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Letramento E Alfabetização

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Por:   •  17/4/2013  •  2.881 Palavras (12 Páginas)  •  1.846 Visualizações

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Resumo

Letramento é uma tradução para o português da palavra inglesa “literacy” que pode ser traduzida como a condição de ser letrado. Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado. Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever, mas que responde adequadamente às demandas sociais da leitura e da escrita. Alfabetizar letrando, é ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando deve ser alfabetizado e letrado. A linguagem é um fenômeno social, estruturada de forma ativa e grupal do ponto de vista cultural e social.

O conhecimento das letras é apenas um meio para o letramento, que é o uso social da leitura e da escrita. Letrar significa colocar a criança no mundo letrado, trabalhando com os distintos usos de escrita na sociedade. Essa inclusão começa muito antes da alfabetização, quando a criança começa a interagir socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social. O letramento é cultural, por isso muitas crianças já vão para a escola com o conhecimento alcançado de maneira informal absorvido no cotidiano.

A alfabetização se ocupa da aquisição da escrita pelo indivíduo ou grupos de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade.

A alfabetização deve se desenvolver em um contexto de letramento como início da aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes de caráter prático em relação a esse aprendizado; entendendo que a alfabetização e letramento, devem ter tratamento metodológico diferente e com isso alcançar o sucesso no ensino aprendizagem da língua escrita, falada e contextualizada nas nossas escolas. Letramento é informar-se através da leitura, é buscar notícias e lazer nos jornais, é interagir selecionando o que desperta interesse, divertindo-se com as histórias em quadrinhos, seguir receita de bolo, a lista de compras de casa, fazer comunicação através do recado, do bilhete, do telegrama. Letramento é ler histórias com o livro nas mãos, é emocionar-se com as histórias lidas, e fazer, dos personagens, os melhores amigos. Letramento é descobrir a si mesmo pela leitura e pela escrita, é entender quem a gente é e descobrir quem podemos ser.

Planos de Atividades

Os planos de alfabetização descritos aqui se referem a planos criados a partir dos materiais e jogos do acervo. Eles podem ser modificados, ajustados, mexidos, para atender às diferentes turmas, reais, singulares, que cada professor tem diante de si. Como o nome já diz, plano é “plano”, não abarca as sinuosidades próprias ao real, aos sujeitos, aos grupos, às singularidades, ao imponderável. O mapa, como diz Borges, não é o território. Assim, são apenas pontos de partida, possibilidades, que serão precipitadas singularmente em cada contexto específico por sujeitos únicos, em interações singulares.

Na medida do possível, os planos foram pensados para atender a crianças em diferentes níveis de domínio da leitura e de conceitualização da escrita, e exigem, para serem adaptados e bem desenvolvidos, o conhecimento da turma, a partir de diagnósticos, sondagens ou do acompanhamento do processo das crianças. Muitos dos planos podem também ser adaptados para turmas de alfabetização de jovens e adultos, desde que os textos utilizados sejam interessantes para essa faixa.

Cabe lembrar que se trata de uma concepção de alfabetização em contexto de letramento e, portanto, os textos que serão o ponto de partida para as atividades propostas deverão ser muito bem explorados como textos que são, antes de serem usados também para atividades de reflexão sobre o sistema de escrita alfabética. Por exemplo, ao usar fábulas, seus títulos, moral e/ou texto em atividades de alfabetização, supõem-se que antes essas foram lidas (ouvidas), apreciadas, discutidas, comparadas, compreendidas enquanto gênero textual com características próprias, o que pode gerar reescritas, pequenos livros, ilustrações etc. É nesse contexto de leitura e escrita, que enfatiza o sentido e o gênero, que as reflexões sobre o sistema alfabético vão acontecer. A mesma coisa se dá em relação a outros gêneros textuais.

Outro aspecto que vale sublinhar é que o diagnóstico das hipóteses de escrita das crianças - que vão guiar a proposta, a adaptação das variantes da mesma proposta, de acordo com os desafios que apresentam para cada nível, bem como a organização dos agrupamentos e parcerias, - deve ser realmente apenas uma referência. É preciso estar ciente de que, primeiro, em cada hipótese de escrita descrita por Emilia Ferreiro há inúmeras possibilidades de produção e de formas de pensar, portanto, é preciso estar bem atento para propor desafios e parcerias realmente pertinentes a cada um, cada dupla, cada subgrupo, para que realmente tenham bons problemas a resolver para avançar. Em segundo lugar, é preciso lembrar que o desempenho das crianças na escrita não recobre necessariamente, ou não corresponde sempre e igualmente, a seu desempenho na leitura. Para organizar as atividades que envolvem a leitura (quando ainda não se sabe ler convencionalmente, decodificar), é preciso conhecer o modo como as crianças lêem, que hipóteses fazem ao tentar ler, que domíno têm de decodificação e de leitura visual. As hipóteses de escrita diagnosticadas nas produções infantis dão uma dica, inclusive porque pedimos a elas que leiam suas produções para nos certificar de suas hipóteses, mas não é um dado suficiente para determinar o domínio de leitura das crianças.

Os planos explicitam objetivos e conteúdos básicos do processo de alfabetização, embora outros objetivos e conteúdos possam estar em jogo, implicitamente, na proposta, relativos ao letramento, ao convívio, ao aprendizado de valores e atitudes. Incluem-se no plano também os objetivos e conteúdos dos diferentes níveis de escrita e leitura previstos na atividade, embora a proposta possa estar mais focada ou ser mais produtiva para um nível específico, e apenas sugeridas as adaptações e variantes. Cada professor ou professora deve julgar se e como as atividades propostas podem favorecer a reflexão de seus alunos, o avanço de suas hipóteses e estratégias, a aprendizagem.

Feitas essas observações e apresentações, segue o primeiro plano.

TEXTO 01: ADIVINHAS

Objetivos: Usar as adivinhas para brincar; Identificar palavras;

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