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MICROECONOMIA

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Por:   •  5/3/2015  •  3.961 Palavras (16 Páginas)  •  355 Visualizações

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Introdução

Para dar inicio ao nosso trabalho falaremos um pouco sobre o tipo de mercado que envolve a Economia na Praia que é o mercado informal.

A informalidade assume distintos significados nos diferentes debates em torno das suas manifestações cotidianas, uma vez que a sua compreensão na opinião pública, na academia e entre os formuladores de políticas públicas costuma variar de acordo com a visão de mundo, os compromissos e os interesses imediatos de cada segmento social. Mas, qualquer que seja o significado atribuído às suas manifestações, a questão não pode ser pensada de forma compartimentalizada, como se o problema estivesse restrito a um setor atrasado e estanque da economia.

Os termos “formal” e “informal” aparecem em substituição à dicotomia entre “setor tradicional” e “setor moderno”, uma vez que o setor informal é entendido como fenômeno moderno e resultado do processo de urbanização. As atividades informais foram pensadas como formando um setor, que engloba tanto empresas como indivíduos envolvidos na produção de bens, na prestação de serviços pessoais ou no pequeno comércio.

O setor informal caracteriza-se também por baixas remunerações, e possui uma correlação entre a pobreza e a forma de inserção no mercado de trabalho. Os ocupantes do setor informal são caracterizados como socialmente pobres, com menor grau de instrução e em faixas etárias que incluem tanto os mais jovens quanto os mais velhos.

Pode-se acrescentar, ainda, outra forma de perceber e caracterizar o setor informal, que o entende como sinônimo de ilegalidade (de certo modo, corresponde ao que na Europa é chamado de “economia subterrânea”). Neste enfoque, o que motivaria a informalidade seria o não pagamento de impostos federais ou municipais, assim como o não cumprimento da legislação trabalhista. E, muitas vezes, a informalidade tende a ser explicada como resultado da imposição de regimes jurídicos e administrativos que impõem altos custos e dispêndio de tempo para o processo de formalização.

A informalidade vista isoladamente, é um conceito insuficiente para explicar a dinâmica recente do mercado de trabalho brasileiro. Por isso, é necessário entendê-la no contexto das novas tendências em curso, em particular no que se refere às estratégias de concorrência das empresas num ambiente altamente competitivo, assim como qualificar as suas diferentes manifestações. Embora o crescimento econômico recente possa contribuir para a redução do trabalho informal estrito senso, é preciso reconhecer que num ambiente de flexibilização ganham evidência as novas facetas da informalidade. Neste sentido, o discurso de modernização da legislação trabalhista e de promoção de maior flexibilidade neste campo pode ser interpretado como uma tentativa de legitimação de formas de trabalho precárias.

A economia praiana

Sem dúvida um dos espaços de lazer preferidos dos brasileiros, é a praia que possui dimensões complexas. A praia tem uma economia, constituída por muitos aspectos, muitas vezes percebido como algo integrado ao ambiente. Refere-se aqui à rede de empreendimentos econômicos que exploram o ambiente litorâneo, como os formais – hotéis, pousadas, bares, restaurantes, entre outros – e os informais, como as barracas da praia, os vendedores ambulantes, e todos aqueles que, de uma forma ou de outra, movimentam a praia do ponto de vista da economia, e que por isso merece ser objeto de atenção.

É importante analisar e estudar a economia praiana como um todo, construída pela diversidade de opções existentes, pois os frequentadores são consumidores em potencial das inúmeras alternativas de lazer e sociabilidade oferecidos. De um lado, há as barracas de praia e os ambulantes de alimentos (amendoim, coco verde, queijo quente, castanha de caju, camarão torrado, entre outros); de outro, os ambulantes (que comercializam óleos de bronzear, óculos, cangas, bonés e camisetas, além de redes de armar), para citar alguns dos produtos comercializados nas praias brasileiras. A análise do ponto de vista dos frequentadores sobre o que se deparam ao ir à praia é relevante no sentido de mapear as atividades econômicas praianas como forma de alimentar de informações o processo decisório de organizações públicas e privadas interessadas no litoral e em suas potencialidades.

O litoral é tomado com tanta frequência como sinônimo de destino turístico que muitas vezes se esquece de politizar sua construção como tal, principalmente no caso do Brasil, que possui mais de 8.000 quilômetros de litoral, cuja maior parte de situa no nordeste, onde a costa tem águas seguras, mornas, e de boa aparência, portanto altamente atrativas. Tem sido considerável o esforço no sentido de tornar a atividade turística carro-chefe da economia da região. De certa forma, assiste-se a uma construção de um grande paliativo, que atua na lacuna nas políticas públicas de desenvolvimento. Precisamente pelo fato de o

Estado não conseguir desconcentrar a atividade econômica, que, em um contexto capitalista, tende a ressaltar a acumulação (de pessoas, recursos, infraestrutura, investimentos etc.), o turismo responde, de forma mais imediata à necessidade econômica de regiões favorecidas do ponto de vista natural, como é o caso do caribe, ou do nordeste brasileiro, por exemplo.

A praia encerra uma dinâmica com a qual poucos ambientes podem competir. É, ao mesmo tempo, um destino de lazer, para o qual vários grupos sociais convergem em busca de descanso e diversão (FREEMAN, 2002), um ambiente que pode moldar a identidade e a vocação turística de uma cidade, um meio pelo qual se comercializam souvenires que representam parte da relação que se tem com o local e um contexto em que potencialmente se geram divisas, entre outras visões possíveis.

A economia da praia ainda permanece um tema pouquíssimo explorado, o que reflete, por outro lado, um grande potencial para a realização de pesquisas como a que se apresenta. Em parte, isso se deve ao fato de que os pilares do turismo no Brasil são as áreas de geografia, a história, e a administração, o que faz com que aspectos econômicos fiquem em segundo plano. Com esse trabalho conseguimos identificar o perfil dos frequentadores, suas práticas sócio-culturais, e suas percepções sobre as condições atuais e sua visão de futuro sobre as praias. Em relação ao gênero, identificamos um pequeno predomínio feminino, as mulheres frequentam mais as praias do que os homens. A maior parte dos frequentadores possui idade até 29 anos, sendo considerados jovens adultos o que provavelmente implica um perfil de consumidor menos

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