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Por:   •  27/10/2014  •  Tese  •  2.431 Palavras (10 Páginas)  •  156 Visualizações

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É possível também explorar o xadrez para ilustrar as principais ideias da geografia e das demais

áreas do conhecimento dependentes do território, como a etnografia, as ciências políticas, a sociologia,

a economia, a administração, bem como qualquer outra área do saber. O conceito de território é

associado à ideia de tabuleiro quando se deseja evocar intrigas, conflitos nas arenas locais, nacionais e

internacionais, frequentemente, tanto na imprensa quanto na academia.

Ainda um pouco mais sobre certa identidade entre tabuleiro e território: fica, então, claro que

é contexto propício à manifestação de necessidades, emoções, mas também de elaboração de

geoestratégias, planos políticos, de exercício moral e de reflexões éticas. Também é expressão histórica

das hierarquias, posições e relações sociais.

Planejar, elaborar estratégias e programar as ações compõem o rol de práticas corriqueiras, rotineiras,

nas várias espécies e tipos de jogos, variando em graus de complexidade, mas sempre presentes nas

relações estabelecidas pelos jogos, por seu caráter lúdico.

Voltando ao nosso assunto, o método e os métodos, interessante é a comparação que Leila Novaes

(2012) faz dos inícios e desfechos das pesquisas com aberturas e finais nos jogos de xadrez, pois, assim

como a preparação e a conclusão da pesquisa, a abertura e o encerramento das partidas exigem muito

mais ordem do que o desenvolvimento ou o “miolo” de ambas. Tal lógica, partindo de Novaes (2012, p.

3-4), explica-se da seguinte maneira:

O que acontece antes do jogo de xadrez envolve aprendizado e domínio

das técnicas e das estratégias de abertura, do mesmo modo que antes

da experiência de pesquisa, em que deve haver aprendizado e domínio

dos preceitos metodológicos em busca de consistência do instrumental

e dos procedimentos; é o momento de maior incidência de regras para a

estruturação do trabalho.

Depois de iniciada a pesquisa, aumentam as chances do inesperado e do

inusitado na pesquisa, havendo espaço para soluções improvisadas, para

intuição e criatividade, atitude que sobressai em alguns momentos às normas,

técnicas e protocolos tão presentes na elaboração e na conclusão dos jogos

e da pesquisa. Depois de meia dúzia de lances conhecidos e padronizados, as

variações são inumeráveis e mesmo que alguns lances possam ser antecipados,

cada lance é, em certa medida, “novo”, imprevisível. Cada pesquisa vai aos

trancos e “tropeços diante de imprevistos”, com certa liberdade.

Desse modo, tudo o que acontece depois de transcorrida a partida, no sentido

de concluir a estratégia que reúne tanto movimentos meticulosamente

planejados da abertura quanto aqueles imprevistos do seu transcurso, bem

como tudo [o] que acontece no encerramento da pesquisa, que é a hora de

organizar, relatar, dissertar sobre os resultados, sistematizando-os de modo

coerente, requer controle das consequências e implicações dos lances, dos

procedimentos e métodos.

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Unidade I

É então que a ambiguidade processo/produto se põe clara. Como

processo, a pesquisa não se sujeita a regras. Pesquisadores agem adotando

procedimentos muito variados e com muitas variáveis, segundo as

inspirações e as necessidades de momento. Como produto, é razoável

desejar que a pesquisa se apresente com vestes adequadas – justamente

para simplificar as buscas iniciais e para assegurar, no final, facilidade de

acesso aos resultados alcançados (NOVAES, 2012, p. 3).

2.3 O planejamento na situação 3, as viagens de Amir Klink

Os feitos dos viajantes são como uma espécie de cozimento e fervura de conhecimento, pois sempre

que um relato daquele que retorna de suas andanças acontece, tem lugar o novo. É momento vivido,

mágico, mítico, histórico e em nosso tempo progressivamente mais abstrato. Cenas inesquecíveis da

vida, da literatura e do cinema representam as epopeias individuais e do mundo todo.

Viajar supõe a preparação e a volta, e nada pode ser mais importante para quem viaja do que a

diferença entre esses dois momentos que dão a medida dos acontecimentos, da experiência para o

conhecimento.

Por seu teor dramático, é impossível esquecermos a cena que traz a narrativa, por Ivanhoé, de suas

vivências das cruzadas, a seu pai que o deserdara anos antes.

Saiba mais

Clássico da literatura inglesa de capa e espada, a novela Ivanhoé é

também uma aula de história do Reino Unido e de suas peripécias nas

Cruzadas:

SCOTT, W. Ivanhoé, o cavaleiro do rei. São Paulo: Madras, 2003. [1820].

Ivanhoé, o cavaleiro do rei Ricardo Coração de Leão, é retratado no

romance

...

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