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Atuação Do Psicologico ALZHEIMER

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Por:   •  6/11/2013  •  1.321 Palavras (6 Páginas)  •  602 Visualizações

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ATUAÇÃOO DO PSICOLOGO

ALZHEIMER

TRATAMENTO

O tratamento não farmacológico engloba uma variedade de técnicas que devem ser utilizadas consoante a evolução da doença, ou seja, o tratamento não farmacológico será orientado de forma diferente ao longo das várias fases da doença.

Falar de reabilitação na doença de Alzheimer não parece que seja sensato, visto que reabilitação significa regeneração. Ora, a doença de Alzheimer é uma demência degenerativa e por isso impossível de ser reversível. Em todo o caso podemos falar de habilitação, ou seja, preparar o doente e os seus familiares para a doença, no sentido de proporcionar uma melhor qualidade de vida a ambos, modificando comportamentos e padrões de vida desadaptativos ao nível da vida social, profissional e emocional. É também importante trabalhar os aspectos cognitivos do doente, utilizando estratégias distintas em função do estado específico do doente, para que a evolução da doença seja mais lenta e para que o doente aprenda a lidar com as suas dificuldades inerentes a uma deterioração das funções cognitivas. Em primeiro lugar, deve haver uma adaptação do ambiente onde o doente vive, às suas dificuldades. Sinalizações no chão ou nas paredes, desobstrução das passagens, etc.

A terapia deve também ajudar o doente a habilitar a sua memória utilizando métodos específicos, tais como utilização de agendas adaptadas ao doente e outras coisas práticas que o ajudem na sua vida quotidiana.

Outras técnicas de habilitação cognitiva consistem em utilizar exercícios que permitam “desenvolver” a linguagem, a memória, a atenção-concentração, a leitura, a escrita, a orientação e a coordenação motora.

O doente deverá ter apoio psicoterapêutico no sentido de minimizar o sofrimento causado pela síndrome depressiva ou pelas perturbações de ansiedade, típico da fase inicial da doença, em que o doente sente perder o controlo das situações e o medo do futuro. Esta é uma fase em que o doente ainda tem consciência da sua situação e por isso devem ser trabalhados os sentimentos e emoções do doente relacionado com o seu problema. O objetivo terapêutico deve ser o de estimular a auto-estima do doente, de reduzir os sentimentos de ansiedade e depressão, ajudá-lo a ter mais autonomia e a evitar a perda de controlo.

As técnicas cognitivo-comportamentais, como as estratégias de gestão de stress e reestruturação cognitiva, podem ser úteis, na medida em que podem reduzir a ansiedade e o medo face ao futuro. As técnicas de relaxamento também podem ser eficazes para melhorar a qualidade do sono que é freqüentemente alterada na doença de Alzheimer e as perturbações da ansiedade em geral.

Estas técnicas podem e devem também ser aplicadas aos familiares do doente, que também estão a viver momentos de sofrimento, nomeadamente sentimentos depressivos e ansiosos.

A IMPORTÂNCIA DO SUPORTE PSICOSSOCIAL AO CUIDADOR

O convívio com pacientes demenciados requer das famílias uma alteração bastante significativa em sua dinâmica cotidiana, modificando a qualidade de vida dos familiares envolvidos, posto que, quase sempre, os indivíduos acometidos pela doença passam a viver em uma condição de dependência. Nesse sentido, à medida que a demência avança, cresce a demanda por cuidados, função importante desempenhada pelos cuidadores que, normalmente, é um dos filhos, a esposa, outro parente, ou ainda, uma pessoa contratada para exercer a função. Para Grandi (1998, p. 71) “cuidador é a pessoa direta e primeiramente responsável pelos cuidados físicos, psicológicos e sociais do paciente”. Segundo Grandi (1998, p. 71):

O papel de “ser cuidador” não é previsto e ninguém está preparado para o mesmo. Por isso, cada um reage de maneira diferente às obrigações de prestação de cuidados, tendo cada qual suas características particulares. Independente da caracterização do cuidador, a revolta e a não aceitação são pontos negativos de adaptação tanto para o cuidador como para o portador da Doença de Alzheimer.

Diante de tal cenário, surge o questionamento sobre qual a real necessidade do suporte psicológico ao cuidador familiar de portador de Doença de Alzheimer. A extensão e a complexidade de algumas doenças crônicas, progressivas e degenerativas refletem de forma negativa sobre o cuidador, sendo este, digno de atenção especializada dos profissionais e dos serviços de saúde, sobretudo, no tocante à educação em saúde, haja vista que, muitas vezes o cuidador desconhece os procedimentos adequados frente às manifestações da patologia e às exigências de cuidar de um idoso fragilizado. (LUZARDO; GORINI & SILVA, 2006).

O psicólogo poderá ajudar o cuidador a planejar, diagnosticar, coordenar e avaliar as suas necessidades no processo saúde/doença, auxiliando-o, assim, a compreender seus sentimentos e emoções, incentivando-o ao convívio social e a reestruturar seu estilo de vida.

Conforme destaca Guterman (2002), é fundamental preparar o cuidador e habilitá-lo ao exercício dessa função, ajudando-o na missão que lhe cabe, que é a de assistir o idoso prestando-lhe o subsídio necessário, servindo-lhe de suporte para minorar os seus problemas. Também é necessário preparar os demais familiares, pois embora

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