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Maria Montesori

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Por:   •  27/8/2014  •  1.223 Palavras (5 Páginas)  •  292 Visualizações

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Orgnização montessori do Brasil - OMB

Maria Montesori

Filosofia

A Filosofia Montessoriana deve ser reconhecida por ser um começo, a busca de respostas para a educação e a vida da criança. Partindo de suas experiências e não das nossas, representa a base para a construção da educação do futuro.

Considerando as grandes possibilidades existentes na criança e a sua enorme importância para a humanidade, Montessori passou a examiná-la mais de perto, buscando um modo de contribuir para o seu desenvolvimento. Tinha uma certeza: devia ser criada uma ciência prática para ajudar esta capacidade potencial.

O fruto de suas observações a faz pioneira ao reconhecer e encontrar a expressão concreta que:

1. é agindo que a criança adquire conhecimentos;

2. através de uma ordenação de atividades de dificuldades gradativamente crescentes, a aprendizagem se estabelece com maiores possibilidades de sucesso;

3. a auto-confirmação imediata dos resultados do trabalho é garantia de uma aprendizagem eficiente;

4. intervenções indevidas dos adultos comprometem a aprendizagem;

5. cada aprendiz tem um ritmo próprio que deve ser rigorosamente respeitado;

6. certos comportamentos - particularmente o de observação - tornam aprendizagens posteriores, possíveis ou mais fáceis de serem adquiridas;

7. certas aprendizagens podem ocorrer muito mais cedo que o habitualmente previsto.

Para garantir a prática de seus pressupostos, Montessori pensa numa escola nova:

- oferece aos seus aprendizes um "ambiente preparado" com materiais de desenvolvimento de características bem definidas, permitindo à criança chegar gradualmente e de acordo com seu ritmo, à conquista de novos conhecimentos.

- com educadores e educandos desempenhando simultaneamente o papel de observadores e participantes, num contexto de relações interpessoais baseadas no respeito mútuo e confiança - com atenção especial à educação social, dando orientações para a inclusão de crianças de diferentes idades numa mesma classe. Uma comunidade que se forma no exercício do equilíbrio entre a liberdade individual e a necessidade do grupo.

Desta forma, Montessori assegura que crianças e jovens, em todos os níveis de desenvolvimento, preparem-se para participar da sociedade na qual, mais tarde, terão que encontrar seus lugares como adultos responsáveis, generosos, competentes, críticos e independentes.

Esta é a maior tarefa da Escola...

Constituir-se numa verdadeira ajuda à vida

Maria Montessori

Maria Montessori nasceu em 31 de agosto de 1870 na pequena cidade de Chiaravalle, no leste da Itália. Filha única de Alessandro Montessori e Renilde Stoppani, Montessori era neta do famoso geólogo e naturalista, Antônio Stoppani.

Ao completar 12 anos, sua família, de modesta condição econômica, muda-se para Roma, visando oferecer à filha as oportunidades de uma educação mais completa, quando fosse o tempo de iniciar seus estudos.

Aluna de uma escola elementar pública, Montessori não foi o que podemos chamar de aluna brilhante, mas a vivência na capital, rica de idéias novas e particularmente fascinante - fomentada pela Reunificação da Itália e pela afirmação e desenvolvimento de novas instituições democráticas - fez com que Montessori adquirisse alguns aspectos que viriam a se juntar ao seu caráter forte, e que a marcaria para sempre.

Seu grande senso de dever, sua natureza assertiva, suas fortes convicções e a forma vigorosa de expressá-las rendeu-lhe ao longo da vida, muitos seguidores e... muitos opositores.

Maria Montessori construiu sua história pessoal, intelectual e científica dedicando-se por mais de meio século ao estudo e à pesquisa do mais fundamental e difícil problema do homem - a sua formação; porque considerava que só através dela seria possível agir diante de questões decisivas da vida - sua conservação e seu desenvolvimento.

Até sua morte em 6 de maio de 1952, então com 81 anos, viveu de maneira concreta e apaixonada a história de seu próprio tempo, imersa na sua luta e na sua conquista, concebendo e experimentando novas alternativas, contestando as tradições e os dogmas, lançando-se com coragem às novas necessidades e às novas perspectivas da Educação, da Criança e da Humanidade.

Maria Montessori: médica italiana fascinada pela educação

por Dra. Fatima Oliveira

Ela criou o método para crianças com necessidades especiais

Das aulas de pedagogia do curso normal, antigo curso de formação de professor(a) primário(a),uma figura inesquecível é Maria Montessori (1870-1952), a primeira

italiana a se diplomar em medicina (Universidade de Roma, 1896), correndo na

raia da transgressão do status quo: por ser mulher, precisouobter autorização do

papa Leão XII para cursar medicina, profissão que o diretor da faculdade e a

família dela não queriam que adotasse; feminista, participou de congressos

feministas em Berlim e em Londres; e foi mãe solteira, do seu único filho,

Mario Montessori, em 1900!

Fez especialização em psiquiatria com foco em "crianças anormais" - quando criou

o método da pedagogia científica, hoje, método Montessori, no ambulatório da

Universidade de Roma, para crianças com necessidades especiais, com resultados surpreendentes. Intuiu que o seu método, cujos princípios são a atividade, a

individualidade e a liberdade, era replicável em crianças sem comprometimentos mentais.

Em 1898, num congresso médico em Turim, declarou que "deficientes e anormais"

necessitavam mais de um bom método pedagógico do que de medicina e que

"as esperanças de qualquer desenvolvimento estavam no professor, não no clínico";

concluiu que era contra a internação de "crianças anormais" e propôs

escolas para elas, conforme métodos inspirados nos médicos e nos educadores

franceses Jean Marc Gaspard Itard (1774-1838), professor de "o garoto selvagem

de Aveyron", e Eduard Ségui (1812-1880). Foi um escândalo nos meios médico

e educacional.

O ministro da Instrução Pública da Itália à época era Guido Baccelli, ex-professor dela,

encantado com suas ideias, convidou-a para ministrar conferências em Roma sobre

"o ensino de anormais", desencadeando um movimento público a favor das ideias montessorianas. Intelectualmente inquieta, Montessori voltou aos bancos

escolares para aprender psicologia experimental e pedagogia nas universidades de

Roma, Nápoles, Milão, Paris e Londres. Em 1904, foi nomeada para a cadeira de

antropologia pedagógica da Universidade de Roma, lugar privilegiado para divulgar

suas ideias e preparar educadores para "crianças anormais".

Em 1906, em Roma, foi procurada por uma construtora de prédios para pobres,

no bairro San Lourenzo, que buscava socorro para um problema social grave:

pais e mães trabalhadores saíam cedo de casa, e as crianças ficavam ao deus-dará

e danificavam os prédios! Buscava algo que não fosse uma escola, mas que "tomasse

conta da criançada"; para tanto, cederiam uma sala em cada bloco, além de pagar o

pessoal necessário para desenvolver um projeto pedagógico de cuidados para crianças

de 3 a 7 anos, sem ônus para a família!

Maria Montessori entendeu que era pegar ou largar! E aceitou o desafio, com base em farto material científico de sua lavra sobre crianças de rua. Assim, criou a primeira

"Casa dei Bambini" (Casa das Crianças), em janeiro de 1907. Em menos de quatro

meses, os resultados eram tão inacreditáveis que, em abril de 1907, foi fundada a segunda, logo depois, a terceira...

Em 1911, o método Montessori foi adotado nas escolas primárias da Itália, mas, em 1931, Mussolini fechou as escolas montessorianas, por recusa de apoio ao regime fascista. Montessori exilou-se na Espanha, ali iniciando uma peregrinação pedagógica pelo mundo até a sua morte, em 1952.

A pedagogia montessoriana é tão inovadora que, na segunda década do século XXI, explodiu a moda dos quartos montessorianos para bebês, que tornam o berço obsoleto e dispensável!

Fatima Oliveira é médica e escritora. É do Conselho Diretor da Comissão de Cidadania e Reprodução e do Conselho da Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe. Indicada ao Prêmio Nobel da paz 2005.

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