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Mal De Alzheimer

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Por:   •  8/10/2013  •  2.044 Palavras (9 Páginas)  •  557 Visualizações

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MAL DE ALZHEIMER

Histórico da Doença

Alois Alzheimer, médico alemão que viveu entre a segunda metade do século XIX

e o início do século XX, publicou em 1907 o artigo intitulado “A characteristic serious disease of the cerebral cortex” em que apresenta os achados clínicos e anatomopatológicos de um caso peculiar. Trata-se da paciente Auguste D., atendida inicialmente aos 51 anos quando passou a apresentar sintomas delirantes caracterizados por ciúmes intensos em relação ao marido. Além disso, desenvolveu alterações de linguagem e de memória, bem como desorientação no tempo e no espaço que se instalaram logo em seguida e com piora progressiva. A paciente faleceu quatro anos e meio após o início dos sintomas em estágio avançado de demência, e foi submetida a exame anatomopatológico.

Alzheimer observou acúmulo de placas características no espaço extracelular, chamadas de placas senis, e lesões neurofilamentares no interior de neurônios, distribuídas difusamente pelo córtex cerebral. Cinco anos após, em 1912, o renomado professor de psiquiatria alemão E. Kraepelin faz pela primeira vez uma menção, em seu compêndio de psiquiatria, dissertando como “esta doença descrita por Alzheimer”. A partir dessa época, o epônimo doença de Alzheimer passou a ser utilizado para os casos de demência ocorrendo na faixa etária pré-senil, ou seja, antes dos 65 anos, e que apresentavam características clínicas e neuropatológicas semelhantes à paciente inicialmente descrita.

Durante várias décadas esse diagnóstico ficou reservado a tais casos de demência degenerativa pré-senil, em oposição aos casos bem mais frequentes, e já conhecidos no início do século XX, de demência senil. Esta dicotomia teve raízes em disputas acadêmicas entre diferentes escolas psiquiátricas alemãs naquela mesma época. Foi apenas muitas décadas após, no final dos anos 60, que diferentes estudos demonstraram que a então denominada doença de Alzheimer e a demência senil eram, na realidade, a mesma condição clínico-patológica, embora com algumas diferenças de apresentação clínica. A partir da década de 70, o termo doença de Alzheimer passou a ser empregado de forma indistinta para os casos de demência degenerativa que apresentavam as lesões cerebrais descritas como placas senis e emaranhados neurofibrilares, independentemente da faixa etária de início dos sintomas.

Em 1984, um grupo de pesquisadores propôs critérios diagnósticos para a doença de Alzheimer, que, a partir de então, passaram a nortear as pesquisas e a atividade clínica de atendimento a estes pacientes. Com o aumento substancial da expectativa de vida da população mundial verificado nas últimas décadas, a doença de Alzheimer tornou-se um sério e importante problema de saúde individual e coletiva, em decorrência da significativa incapacidade que acarreta aos pacientes, das influências sobre os familiares e cuidadores, além dos custos diretos e indiretos que ocasiona.

O termo demência e seu significado não são totalmente desconhecidos, porém estamos conscientes de que existem muitas dúvidas no que se refere à fisiopatologia, quadro clínico, evolução, tratamento farmacológico e não farmacológico, especialmente entre a população leiga, ou os cuidadores de pacientes que sofrem de demência. A prática clínica diária nos faz perceber diferentes necessidades entre aqueles que nos procuram.

Também notamos a enorme sobrecarga objetiva, e principalmente subjetiva que os cuidadores destes indivíduos apresentam, razão pela qual pensamos na elaboração do presente trabalho para o atendimento das necessidades de informações que os cuidadores têm acerca de alterações importantes com as quais terão de lidar em algum ponto ao longo da evolução da doença.

Pretendemos ainda esclarecer as melhores maneiras de cuidar do paciente com demência, entendendo as limitações apresentadas por estes indivíduos para execução das atividades de vida diária (AVD), e as atividades instrumentais de vida diária (AIVD), que gradualmente comprometem a sua independência, levando-o à necessidade de auxílio de outros para atividades elementares. Abordaremos ainda de maneira clara e simples os transtornos não cognitivos, ou alterações de comportamento, que podem surgir na evolução da demência e que são, muitas vezes, responsáveis pela sobrecarga subjetiva do cuidador e consequente institucionalização.

O QUE É DE FATO, O ALZHEIMER?

A Doença de Alzheimer é uma doença do cérebro, degenerativa, isto é, que produz atrofia, progressiva, com início mais freqüente após os 65 anos, que produz a perda das habilidades de pensar, raciocinar, memorizar, que afeta as áreas da linguagem e produz alterações no comportamento.

CAUSAS

As causas da Doença de Alzheimer ainda não estão conhecidas, mas sabe-se que existem relações com certas mudanças nas terminações nervosas e nas células cerebrais que interferem nas funções cognitivas. Alguns estudos apontam como fatores importantes para o desenvolvimento da doença:

• Aspectos neuroquímicos: diminuição de substâncias através das quais se transmite o impulso nervoso entre os neurônios, tais como a acetilcolina e noradrenalina.

• Aspectos ambientais: exposição/intoxicação por alumínio e manganês.

• Aspectos infecciosos: como infecções cerebrais e da medula espinhal.

• Pré-disposição genética em algumas famílias, não necessariamente hereditária.

SINTOMAS

"Eu vivo me esquecendo..."

"Não me lembro onde deixei..."

"Doutor, facilmente esqueço dos números de telefone e de pagar contas."

"Doutor, minha mãe esqueceu meu aniversário...Doutor, meu pai se perdeu..."

São esses os tipos de queixas que se ouvem, às quais geralmente os amigos e familiares reportam como "coisas da idade". Entretanto, se alguma pessoa de suas relações esquecer o caminho de casa ou não se lembra de jeito algum, ou só com muito esforço, de um fato que aconteceu, procure um médico. Pode não ser algo importante, entretanto pode ser também um início da Doença de Alzheimer que não tem cura, mas cujo tratamento precoce atrasa o desenvolvimento da doença, produz alguma melhora na memória, torna mais compreensível as mudanças que vão ocorrer na pessoa

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