As primeiras experiências portuguesas de plantio e cultivo da cana-de-açúcar e o processamento do açúcar nos engenhos aconteceram primeiramente na Ilha da Madeira (situada no Oceano Atlântico, a 978 km a sudoeste de Lisboa, próximo ao litoral africano). Em razão da grande procura e do alto valor agregado a este produto na Europa, os portugueses levaram a cultura da cana-de-açúcar para o Brasil (em virtude da grande quantidade de terras, da fácil adaptação ao clima brasileiro e das novas técnicas de cultivo), desenvolvendo os primeiros engenhos no litoral paulista e no litoral do nordeste (atual estado de Pernambuco), a produção do açúcar se tornou um negócio rentável.

Para desenvolver a produção do açúcar, os portugueses utilizaram nos engenhos a mão de obra escrava, os primeiros a serem escravizados foram os indígenas, posteriormente foi utilizada a mão de obra escrava africana, o tráfico negreiro neste período se tornou um atrativo empreendimento juntamente com os engenhos de açúcar.

Toda a produção brasileira era vendida à metrópole. Esta, por sua vez, fornecia à sua colônia tudo o que ela necessitava para consumo.

A produção de bens agrícolas complementares aos bens europeus era feita em grandes propriedades chamadas latifúndios. Foi assim com a cana-de-açúcar, o algodão, o fumo e, mais tarde, o café.

Por causa da abundância de terras, foi inviável o emprego do trabalhador livre, porque este trabalhador iria preferir, sem que se pudesse impedir, tomar para si um pedaço de terra para produzir para sua subsistência, em vez de trabalhar como assalariado.

Nessas condições, o salário que precisaria ser pago ao trabalhador para convencê-lo a ficar como empregado inviabilizaria a lucratividade da produção.

A empresa estatal portuguesa decidiu utilizar escravos trazidos da África como mão-de-obra. Este regime de trabalho foi a solução mais lucrativa.

Entre o final do século dezesseis e o início do século dezenove, a produção de açúcar e, em seguida, a mineração foram as duas principais atividades econômicas. Todos os demais setores da economia colonial se desenvolveram em função destas.

No início do século dezesseis, o açúcar era uma especiaria com vasto mercado consumidor na Europa.

Antes da “empresa brasileira”, os portugueses já abasteciam aquele mercado com a sua produção dos Açores. A montagem da empresa no Brasil coincidiu com o desativamento da empresa dos Açores.

A produção de açúcar iniciada no Nordeste do Brasil contava

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