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Introdução A Psicologia Da Educação

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Por:   •  15/6/2014  •  2.940 Palavras (12 Páginas)  •  375 Visualizações

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Introdução a Psicologia da Educação

Resumo

Podemos afirmar, numa primeira aproximação, que a psicologia da educação trata dos fundamentos psicológicos, processos e consequências psíquicas que intervém numa situação educativa qualquer. Temos diversas situações educativas, que convencionamos chamar de formais ou informais. Situações educativas formais são aquelas onde existe um objeto específico de estudo, com certa progressão prevista e uma finalidade a ser atingida. Exemplos: pré-escola, escola de ensino fundamental, de ensino médio, de ensino superior, de pós-graduação, catequese, cursos pré-vestibulares, cursos supletivos, clínicas psicopedagógicas, academias, etc. Situações educativas informais: família, clubes, vivências diversas, grupos de amigos, de colegas de trabalho, etc.

As situações educativas podem ser ainda de tipo recreativo, preventivo ou reabilitador. Os sujeitos estudados pela psicologia da educação são pessoas envolvidas com a educação como alunos, professores, treinadores, orientadores, psicólogos, pais, grupos de amigos, grupos de trabalho, etc. “A psicologia da educação pode reivindicar todo estudo que, de perto ou de longe, trate das estruturas e mecanismos psicológicos suscetíveis de intervir numa situação educativa, formal ou informal.” (Foulin e Mouchon, 2000, p.3). Exemplos: atenção memória, concentração, comportamento, etc. Como a educação coloca em jogo o conjunto de condutas psicológicas do indivíduo, a psicologia da educação se torna o cruzamento de todas as especialidades da psicologia contemporânea, como: psicologia do desenvolvimento, psicologia da cognição, psicologia da personalidade, psicologia das condutas sociais, psicologia do esporte, etc. e, além disso, se utilizam de avanços nos campos da biologia, neurobiologia, sociologia, filosofia, etc.

Importância da PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

A psicologia da educação como uma disciplina científica, pode ajudar a compreender melhor o processo de ensino-aprendizagem, orientando, sustentando todos os profissionais envolvidos para que as metas educativas sejam atingidas da melhor e mais abrangente forma possível. A psicologia da educação pode ser aplicada a duas funções principais:

a) Diagnóstico: tanto das dificuldades como das habilidades específicas. O diagnóstico transforma-se, no decorrer do processo, em avaliação, permitindo a verificação do que já foi atingido e do que ainda falta atingir;

b) Intervenção: para tal pode propor atividades destinadas a prevenir os fracassos, preparando as aquisições ou para remediar problemas antes que se “cristalizem”.

Qual a diferença entre PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO e o ATO EDUCATIVO?

A educação é um fenômeno extremamente complexo, e para sua compreensão faz-se necessário um conjunto de disciplinas como a sociologia da educação, a história da educação, a filosofia da educação, a biologia, a neurologia, as diversas psicologias (do desenvolvimento, da memória, da personalidade, etc.)

A psicologia da educação é apenas uma delas, e sua contribuição consiste na análise das mudanças que experimentam os participantes no ato educativo (alunos), da natureza e características dessas mudanças, dos fatores que as facilitam, as obstaculizam ou as impossibilitam, da direção que tomam e dos resultados a que chegam. ”(Coll et alii, 1996)”. Dito de outra maneira, a psicologia da educação nos diz, por exemplo, que alunos (ou seja, participantes no ato educativo), de 4 ou 5 anos não conseguem aprender física quântica, pois não desenvolveram raciocínio capaz de aprender algo abstrato, não possuem conhecimento dos conteúdos necessários para aprender essa teoria. Querer começar um ensino por abstrações ou conteúdos avançados, antes de tentar ensinar através de situações concretas e conteúdos mais simples, dificulta ou impossibilita a aprendizagem.

Características do Processo de Aprendizagem em relação à PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

O processo de aprendizagem seja formal ou informal, visto sob o prisma da psicologia da educação, tem características próprias que podem ser assim resumidas:

a) Existe um núcleo básico que se constitui nos pressupostos das diferentes teorias psicológicas contemporâneas, dentre as quais poderíamos citar: a da personalidade, como a psicanálise, que serve de base para a relação professor-aluno, ou a de Carl Rogers, mais personalista; a da percepção, como a Gestalt, que nos informa sobre algumas maneiras básicas de apresentar os conteúdos para a sua melhor compreensão; a da cognição: com as teorias behavioristas, neobehavioristas, que nos orienta sobre reforços para incentivar os alunos a continuar trabalhando e melhorando sua autoestima; a de Piaget e seguidores, que nos dá um panorama claro de como os alunos raciocinam nas diferentes idades; a do tratamento da informação, que aponta técnicas que o professor pode desenvolver em seus alunos para que eles tenham um melhor aproveitamento de seus estudos; a socioconstrutivista, como a teoria de Vigotsky, que insiste no importante papel do professor como guia e mediador das aprendizagens; a social: com Kurt Lewin e outros, que estuda as interações sociais, o papel de professores e alunos, bem como a influência do grupo; e a teoria das inteligências múltiplas de Gardner, que vem tendo uma crescente aceitação nos últimos tempos, que faz com que o professor veja cada aluno com potencialidades diferentes que podem e devem ser exploradas em sala de aula. A escolha de uma teoria psicológica (ou a grupo delas) leva a um determinado enfoque teórico relacionado ao ensino e aprendizagem, independente da idade dos alunos ou do nível de estudos aos quais estejamos nos referindo. Pode-se assim ser construtivista, da pré-escola à pós-graduação.

b) Existe uma parte diferenciada, que varia de acordo com as faixas etárias e o tipo de conhecimento envolvido (físico, social, lógico-matemático, motor), além das características próprias da história de vida de cada aluno. Este é o domínio mais relacionado à psicologia evolutiva, ou psicologia de desenvolvimento, onde são estudadas as mudanças psicológicas que ocorrem em função da etapa de desenvolvimento em que se encontram os alunos. É possível fazer uma distinção segundo as etapas de desenvolvimento e de ensino já consagradas, dividindo esta parte diferenciada em sete fases:

• Primeira infância: do nascimento até o aparecimento da linguagem;

• Segunda infância: do aparecimento

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