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Lógica Clássica

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Por:   •  24/11/2013  •  1.763 Palavras (8 Páginas)  •  302 Visualizações

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1. LÓGICA CLÁSSICA

Antes de iniciarmos este estudo mais a fundo, sobre a lógica clássica, é preciso que saibamos o que significa ao certo a palavra lógica. A lógica clássica é uma ciência voltada para a matemática e também tendo grandes laços com a filosofia (estudo crítico e racional dos princípios fundamentais do mundo e do homem). Então, já que o pensamento é a manifestação do conhecimento, e que o conhecimento procura a verdade, é necessário fixar determinadas regras para que este objetivo possa ser atingido. Desta forma, a lógica é uma área da filosofia que trata das regras do bem pensar, ou do pensar correto, isto é, de um instrumento de pensar. O aprendizado da lógica não conta com um fim em si, ou melhor, ela apenas possui sentido quando encontra uma maneira de garantir que o nosso pensamento haja de forma correta a fim de encontrar conhecimentos verdadeiros. Pode-se dizer então, que a lógica cuida de argumentos, ou seja, de conclusões a que chegamos a partir da apresentação de provas que a sustentam.

A história da lógica antiga inicia-se propriamente com Aristóteles, no século IV a. C. (384-322 a. C.). Na antiguidade, os gregos foram preponderantes no cultivo, prática e gosto pelo argumento. Entre os predecessores de Aristóteles (Platão, sem dúvida) devemos chamar a atenção para o trabalho dos sofistas, classe de tutores privados da Grécia antiga; e convém mencionarmos que paradoxos e argumentos falaciosos, argumentos que, de premissas aparentemente verdadeiras e por passos aparentemente válidos, levam a conclusões aparentemente falsas, eram conhecidos na Grécia antiga. A maior parte da contribuição relevante de Aristóteles, para a lógica, encontra-se no grupo de trabalhos conhecidos como Organon, mais especificamente nos Analytica Priora e no De Interpretatione. Aristóteles criou a teoria do silogisimo e axiomatizou-a de diversas formas. Iniciou o desenvolvimento da lógica modal, lidando com as noções de necessidade, possibilidade e contingência: uma sentença A é contingente se A é não necessário, porém não impossível. É famosa a questão dos futuros contingentes de Aristóteles. Exemplo: Haverá uma batalha naval amanhã.

Analisada como ciência, a lógica tem a capacidade de definir a estrutura de declaração e argumento para a criação de fórmulas, sendo que é através destas que podem ser codificados. O estudo da lógica conta com a compreensão implícita fazendo com que se crie um bom argumento e de quais argumentos enganosos. A lógica filosófica trabalha com descrições formais da linguagem natural, sendo que a grande maioria dos filósofos admite que a maior parte do raciocínio considerado “normal” pode ser capturada através da lógica, desde que seja possível localizar uma maneira correta de traduzir a linguagem corrente para esta lógica.

Desta forma, para o senso comum, a lógica seria um estudo da correspondência entre o discurso e a realidade. Porém, em sentido mais estrito, aquela ‘arte’ surgida, segundo uma concepção clássica, com os trabalhos do filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) de Estagira1 a qual se denominou de lógica, se apresenta como uma metodologia de análise e construção de raciocínios e argumentos em âmbito formal. A lógica foi desenvolvida de forma independente e chegou a certo grau de sistematização na China, entre os séculos V e III a.C., e na Índia, do século V a.C. até os séculos XVI e XVII da era cristã. Na forma como é conhecida no Ocidente, tem origem na Grécia. Mais tarde, foram reunidos os trabalhos na obra denominada Organon, onde encontramos no capítulo Analytica Priora a parte essencial da Lógica. Para Aristóteles o raciocínio (dedutivo) reduz-se essencialmente ao tipo determinado que se denomine silogismo. Na seqüência de descobertas e reflexões de pensadores anteriores, onde sobressaem Parménides e Zenão de Eleia, os sofistas, Sócrates e Platão, este último mestre de Aristóteles. Mais tarde, encontramos os pensadores medievais, entre os quais avulta o português Pedro Hispano (1220-1227), que lhe irão dar depois o seu aspecto quase definitivo, ou pelo menos, o mais próximo do que conhecemos hoje como a ciência das ideias. Ainda na Antigüidade grega, temos a Lógica da escola dos estóicos emegáricos (Euclides de Megara – 400 a.C.). Esta lógica apresenta-se de modo diferente da aristotélica, pois, esta se liga ao Cálculo dos Predicados, ao passo que aquela se refere ao Cálculo Proposicional. Pertence a essa escola, Zenão (336-204 a.C.) que fundou o estoicismo. Crisipo foi o lógico mais fértil dessa época. Observa-se que durante os primeiros tempos, a lógica apresentada pelos filósofos era em linguagem natural. Ela é também uma disciplina essencialmente filosófica, pois os seus conteúdos estão intimamente interligados com os de outras disciplinas filosóficas fundamentais, como seja a ontologia, a metafísica e a teoria do conhecimento ou gnoseologia. Além disso, os conceitos apresentados por esta ciência foram muito válidos no desenvolvimento dos computadores.

1.1. CONCEITO

A Lógica é uma ciência, isto é, um sistema de conhecimentos certos, fundados em princípios universais. Nisto, a Lógica filosófica difere da Lógica espontânea ou empírica, como o que é perfeito difere do imperfeito. Porque a Lógica natural não é mais do que uma aptidão inata do espírito para usar corretamente as faculdades intelectuais, mas sem ser capaz de justificar racionalmente, recorrendo aos princípios universais, as regras do pensamento correto,

Ciência das leis idéias do pensamento, a Lógica pertence por isto à filosofia normativa, porque não tem por fim definir o que é, mas o que deve ser, a saber, o que devem ser as operações intetelectuais para satisfazer às exigências de um pensamento correto. Ela estabelece as condições, não de existência, mas de legitimidade.

A lógica é também uma arte, isto é, um método que permite bem fazer uma obra segundo certas regras. A Lógica, de fato, ao mesmo tempo em que define as leis ideais do pensamento, estabelece as regras do pensamento correto, cujo conjunto constitui uma arte de pensar. E como o raciocínio é a operação intelectual que implica todas as outras operações do espírito, define-se muitas vezes a lógica como a ciência do raciocínio correto.

A Lógica tem por fim a procura e a demonstração da verdade, porque a procura e a demonstração da verdade são o fim (dai inteligência e, por conseguinte, da Lógica, enquanto define as condições de validade das operações do espírito.

1.2. FINALIDADE

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