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LIVRO DIDÁTICO UM INSTRUMENTO DE TRABALHO QUE PRECISA SER ANALISADO MINUNCIOSAMENTE

Por:   •  16/2/2017  •  Artigo  •  2.996 Palavras (12 Páginas)  •  455 Visualizações

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LIVRO DIDÁTICO: UM INSTRUMENTO DE TRABALHO QUE PRECISA SER ANALISADO MINUNCIOSAMENTE

Veronice Meira da Silva¹

Érica Souza de Jesus²

Rebeca Gomes de Oliveira³

Resumo

Este trabalho apresenta uma análise de livros didáticos de duas coleções: Matemática contextos e aplicações de Dante e Matemática uma nova abordagem de José Ruy Giovanni e José Roberto Bonjorno. Os livros analisados são de 1ª e 2ª séries do ensino médio, em que no de 1ª série, analisamos o conteúdo Função Modular e no de 2ª, o conteúdo Estatística e Probabilidade. Tal atividade ocorreu no âmbito da disciplina Prática como Componente Curricular III, do curso de Licenciatura em Matemática, da UESB – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

Palavras-chave: Livro Didático. Matemática. Ensino Médio.

  1. Introdução

O livro didático é utilizado pelo professor como um recurso e ao fazer isso, é necessário que o mesmo conheça o livro o qual está utilizando. O professor deve saber previamente a metodologia utilizada pelo autor e como os conteúdos são abordados. Fazendo o reconhecimento do livro, o docente conseguirá identificar as suas falhas, se houver, e o que é preciso ser incrementado a este recurso.

Assim sendo, realizamos uma análise de livros didáticos em duas coleções de livros de 1ª e 2ª série do Ensino Médio. Como resultado dessa análise, elaboramos este texto, para expor tudo que foi observamos nos livros didáticos.

Desta análise, podemos constatar a importância de se fazer investigar minuciosamente o livro didático. E já que este recurso é uma ferramenta tão importante para o professor, nada mais natural que receba a devida atenção do mesmo. Ressaltamos a ideia de Frison et. al, que afirma:

1 Aluna de Licenciatura em Matemática na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Campus de Vitória da Conquista. Bolsista do Subprojeto Matemática EM do Programa de Iniciação à Docência – PIBID, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, desenvolvido com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. E-mail: verameira06@hotmail.com

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Atualmente, os livros didáticos representam a principal, senão á única fonte de trabalho como material impresso na sala de aula, em muitas escolas da rede pública de ensino, tornando-se um recurso básico para o aluno e para o professor, no processo ensino-aprendizagem (FRISON et. al., 2009, p. 4).

Daí a necessidade de ter um cuidado especial no momento de selecionar um livro didático, é preciso ter consciência de que este será um recurso determinante no processo de ensino-aprendizagem, logo, deve ser um material que ofereça subsídio suficiente tanto para o professor, quanto para o aluno.

  1. Escolha do livro didático

Os livros didáticos são escolhidos por cada escola, dentre os aprovados pelo MEC – Ministério da Educação - após a análise criteriosa que é feita, baseando-se no seu planejamento pedagógico. Porém há um problema bastante comum, muitas vezes essa escolha dos livros feita pela escola, não é respeitada e o que acaba acontecendo é que o livro adotado passa a ser uma escolha das Secretarias de Educação (municipal ou estadual), sem atender às necessidades especiais de cada escola. De acordo com Tagliani, 2009:

O PNLD é uma iniciativa do MEC com o objetivo de adquirir edistribuir gratuitamente livros didáticos às escolas públicas do país. Esse programa foi criado em 1985, mas somente a partir de 1996 passa a desenvolver um processo de avaliação pedagógica das obras nele inscritas, resultado da preocupação do MEC com a qualidade dessas obras. Assim, o material didático passa por um processo de análise e avaliação, considerando-se, principalmente, a adequação didática e pedagógica, a qualidade editorial e gráfica e a pertinência do manual do professor para uma correta utilização do LD e atualização do docente (TAGLIANI, 2009, p. 3).

Infelizmente nem sempre essa adequação didática e pedagógica acontece, pois como já foi mencionado acima, às vezes a escolha do livro acaba ficando por conta de um órgão de maior abrangência, por ser mais cômodo ter um livro só em várias instituições de ensino, facilitando a reposição e complementação de livros durante o período dos três anos de validade do material.

A cerca da obrigatoriedade do governo em relação à assistência à educação, Hofling afirma que:

A distribuição gratuita de livro didático tradicionalmente vem sendo entendida como uma das funções do Estado no que se refere ao fornecimento do material didático-pedagógico. Mesmo que seja possível uma interpretação mais elástica em relação a essa obrigatoriedade, o próprio governo considera seu empenho na compra e na distribuição gratuita de livros às escolas, como tarefa essencial no atendimento à população escolar. O PNLD é sistematicamente mencionado – e até mesmo politicamente usado – para referendar o nomeado "sucesso" da política educacional brasileira (HOFLING, 2000, p. 2).

 

Ressaltamos aqui, que não podemos ter a ilusão de que apenas o livro didático é suficiente para alcançarmos o sucesso na educação, é um instrumento importantíssimo, porém necessita de complementos, tais como cursos de formação e aperfeiçoamento de professores, recursos tecnológicos que propiciem um maior aprendizado aos alunos, dentre outros, que associados ao livro didático, comportam um ambiente de ensino-aprendizagem bem mais significativo.

  1. Análise dos livros 

A análise iniciou-se com a identificação de cada livro, após isso, examinamos os livros por completo, e por último, analisamos apenas os conteúdos Função Modular e Estatística e Probabilidade. Para esta análise, fizemos um apanhado de como os conteúdos citados anteriormente são abordados quanto à contextualização, a apresentação de exercícios, a utilização de outros recursos didáticos, a maneira como os conteúdos são desenvolvidos, enfim, examinamos os aspectos mais relevantes que um livro didático deve abordar.

  1. Livros: Matemática uma nova abordagem 

Os livros têm como autores José Ruy Giovanni e José Roberto Bonjorno. O primeiro, com o conteúdo de Função Modular, é indicado à primeira série do ensino médio e o segundo, com Estatística e Probabilidade, indicado a segunda série do ensino médio. Foram publicados no ano 2000 pela editora FTD, e não pertencem ao PNLD – Programa Nacional do Livro Didático.

É utilizada uma forma interessante para a abordagem de diversos temas fora dos conteúdos matemáticos, o autor aproveita palavras utilizadas nos exercícios para enfatizar outros temas, por exemplo, a palavra “cães” aparece em uma situação problema, e dela parte uma seta que vai até um quadro onde é encontrado um texto falando algo relacionado ao assunto, nesse caso o título do texto é “Doenças de cães”. O que torna a coleção ainda mais rica em conhecimentos diversos.

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