Macro Economia

Capítulo XII – Paridade dos preços

Com a crise de 1929 os preços dos produtos agrícolas caíram violentamente, e os dos produtos industriais sofreram apenas uma pequena queda. O resultado foi o fazendeiro não poder comprar produtos industriais; os trabalhadores da cidade foram dispensados e não puderam comprar produtos agrícolas; e a depressão espalhou-se em danosos círculos cada vez maiores. A solução vista pelo governo para recuperação dessa crise foi fazer retornar os preços dos produtos agrícolas a uma paridade com os dos artigos que os fazendeiros compravam.

A crítica do autor está em examinar todos os absurdos da decisão de paridade de preços tomada pelo governo, para ele não existe razão sólida para adotar essa relação especial de preços que prevalecera em determinado ano ou período, e considerá-la "normal", mesmo que fosse "normal" na ocasião, que razão existe para supor que essa mesma relação devesse ser preservada mais de sessenta anos.

A falácia fundamental que interessa é o argumento de que, se o fazendeiro obtiver preços mais altos para seus produtos, ele poderá comprar mais mercadorias da indústria e, assim, torná-la próspera e proporcionar pleno emprego. A discussão do capítulo é a alta nos preços agrícolas, oriunda de intervenção governamental. Isso poderá ser feito através de vários processos. Poder-se-á forçar a alta por simples decreto, o método menos exequível. Pode resultar de decisão do governo de adquirir todos os produtos agrícolas que lhe são oferecidos a preço de paridade. Pode resultar de empréstimos governamentais aos fazendeiros, o suficiente para capacitá-los a manterem sua produção fora do mercado, até concretizar-se a paridade ou um preço mais elevado. Pode originar-se de restrições impostas pelo governo ao volume das colheitas.

Utilizando a primeira lição, de enxergar a longo prazo, o autor traz uma visão mais ampla dos resultados obtidos com essas medidas. O exemplo do livro é interessante: “não fosse essa política, que o trigo, que seria vendido a US$2.50 o bushel, tenha então o preço elevado para US$3.50. O fazendeiro obtém US$ 1 a mais por bushel de trigo. Mas o trabalhador da cidade paga, precisamente, por causa dessa mesma mudança, US$ 1 a mais por um bushel de trigo no preço aumentado do pão. Aplica-se o mesmo a qualquer outro produto agrícola. Se o fazendeiro tem, então, poder aquisitivo de US$1 a mais para comprar produtos industriais, o trabalhador da cidade fica com poder aquisitivo de US$1 a menos para comprar tais produtos. No final, a indústria em geral nada lucrou. Perde, em vendas na cidade, precisamente o que ganha nas vendas rurais”.

Além da indústria não lucrar, essa ação também traz o corte da produção de produtos agrícolas com o objetivo de aumentar os preços, tornando-os escassos e valorizados, mas isso de certo ponto significa a destruição da riqueza, traz menos quantidade de alimento para consumo, prejudicando o bem estar social. Um exemplo de medida em diminuir essa oferta de produtos ocorreu no Brasil com a destruição física daquilo que foi produzido, como a queima do café, no Brasil.

Capítulo XIV - A salvação da indústria X

O texto traz a situação de uma indústria doente e que precisa ser salva, a salvação seria uma tarifa, através de preços mais altos ou mediante subsídio. Se a indústria falir será causado desemprego, com o desemprego os proprietários de suas casas, os merceeiros, os açougueiros, as lojas e os cinemas locais perderão negócios e a depressão se espalhará. Mas se a indústria X for salva, por uma ação imediata do Congresso, ela poderá comprar equipamentos de outras indústrias, mais homens serão empregados, proporcionando maior volume de negócios aos açougueiros, padeiros e fabricantes de anúncios luminosos; sua prosperidade, então, se expandirá.

No caso, a indústria X era a agricultura e para salvar a agricultura o Congresso causou diversos danos para os Estados Unidos.