Kevin Lynch

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Resenha crítica

3. CONCLUSÃO

4. REFERÊNCIAS

1. INTRODUÇÃO:

Esse trabalho condiz na resenha crítica de “ A Imagem da Cidade” de Kevin Lynch, o qual consiste na pesquisa e exposição dos resultados encontrados pelo autor a cerca da modificação ocorrida nas cidades, e portanto, a adaptação do design urbano, de acordo com os elementos-chave encontrados Poe ele durante a pesquisa, a fim de prover a sensação de bem-estar (social), assim como uma “identidade visual”, criando características que facilitem a legibilidade e imaginabilidade da cidade, destacando-a das demais.

Para tanto, ele utiliza-se de qualidades que devem ser levadas em consideração pelo urbanista no momento do planejamento urbano, para que seja formada a percepção de “imagem viva” da cidade por seus usuários.

2. DESENVOLVIMENTO:

2.1 Resenha Crítica:

QUALIDADES ESSENCIAIS À CRIAÇÃO DA IDENTIDADE DE UM CENTRO URBANO SEGUNDO KEVIN LYNCH: A IMAGEM DA CIDADE

Kevin Andrew Lynch foi Urbanista e escritor, autor do livro “A Imagem da Cidade”, publicado em 1960, o qual foi o resultado de extensos anos de estudos e pesquisas em três cidades norte-americanas (Boston, Jersey City e Los Angeles) nas quais os usuários eram questionados de forma a darem informações sobre suas cidades, qual era a imagem que tinham das mesmas e como se localizavam, a fim de enfatizar o modo como o nosso entorno é percebido.

Concluiu que um número significativo de pessoas se utilizavam de elementos

consistentes para estruturar as características que formavam a imagem que cada um tinha da cidade, formando uma identidade bastante particular, porém se aproximando da imagem pública e fazendo um “mapa mental” do local. Havia também outros fatores que influenciavam a formação da imagem, como o significado social de determinada área, sua função, história e até mesmo seu nome.

Elementos esses que foram agrupados como forma de referência que os cidadãos faziam de suas cidades, sendo eles: Vias, Limites, Bairros, Cruzamentos (Pontos Nodais) e Elementos Marcantes (Marcos).

Lynch atenta ao fato do observador ter diferentes associações com cada parte da cidade, que estão relacionadas com as recordações e significados individuais e que, portanto pode haver alterações devido às circunstâncias das observações e que, sendo assim, deve haver um cuidado ao realizar as análises, já que elementos semelhantes, observados em contextos e situações diferentes, adquirem dessa forma, significados distintos. Verifica também que nada existe isolada, individualmente, que todos os elementos descritos estão interligados e possuem relação com seu entorno.

O autor define conceitos que permitem o maior entendimento de seu trabalho,

facilitando a compreensão da formação da imagem de uma cidade, de acordo com os elementos por ele descritos. Um deles é o conceito de LEGIBILIDADE, “facilidade com a qual as partes podem ser reconhecidas e organizadas numa estrutura coerente” (LYNCH, K. 1960, p.13) a qual se refere aos aspectos visuais da cidade, podendo ser exemplificadas pelas ruas, que definem o “desenho” da mesma e oferece aos habitantes a facilidade de locomoção e o senso de orientação necessário para a condição de bem estar e segurança.

Outro conceito importante para entendermos a relação feita por Lynch com os

elementos de “leitura” da cidade é a IMAGINABILIDADE, vista como a “qualidade de um objeto físico [...] de evocar uma imagem forte num observador. É essa forma, cor, disposição, que facilita a produção de imagens mentais vivamente identificadas, poderosamente estruturadas e altamente úteis no meio ambiente” (LYNCH, K. 1960, p.20), estando esse, estritamente relacionado com o conceito de legibilidade, pois uma imagem “forte” aumenta a possibilidade da construção de uma visão clara e estruturada da cidade e essa seria memorável, distinta.

Os elementos responsáveis por uma cidade “bem formada” são aqueles que

foram agrupados como referências dadas pelos usuários entrevistados durante o estudo do autor:

1. VIAS: Segundo Lynch, são os canais de circulação pelos quais o observante se move de forma corriqueira, eventual ou potencialmente, podendo ser ruas, calçadas, estradas de ferro, alamedas, linhas de trânsito.

Foram considerados os principais elementos da cidade, para os entrevistados,

através das quais eles percebiam o restante da cidade, os outros elementos nela presentes e sua identidade, a experiência particular de seus significados, já que esses predominavam no trajeto dos mesmos. “Toda a imagem de uma cidade se torna difícil se as ruas de maior importância são dificilmente identificáveis” (LYNCH, K. 1960, p.63)

Algumas vias se destacam, de acordo com a sua função (como as ruas comerciais, ou de prestação de serviços, por exemplo), ou por apresentarem

características que as diferem das demais, podendo ser a continuidade que apresentam, se são largas ou estreitas, o tipo de fachadas presentes, a vegetação, a facilidade de visualização da mesma, a qualidade direcional que possuem, apresentando origem e destinos claros.

Assim como o autor exemplifica suas definições com as cidades por ele estudadas (norte-americanas), e podendo não serem estas conhecidas por muitos de seus leitores, podemos utilizar exemplos dos quais estamos mais próximos e temos contato frequentemente, que são, no caso dos estudantes de Arquitetura e Urbanismo da UTFPR, os da cidade de Curitiba- PR, localizada no sul do Brasil.

Podemos utilizar como exemplo de vias marcadas por sua função, na cidade de Curitiba, a Rua XV de Novembro, Rua Desembargador Westphalen, Rua Pedro Ivo, Rua Emiliano Perneta, Rua Marechal Deodoro, sendo elas, em sua maioria, comerciais.

Já pela continuidade apresentada estão a Rua Deputado Heitor Alencar Furtado, Rua Monsenhor Ivo Zanlorenzi, Rua Eduardo Sprada, Rua João Bettega, Avenida Manoel Ribas. As avenidas principais da cidade, são também as mais largas, para facilitar a circulação, visto que há grande tráfego pelas mesmas, são elas: a Avenida Marechal Floriano Peixoto,