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Jerônimo Mendes

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Por:   •  29/5/2013  •  Resenha  •  661 Palavras (3 Páginas)  •  334 Visualizações

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Jerônimo Mendes, Administrador, Coach, Escritor e Palestrante, apaixonado por Empreendedorismo

Toda vez que eu penso que essa criatura foi eliminada da face da Terra alguém me conta uma infeliz experiência vivenciada com aquele que se pode chamar de dissimulado. Nunca se descuide dele embora seja difícil localizá-lo num simples olhar.

Dissimulados são como bactérias, estão sempre por perto e, quando você menos imagina, eles tentam aproveitar-se da sua baixa imunidade para desferir o golpe fatal. Trata-se de um golpe indolor no corpo, mas de efeito devastador na alma.

Quem é o ser dissimulado? Aquele que tem o hábito de enganar, mentir, rir da desgraça alheia, tripudiar às escondidas e utilizar a hipocrisia com facilidade ainda que lhe pareça a criatura mais dócil e educada do mundo.

O dissimulado é capaz de rir e chorar junto contigo. Seus objetivos são claros. Com a mesma sutileza, ele consegue puxar o seu tapete e enxugar as suas lágrimas depois da queda. O mundo mudou, porém os dissimulados resistem há séculos. Eles se adaptam facilmente, questão de sobrevivência.

Dissimulado que se preze tem cara de anjo e fala mansa. É prestativo e demonstra grande interesse pelas coisas que você faz e que você diz, entretanto, todo cuidado é pouco. O dissimulado é capaz de matar mãe para não perder uma festa de órfãos, como diria um amigo meu.

Digo isso por experiência própria. Convivi com dezenas deles por várias empresas onde passei. Hoje, consigo identificá-los com mais facilidade do que no passado. Dia desses encontrei um deles no restaurante. Sorriu e acenou com a mesma cara de pau com que puxou o meu tapete há alguns anos.

O grande problema do dissimulado é que, para atingir seus objetivos, ele não escolhe hora nem local para destilar o seu veneno. Sua língua ferina não consegue se conter. Mais dia, menos dia, ele acaba dizendo o que não deve para quem não deve e quando não deve.

O ruim de tudo isso é a convivência com o dissimulado. Por vezes, é necessário ser tão hipócrita quanto ele, porém não fomos treinados para isso. Dá vontade de torcer o pescoço em vez de lhe apertar a mão e devolver o mesmo sorriso hipócrita. Nem todos conseguem, mas o desgaste é menor.

O melhor de tudo isso é que quando você atinge determinado nível de maturidade e relacionamento, não é necessário descobri-los. Eles chegam até você por intermédio de fontes inesperadas e confiáveis. O excesso de confiança aumenta a possibilidade de o dissimulado cometer deslizes.

Com o tempo e a experiência você aprende a se prevenir contra eles, por meio de atitudes sensatas, não de conluios ou informantes, caso contrário, você pode ficar paranóico. Não existe nada mais depressivo do que ficar imaginando ou tentado descobrir os que os outros estão dizendo a seu respeito.

Apesar da experiência, reconheço que não é fácil livrar-se deles. Vez por outra aparece um ou outro no caminho e o máximo que consigo fazer é ignorá-los, não por completo, isso é impossível. Tomo apenas o devido cuidado para não ferir os meus princípios ao tentar agir de igual para igual, o que não é tão simples.

Todo ser humano tem um pouco de dissimulação. Para fugir do estigma seria

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