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Logística Reversa

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Por:   •  24/9/2014  •  780 Palavras (4 Páginas)  •  236 Visualizações

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1. Sensibilidade Ecológica

Atualmente, o conceito do Desenvolvimento Sustentável está sendo muito

difundido, baseado na idéia de atender às necessidades do presente sem comprometer as

gerações futuras no atendimento de suas próprias necessidades. Com isso, a população vem se preocupando cada vez mais com os diversos aspectos do equilíbrio ecológico. Alguns desses aspectos afetam os canais de distribuição reversos como: disposição do lixo urbano devido aos seus efeitos nocivos, baixa porcentagem de reciclagem das embalagens descartáveis e produtos/materiais passíveis de serem reciclados ou reutilizados - como é o caso do lixo orgânico que pode ser transformado em composto (fertilizante) para utilização na agricultura, no Brasil, por exemplo, esses componentes orgânicos somam cerca de 65% do peso do lixo coletado (Cabral, 2001) – entre outros.

2. Pressões Legais

As legislações ambientais sobre resíduos sólidos têm suas origens na reação aos

impactos ao meio ambiente que podem ser causados, por exemplo, pela dificuldade de

desembaraço dos resíduos até a sua disposição final. A responsabilidade dos impactos

ambientais dos resíduos sólidos, que antes era do governo, recentemente passou a ser dosfabricantes. Essa mudança está de acordo com a filosofia de EPR (Extended Product

Responsability), ou seja, a idéia de que a cadeia industrial de produtos que, de certa forma, agridem o ambiente, deva se responsabilizar pelo que acontece com os mesmos após o seu uso original (Leite, 1998).

Segundo Rose (2002) nos últimos 25 anos, 14 países latino-americanos

promulgaram novas constituições, todas elas contendo capítulos específicos tratando sobre a questão ambiental. Neste contexto, as empresas deverão contabilizar os custos de caráter ecológico em seus produtos a fim de cumprir estas novas regulamentações.

Como exemplo dessas legislações ambientais, existem as leis No 3183, de 28 de

Janeiro de 1999 e No 3206, de 12 de Abril de 1999, que autorizam o Poder Executivo a

criar normas e procedimentos para o serviço de coleta e disposição final de pilhas e de

garrafas/embalagens plásticas no Estado do Rio de Janeiro, respectivamente.

3. Redução do Ciclo de Vida dos Produtos

O acelerado desenvolvimento tecnológico vem provocando uma obsolescência

precoce dos bens. O aumento dos produtos com ciclo de vida útil cada vez menor gera uma grande quantidade de resíduos sólidos e produtos ultrapassados. Esses resíduos sólidos dependem da capacidade dos sistemas tradicionais de disposição, que já estão chegando ao seu limite, necessitando portanto de alternativas para a destinação final dos bens de pósconsumo, a fim de minimizar o impacto ambiental gerado pelos mesmos. Já produtos ultrapassados, ou seja, aqueles que foram ou estão sendo substituídos por produtos que incorporaram uma tecnologia mais avançada (ex: relançamento de um produto),necessitam de uma redistribuição no mercado ou na própria rede de lojas.

4. Imagem Diferenciada

A empresa pode alcançar a imagem diferenciada de ser ecologicamente correta por

meio de políticas mais liberais e eficientes (rapidez na troca, qualidade no atendimento,

flexibilidade,...) de devolução de produtos, como também por meio do marketing ligado à questão ambiental (selo verde, ISO 14000, ...), como é o caso da Latasa – Empresa

pioneira na fabricação de latas de alumínio para cervejas e refrigerantes no Brasil:

“Hoje, a Latasa é mais conhecida pelo público por suas atividades voltadas para a reciclagem do

que pela produção de latas e tampas de alumínio. A empresa desfruta de uma imagem positiva, que

agrega valor e simpatia ao seu nome e, conseqüentemente, aos seus produtos.” (Glosa, 1997, p.64)

5. Redução de Custos

A carência de informações dos volumes transacionados e das condições ambientais

não tem justificado até então uma organização formal e uma maior estruturação desses

canais, fazendo com que haja dificuldade na visualização dos custos. Porém, economias

podem ser obtidas, como na utilização de embalagens retornáveis e no reaproveitamento de materiais para a produção – por exemplo: segundo a ABAL (Associação Brasileira doAlumínio) para reciclar 1 tonelada de latas gasta-se apenas 5% da energia necessária para produzir a mesma quantidade de latas feitas a partir de alumínio virgem – estimulando assim, iniciativas relacionadas à logística reversa.

Um outro exemplo é o caso de fibras e fios de poliéster que podem ser produzidos a

partir do PET e servir de insumo para pequenas indústrias. Segundo Souza apud PEGN

(2002), uma fábrica de mini-travesseiros ao substituir o poliéster comum pelo plástico

reciclado, reduziu custos sem comprometer a qualidade, conseguindo oferecer preços 20% mais baratos que o de mercado.

4) FLUXOS DE DISTRIBUIÇÃO REVERSA

Tendo como ponto de partida os bens finais para se iniciar a análise do fluxo

reverso, Leite (2002) dividiu esses bens em dois tipos: bens de pós-consumo e bens de pósvenda.

A distribuição física de ambos se utiliza dos mesmos canais, tendo como origem a

cadeia de distribuição e como destino o consumidor. Os fluxos reversos desses dois tipos de bens retornam do consumidor (origem) à cadeia de distribuição (destino), porém, por meio de diferentes canais intermediários.

Fluxos Logísticos Reversos

O fluxo de retorno dos bens de pós-venda e dos bens de pós-consumo pode ser

realizado por diferentes motivos:

...

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