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Maria Da Penha

Artigo: Maria Da Penha. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/9/2014  •  1.001 Palavras (5 Páginas)  •  232 Visualizações

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comente sobre os métodos cientificos associados por eles e sobre a importância das analogias para se entender melhor

A verdade sob a tela

À minha família, às Franciscas da vida real e aos meus amigos. Thaís Silva Leônidas Silva, Leandro Braga, Laiza Rodrigues, Renildo Franco, Luciana Costa e todos os outros parentes e amigos que contribuíram de forma direta ou indireta para que esta obra se tornasse real.

Wesley Lucas

CAPÍTULO I

Francisca.

Papéis. Canetas. Lápis de cores. Giz de cera.

Tudo tinha sentido, tudo era possível para aquela criança que, apesar da imaturidade, via o mundo assim como um cego vê. Imaginário. Feito de misturas de cores, pedaços de papel, riscos de giz. Uma parede psicodélica e infindável, que aos poucos ia se desenhando e se recriando. Francisca era o nome dela. A responsável por quebrar os tabus. Afinal, quem já se viu pobre sonhar? Ela sonhava. Ela sabia de tudo, ou quase.

Franco acordou com uma certeza incerta. Ele sentia isso dentro de si, mas não sabia se o pensamento do mundo era o mesmo que o seu. “A gente só perde a ingenuidade quando deixa de ter medo de amar” – pensou. Será? Não sabia. Era um príncipe apaixonado, sem coroa, princesa ou sucessor. Era apaixonado pela vida e só.

Levantou-se com o despertador soando em seu ouvido. Espreguiçou-se, jogando o corpo magro para todos os lados na cama de casal que, por ironia ou destino, só tinha um componente: ele mesmo. De casal não tinha nada.

Franco, quando criança, sofreu bullying na escola por ser considerado diferente. Segundo ele dizia ninguém nunca se apaixonou por ele. Era o patinho feio no meio dos três irmãos. Era o mais novo da casa. Quando chegou à adolescência percebeu que tinha um talento nada genético. Sabia escrever. Expor tudo que sentia num papel. E, ao chegar a certa fase, sentia dentro de si o desejo de mudar o mundo. Não o espaço físico, mas fazer a diferença na vida de cada pessoa que passasse por ele.

Aos 18 anos entrou na faculdade de letras, onde se descobriu. Ensinar era tudo o que ele queria. Passar para as pessoas tudo que foi passado para ele. Desde os ensinamentos de casa aos conselhos dos professores. Escolheu Língua Portuguesa. Era a disciplina que ele dominava e que estaria lado a lado com uma de suas maiores paixões: a leitura.

Franco levantou-se, tomou um banho de água fria para expulsar a preguiça que o dominava. Tomou um gole de café e foi comendo uma maçã até a segunda sala do primeiro andar do Colégio Marista São José.

Aquela era a sala dos seus sonhos. Crianças que aparentavam um desejo crescente de vencer na vida. Entre elas destacava-se Francisca, a mais linda da turma, segundo ele. Por fora e por dentro. Era branca como algodão; os seus cabelos pareciam um pássaro negro alçando voo. E tinha um perfume impossível de esquecer. Folhas e cacau, uma mescla estonteante para uma criança de onze anos. O professor do 6° ano conheceu Maria, mãe de Francisca, em uma reunião realizada pela diretoria da escola, para entrega de notas. Franco buscou em todos os lugares as mães dos alunos, e não tinha como aquela não ser a mãe de Francisca. Eram idênticas! Cumprimentou-a e não poupou elogios para falar da filha dela. A mãe não se conteve em lágrimas e despediu-se dizendo “A vida me ensinou assim”.

– Bom dia, turma!

– Bom dia, Sr. Franco – respondeu a turma em uníssono.

– Fizeram a leitura proposta?

– Claro, professor. – disse Júlia.

– E você, Francisca?

– Sim, professor.

– Sim, professor. – Bia imitou a voz de Francisca. – Por que o senhor nunca faz perguntas a mim, Sr. Franco?

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