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Linguagem Fotográfica

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Por:   •  13/9/2013  •  Trabalho acadêmico  •  1.273 Palavras (6 Páginas)  •  438 Visualizações

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Linguagem Fotográfica

Um trabalho fotográfico possui vida própria. É, ou deve ser, justificado por si mesmo.Cada fotógrafo deve estar consciente da ação de fotografar, que além de "captar imagens", é um registro de sua opinião sobre as coisas, sobre o mundo. A sua abordagem sobre qualquer tema o define e o expressa.Há aqueles que só aplicam a técnica fotográfica e outros que a utilizam como meio, extrapolando o seu bidimensionalismo, expandindo-se no tridimensional da informação e da expressão.Cabe a nós adequarmos a fotografia aos nossos sentimentos, sensibilidade e criatividade.A fotografia tem linguagem própria e seus elementos podem ser manipulados pelo estudo e a pesquisa ou pela própria intuição do fotógrafo.Temos que saber que o equipamento nos permite que a fotografia aconteça com certa precisão, mas estes aparatos somente são instrumentos que o fotógrafo utiliza dependendo do seu posicionamento, conhecimento e vivência da realidade que pretende retratar.

O fotógrafo deve utilizar o plano visual com elementos precisos, como se fosse uma "mala de viagem", cuja ocupação requer racionalidade e utilidade dos componentes. É a elaboração criativa destes elementos dentro do quadro visual , que permite a sintetização da idéia na retratação da realidade.

O estudo dos elementos da linguagem fotográfica interessa não só pela capacidade narrativa desses elementos, como também pelo seu conteúdo dramático.Ocorre com todas as formas de comunicação, e, em particular, com as artes, por terem linguagem própria.Na fotografia, a linguagem está relacionada às características, aos modos, pelos quais a fotografia existe. Para chegar a seu objetivo, necessita transpor um complexo processo técnico; e é este processo a base da linguagem fotográfica. A base técnica da realização da fotografia determina os elementos da linguagem. O estudo da linguagem decorre da necessidade de "dizer" alguma coisa e é proveniente de um processo de experimentação dos recursos colocados à disposição da fotografia pela técnica. Evidentemente, todo avanço técnico enriquece e modifica a linguagem; como exemplo podemos notar pela história, a mudança nos valores dos elementos da linguagem no surgimento da foto em cores.

Os recursos elementares da base técnica são os filmes e a câmara.

Cada chapa do filme possui uma imagem gravada de uma realidade exterior, obtida através dos controles que a máquina possibilita.

A superfície do filme tem uma dimensão determinada, sejam os cartuchos, os 135, os 120 ou mesmo os filmes em chapas; o processo fotográfico reduz uma realidade tridimensional a uma imagem bidimensional, as objetivas têm determinadas distâncias focais que modificam estas realidade de diferentes formas .

A janela da câmara tem um formato determinado: 18 x 24 mm., 24 x 36mm., 6 x 6cm.,

4 x 5 polegadas e outros. Vemos que, ao fotografar a realidade, a câmara já realiza determinadas transformações do real, convertendo-o numa imagem de dimensões determinadas e sujeito a um certo número de limitações. São estas "limitações" que vão ser elaboradas criativamente como linguagem fotográfica.

Como elementos da linguagem fotográfica temos:

a) planos - corte, enquadramento

b) foco - foco diferencial, desfoque, profundidade de campo

c) movimento - em maior e em menor grau, estaticidade

d) forma - espaço

e) ângulo - posição da máquina

f) cor - gradação de cinzas, as cores

g) textura - impressão visual

h) iluminação - sombras, luzes

i) aberrações - óticas, químicas

j) perspectiva - linhas

l) equilíbrio e composição - balanço, arranjo visual dos elementos.

Planos

Quanto ao distanciamento da câmara em relação ao objeto fotografado, levando-se em conta a organização dos elementos internos do enquadramento, verifica-se que a distinção entre os planos não é somente uma diferença formal, cada um possui uma capacidade narrativa, um conteúdo dramático próprio.

É justamente isso que permite que eles formem uma unidade de linguagem, a significação decorre do uso adequado dos elementos descritivos e/ou dramáticos contidos como possibilidades em cada plano.

Veremos cada plano, usando a nomenclatura cinematográfica para, didaticamente, facilitar as definições dos enquadramentos ajudando seu estudo. Os planos se dividem em três grupos principais:

- os plano gerais

- os planos médios

- os primeiros planos

1. Grande Plano Geral (GPG)

O ambiente é o elemento primordial. O sujeito é um elemento dominado pela situação geográfica. Objetivamente a área do quadro é preenchida pelo ambiente deixando uma pequena parcela deste espaço para o sujeito que também o dimensiona. Seu valor descritivo está na importância da localização geográfica do sujeito e o seu valor dramático está no envolvimento, ou esmagamento, do sujeito pelo ambiente. Pode enfatizar a dominação do ambiente sobre o homem ou, simbolicamente, a solidão.

2. Plano Geral (PG)

Neste enquadramento, o ambiente ocupa uma menor parte do quadro: divide, assim, o espaço com o sujeito. Existe aqui uma integração entre

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