Metodos Cientificos

Unidade: Métodos Científicos

Importância do Método Científico

Olá, pessoal!

Na unidade anterior, introduzimos noções sobre o conhecimento: sua

origem, aquisição e classificação. Também abordamos alguns aspectos da

evolução e organização das ciências e do significado de Metodologia Científica

na produção do conhecimento. Nesta nova unidade vamos nos debruçar

sobre a importância do método científico.

É oportuno lembrar a existência de diversos tipos de conhecimento,

obtidos dos mais diferentes modos desde o surgimento do homem em busca

da compreensão do ambiente em que vivia para garantia de sua sobrevivência

e do seu grupo, enfim, a compreensão da realidade que o cercava. Com esse

sentido, sucessivas elaborações eram concretizadas em cada um dos tipos de

conhecimento.

Entretanto, o conhecimento classificado como científico só viria a ter

proeminência e reconhecimento após os estudos desencadeados por

pensadores da Idade Moderna, que formularam leis gerais a partir da

experimentação de suas hipóteses, por volta dos séculos XVI e XVII

Na verdade, o desejo de obter conhecimento científico desde esse

período, também se origina da necessidade humana - sempre presente - de

entendimento do mundo mediante um modo de trabalhar- um método- que é

reconhecido mundialmente. Método, palavra de origem grega μέθοδος

significa via ou caminho.

A doutora em física, Marta Feijó Barroso, professora da Universidade

Federal do Rio de Janeiro e pesquisadora de reconhecimento internacional,

pode contribuir de maneira muito eficiente para esse entendimento. No

exemplo que segue mostra como desenvolvemos métodos para resolvermos

nossos pequenos problemas diários, pautados em nossas experiências

anteriores:

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Unidade: Métodos Científicos

(...)O disjuntor de nossa casa está desarmando. Precisamos

descobrir por quê. Em nossa investigação, pensamos: uma janela

aberta influi no desarme de um disjuntor? Nossa experiência anterior

indica que isso é bem improvável. Será que seria necessário trocar

todos os fios elétricos de nossa casa? Aí já estão embutidas

hipóteses – conhecimentos prévios nossos: o vento que entra pela

janela não faz o disjuntor desarmar; o disjuntor desarma porque está

passando muita corrente nos fios passa muita corrente. Ou seja,

eletricidade tem a ver com corrente, que tem a ver com fios. Mas só

malucos trocariam todos os fios imediatamente. Separamos o

problema em seus pedaços menores – desligamos todos os

aparelhos elétricos, todas as lâmpadas, todas as tomadas e vamos

religando um a um – e descobrimos que não há nada de errado com

a parte elétrica da nossa sala e da cozinha. Primeiro fato: o problema

está no quarto. Investigamos o que realmente importa nesse

problema menor. Aos poucos, chegamos à conclusão que a tomada

do abajur está em curto. Desligamos a tomada da parede, e

religamos o disjuntor; ele não desarma. Instalamos o abajur na sala, e

o disjuntor volta a desarmar. Trocamos a tomada do abajur, e

observamos que com essa troca o abajur pode ser colocado em

qualquer lugar e, ligado sem que o disjuntor desarme. O defeito

estava na tomada do abajur do quarto(...)

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Nesta situação, percebemos a elaboração de hipóteses formuladas a

partir dos nossos repertórios e, então, fomos tentando investigar onde o

problema se localizaria e fomos experimentando sistematicamente, até concluir

e comprovar que a causa do problema era a tomada do abajur. Recorrendo,

na prática, a um determinado método que nos possibilitou entender a realidade.

No caso da pesquisa sobre a observação um fenômeno inédito, que

seguisse rigorosamente os passos do método experimental, seria permitido a

todos os estudiosos refazerem o percurso metodológico e, ratificar o resultado

obtido, reconhecendo a conclusão.

Essa preocupação em desvendar a verdade pode-se observar desde as

primeiras notícias sobre a existência do homem, que se inquietava diante dos

fenômenos da natureza e das questões relacionadas ao natural fenômeno da

morte. Como as explicações correntes eram deveras insuficientes, o homem

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