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MODELO PETIÇÃO REINTEGRAÇÃO DE POSSE

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Por:   •  10/6/2014  •  2.022 Palavras (9 Páginas)  •  635 Visualizações

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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ....., ESTADO DO .....

....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE C/C PERDAS E DANOS C/C PEDIDO DE CONCESSÃO DE LIMINAR

em face de ....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

DOS FATOS

O Autor é o legítimo proprietário do veículo marca ........., modelo ................., cor ............., ano ........., placa ..........., possuindo trava ............ (com chave), aparelho de som (CD) original com frente destacável, estepe e ferramentas, conforme comprova a documentação em anexo (doc. .....).

Em ............... de ....., Autor e Requerido firmaram um contrato de comodato do referido veículo (doc. .......), o Autor na qualidade de Comodante e o Requerido na qualidade de Comodatário. Referido Contrato foi assinado com prazo certo e determinado de ..... (.............) meses a partir da sua assinatura, tendo vencido em ..../..../.....

Durante todo o período de vigência do referido contrato, o Autor sempre permitiu a posse útil e pacífica do veículo pelo Requerido, jamais tendo requerido a restituição do bem dado em comodato antes do término do prazo avençado.

No entanto, após o vencimento do contrato, o Autor, por diversas vezes, tentou amigavelmente reaver o veículo objeto do comodato, mas todas as tentativas restaram frustradas.

Muito embora notificado extrajudicialmente, em ..../..../...., conforme documento anexo (doc. ....), até o presente momento o Requerido não devolveu o bem ao Autor, restando comprovado o esbulho a partir de então.

Ademais, pelo mesmo documento - notificação extrajudicial - o Requerido foi constituído em mora, ficando ciente, inclusive, do valor de aluguel devido ao Autor a partir desta notificação.

Em razão das atitudes tomadas pelo Requerido que não mais atendeu as solicitações do Autor, este teme que o Requerido oculte, venda ou deteriore o bem, que por ser um automóvel é facilmente comercializado, mesmo sem a efetiva transferência de propriedade.

Não restando outra forma para reaver o que lhe é de direito, visto que amigavelmente foram infrutíferas as tentativas, o Autor viu-se compelido a ingressar com a presente medida judicial e pleitear ao Poder Judiciário o remédio legal existente, qual seja, a reintegração de sua posse no bem que é de sua propriedade.

DO DIREITO

A matéria do Comodato , como espécie contratual de empréstimo que representa, está disciplinada o Código Civil a partir do artigo 579.

Nos ensinamentos do ilustre Prof. Washington de Barros Monteiro, comodato "é o contrato unilateral, a título gratuito, pelo qual alguém entrega a outra coisa infungível, para ser usada temporariamente e depois restituída" (W. Barros Monteiro. Curso de Direito Civil. São Paulo: Saraiva, p. 206) (grifo nosso).

Ora, é exatamente isto que se pretende ver confirmado através da presente medida: a restituição da posse direta do veículo ao seu proprietário pelo transcurso do lapso temporal, acordado entre as partes, durante o qual tal veículo permaneceu sob a posse legítima do Requerido.

No entanto, após o término do contrato do comodato firmado pelas partes e a não restituição do veículo ao Autor, a posse do Requerido que era legítima passou a ser precária.

Posse precária, uma das espécies de posse injusta, é a que resulta de um abuso de confiança da pessoa que recebeu a coisa para restituí-la oportunamente e se recusa, abusivamente, a entregá-la, como era de seu dever.

Nas sábias palavras do Prof. Orlando Gomes "posse precária é que se adquire por abuso de confiança. Resulta, comumente, da retenção indevida de coisa que deve ser restituída" (Orlando Gomes. Direitos Reais, 14 ed. Rio de Janeiro: Forense, p. 40).

Exatamente por resultar de um vício, um abuso, a posse precária torna-se inoperante em relação à pessoa de quem foi usurpada e não merece proteção legal.

Por outro lado, como forma de resguardar os direitos violados pela posse precária, como no caso em tela, o Código de Processo Civil disciplina a reintegração de posse em seu artigo 926 e seguintes, in verbis:

Art. 926. "O possuidor tem o direito de ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado no de esbulho"(grifo nosso).

É parte legítima para propor a reintegração de posse todo possuidor que for da posse privado por violência, clandestinidade ou precariedade. Sendo que o fim almejado pela reintegração de posse é a recuperação da coisa, como no presente caso.

Ademais, os documentos trazidos na exordial comprovam os requisitos do artigo 927 do diploma processual civil, quais sejam: a posse (e propriedade) do Autor (docs. .......), o esbulho praticado pelo Requerido (doc. ......), a data do esbulho (doc. ......) e a perda da posse (doc. ....... e .......).

Destaca-se, ainda, o fato da posse precária ser nova, ou seja, ela tem existência a menos de ano e dia, o que garante ao Autor a obtenção da liminar de reintegração de posse, desde que comprovados os requisitos do artigo 927 do CPC, conforme disciplina o artigo 928 do mesmo Código.

Em que pese a notificação extrajudicial ter constituído em mora o Requerido, a partir de .../...../....., o mesmo documento arbitrou o valor devido a título de aluguel ao Autor até a efetiva restituição do veículo, consoante autoriza o artigo 582 do código civil:

Art. 582. "O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, não

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