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METOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFÍCO

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Por:   •  27/7/2014  •  4.844 Palavras (20 Páginas)  •  304 Visualizações

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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO SOB UMA PERSPECTIVA LÚDICA

1 INTRODUÇÃO

Na sociedade do conhecimento, caracterizada pela globalização intensa, vivenciada neste início de século, demanda-se um processo de transformações sociais cujo maior desafio se configura em encontrar meios de se adaptar às exigências e competências do futuro.

As velozes e radicais mudanças impõem a necessidade de políticas educacionais que respondam de forma competente e efetiva às necessidades reais de formação, qualificação e valorização dos profissionais da educação de forma contínua e permanente.

Nesse sentido e considerando que a diretriz pedagógica mais importante no trabalho docente é a utilização da escrita nas mais diversas atividades, tal utilização deve corresponder às formas pelas quais ela é utilizada efetivamente nas práticas sociais, assumindo-se como ponto de partida, a diversificação textual e, nesse contexto a apropriação do código ressignificando este processo através de práticas que motivem e instiguem, no aluno, o desejo de aprender.

Diante desta realidade, e, partindo-se do pressuposto de que as atividades lúdicas se constituem em fator motivacional e estimulador do desejo de aprender, as práticas pedagógicas assim enriquecidas podem auxiliar a criança no aperfeiçoamento de suas funções cognitivas, afetivas e motoras, refletindo-se em todo o processo de construção de seu aprendizado.

Os aprendizados emocionais e motores, propiciados pela ludicidade, no contexto da escola se constituem no fator desenvolvimento cognitivo, sendo absolutamente importantes para o aluno vier com equilíbrio e importantes garantir o interesse e a motivação para as aprendizagens formais, no sentido de que aprendendo com prazer e descontração, o conhecimento adquirido se solidifica e extrapola os limites da escola, além de se configurarem como alicerce para se viver com equilíbrio na vida adulta, saber lidar com a frustração e ser perseverante.

Constitui-se também em torno da necessidade de superar as estatísticas preocupantes do fracasso escolar, o que implica uma efetiva formação docente continuada, sendo esta atribuição, consideradas a necessária formação inicial e o interesse em sua própria auto-formação por parte de todos e especificamente o professor, compete, em última análise ao Supervisor Escolar, enquanto coordenador pedagógico e mediador dos significados, conceitos e competências.

Libâneo (2003) conclama os educadores a uma análise profunda e detalhada, servindo de ponto de partida para se propor um Projeto de Ação focado na realidade e filosofia educacional de cada Unidade Escolar, e principalmente, conscientes de que qualquer iniciativa em relação à formação do professor “deve-se voltar para uma perspectiva crítico-reflexiva, que forneça aos docentes os meios de um pensamento autônomo que facilite as dinâmicas de autoformação participante”. (p. 36).

Para levar adiante esta ação transformadora, parte-se do pressuposto de que todas as Instituições têm, em seu Projeto Político-Pedagógico, definidos os objetivos e metas prioritárias para discussão das questões pedagógicas, tornando os docentes mais críticos e reflexivos, fazendo-os mais participativos e colaboradores.

Por isso é necessário que o professor atue na escola com maior competência, para que o ensino realmente se faça e que a aprendizagem se realize, e para que as convicções se construam no diálogo e no respeito, ou seja, que suas práticas se efetivem, coletivamente, no companheirismo, na mediação e na solidariedade.

1.1 Alfabetização x Letramento

Em uma sociedade constituída em grande parte por analfabetos e marcada por reduzidas práticas de leitura e escrita, durante muito tempo a alfabetização foi entendida como mera sistematização do código escrito.

A aprendizagem da leitura e da escrita exige intencionalidade do professor e, portanto, uma qualificação de quem ensina. Exige planejamento e decisões a respeito do tipo, freqüência, diversidade, seqüência das atividades de aprendizagem, tomadas em função do que se considera papel do aluno e do professor nesse processo, ou seja, as experiências que o educando teve ou não em relação à leitura e à escrita, que incluem, necessariamente, os critérios que definem o que seja estar alfabetizado no contexto de letramento.

Kleiman (2008) explica que o caráter histórico da comunicação e o papel que a leitura e a escrita desempenham no contexto da sociedade globalizada deve ser o marco referencial para a formação do educador-alfabetizador que tenha como visão o desempenho de sua função no desenvolvimento dos processos educativos voltados para a formação de um leitor/escritor competente.

Conforme aponta Tfouni, foi no cenário das crescentes transformações culturais, sociais, políticas, econômicas e tecnológicas que o letramento surgiu, ampliando o sentido da alfabetização.

A aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de uma sociedade:

As práticas específicas da escola, que forneciam o parâmetro de prática social segundo a qual o letramento era definido, em que os sujeitos eram classificados ao longo da dicotomia alfabetizado ou não-alfabetizado, passam a ser, em função dessa definição, apenas um tipo de prática que desenvolve alguns tipos de habilidades, mas não outros, e que determina uma forma de utilizar o conhecimento sobre a escrita. (2009, p. 45)

Com a mesma preocupação em diferenciar as práticas escolares de ensino da língua escrita e a dimensão social das várias manifestações escritas em cada comunidade, Kleiman (2005) define o letramento como “um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos”.

Tfouni (2007) valoriza o impacto qualitativo que este conjunto de práticas sociais representa para o sujeito, extrapolando a dimensão técnica e instrumental do puro domínio do sistema de escrita. Nesse sentido, trabalhando a diversidade textual torna-se fundamental a introdução de textos orais, momento em que o registro de cada palavra é acompanhado pelo professor no intuito de que os alunos percebam a relação entre os fonemas e seu registro gráfico.

Durante o desenvolvimento dos procedimentos relativos às práticas de leitura, produção e interpretação de textos e análise linguística, processos simultaneos e complementares à aquisição e domínio do código, deve ser destacada uma ou mais frases do texto para serem objeto

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