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Livro O Que É Trabalho

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Por:   •  13/2/2015  •  560 Palavras (3 Páginas)  •  263 Visualizações

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O livro “O Que é Trabalho” tem como foco principal desmistificar todas as crenças populares que se tem a respeito da palavra “trabalho”. Muitas vezes as pessoas exercem um trabalho, mas não tem noção do que ele realmente seja, e é isso que o livro trabalha ao longo dos capítulos.

No capítulo "Do que tem se pensado sobre o trabalho" mostra que os preconceitos sobre o trabalho têm origem na Grécia, Roma e na tradição judaico-cristã. Inicialmente a autora tenta conceituar a palavra trabalho, entretanto, como a própria autora mostra, ele tem múltiplos significados. No sentido popular, a palavra trabalho sempre é associada a esforço físico, porém não é só o esforço físico que é considerado trabalho, também se leva em conta o mental. O livro nos mostra inúmeros significados para essa palavra. Os gregos diferenciavam as "fases" do trabalho: labor- trabalho pela sobrevivência e dependente das condições da natureza e biológicas. Poiesis é a mão de obra humana, que faz uso de instrumentos. O esforço é individual e depende só do indivíduo; o esforço é livre. A praxis é a palavra como instrumento, o discurso, a política. Exercer a palavra garante liberdade ao homem e é neste estágio que se forma a ética. O trabalho intelectual é o único respeitado como humano.

Na tradição judaica, o trabalho associa-se à noção de uma punição para o pecado. Na Bíblia, quando Adão e Eva perderam a inocência no paraíso foram ambos condenados. O trabalho é apresentado como uma necessidade que leva à fadiga e que resulta de uma maldição: "Comerás o pão com o suor de teu rosto". Já Eva fora condenada a sentir as dores do parto, o que seria uma forma de labor. Decorre desse princípio bíblico o sentido de obrigação, dever e responsabilidade. A equiparação entre trabalho e sofrimento não é o de simples cansaço; representa, também, uma condição social. Com Lutero e a Reforma Protestante, houve uma reavaliação sobre o trabalho, este deixou de ser uma punição e passou a ser o caminho da religião que garante a salvação. A ética protestante á associada aos princípios do capitalismo. Em outras difusões da Reforma, o trabalho tem relação com a fé. Deste modo, há a ligação entre religião, capital e trabalho. No Renascimento, o trabalho ganha a técnica, a ciência e pode garantir sua liberdade.

Alguns economistas dissociaram o trabalho e seu resultado das questões humanas (homo economicus). Segundo alguns filósofos, o trabalho é parte da transformação e formação do homem. A ferramenta utilizada manifesta a vontade de quem a usa. Há também a necessidade de reconhecimento, o que faz com que indivíduos lutem por esta necessidade. O trabalho garante a elevação espiritual e da auto consciência. No ócio, não existe o homem. Para outros filósofos, o trabalho pode ser sofrimento, prazeroso, atraente, transformador, relacionado a natureza.

Atualmente, o trabalho tem caráter desagradável, que traz poucas alegrias e não satisfaz. As empresas buscam abafar o senso crítico do empregado. Os produtos e a propaganda manipulam o trabalhador, fazendo com que este participe de um estilo de vida.

Trabalho é visto por muitos como uma coisa necessária, como também um fardo. A autora menciona que o trabalho tem que ser visto como uma fonte de prazer, o trabalhador se sinta bem trabalhando e que não ache aquilo uma obrigação irritante, se ele conseguir isso o trabalho terá algum sentido para ele.

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