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NORMAS: ABNT

Por:   •  14/4/2016  •  Projeto de pesquisa  •  5.462 Palavras (22 Páginas)  •  443 Visualizações

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APRESENTAÇÃO

Caro aluno,

Ao longo de nossa vida acadêmica, são grandes as novidades e os desafios que se colocam diante de nós. As relações entre professores, funcionários e alunos são mediadas por linguagens e regras específicas, diferentes daquelas que aprendemos a decifrar e a empregar em nossa vida escolar e profissional. Esse universo desconhecido desperta, a um só tempo, curiosidade e temor. Afinal, será que conseguiremos dominar todas essas novidades e sobreviver a elas? Esse manual foi elaborado com o intuito de lhe apresentar algumas dessas normas e linguagens e, assim, ajudá-lo a desvendar parte desse universo desconhecido. Esperamos, com as dicas que seguem, oferecer-lhe algumas ferramentas úteis para o trabalho acadêmico.

Não pretendemos fazer com que você domine todo esse instrumental logo de saída, longe disso. Você só aprenderá e compreenderá tudo o que aqui está contido à medida que for empregando cada uma dessas ferramentas. Se, no início, essas normas certamente lhe parecerão entediantes e desprovidas de sentido, com o passar do tempo você aprenderá a decodificá-las e a utilizá-las corretamente, de modo que elas passarão a fazer parte tanto de seu vocabulário quanto de seu repertório de práticas. O objetivo deste material é preparar acadêmico para a vida profissional, despertando lhe o desejo de aprimorar seus conhecimentos, de conhecer, pesquisar e investigar os mais diferentes aspectos da realidade social. Por isso, nossa primeira dica é: não desanime diante dos desafios que surgirão no meio do caminho, não tenha medo de desvendar o novo, saiba enfrentar as dificuldades e pedir ajuda quando necessário! Haverá sempre alguém a seu lado que já passou por essa experiência e que poderá auxiliá-lo a se familiarizar com esse novo código de regras!

Esse material é direcionado ao corpo docente e discente, em especial, ao que diz respeito às recomendações para a edição de trabalhos acadêmicos e graduações, visto ser este um dos requisitos obrigatórios para a obtenção de títulos.

Essas recomendações também se aplicam nos casos de apresentação de trabalhos escolares, notadamente aqueles relativos às avaliações parciais, exigidos pelos professores das disciplinas dos cursos. As recomendações sugeridas para trabalhos acadêmicos não são universais; cada instituição busca uma padronização própria. É evidente que existem parâmetros para esta construção. Este material foi construído com base nas orientações metodológicas presentes na ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), bem como em outras fontes já publicadas.

As afirmações anteriores já mostram um pouco o árduo caminho que é preciso percorrer para elaborar um bom trabalho acadêmico: sim, é preciso ler muitos textos. É imprescindível conhecer autores que trabalham com perspectivas teóricas diferentes, que tratam de contextos históricos distintos, que falam de realidades sócio-culturais diversas. Mas não basta apenas ler: é preciso compreender aquilo que o autor disse, pois nem sempre seus argumentos estão claros ou apresentados de maneira ordenada e explícita ao longo do texto.

Em seguida, é preciso interpretar aquilo que o autor escreveu, confrontando-o com o que outros autores disseram e com o conhecimento acumulado por você mesmo até o momento da leitura. Lembre-se: você não é obrigado a concordar com a visão do autor; é possível (e muito importante) discordar, discutir, questionar. Só assim nosso raciocínio se desenvolve e o conhecimento avança.

Dito tudo isso, passemos a enumerar os diferentes tipos de trabalho acadêmico, e documentos com os quais você terá de se defrontar, tanto na vida acadêmica quando na profissional.

1. Fichamento

É uma ficha de leitura em que apresentamos os aspectos mais importantes do texto lido. Não é um resumo, pois enquanto um resumo obedece a mesma ordem de exposição do autor do texto, um fichamento altera essa ordem, pois o objetivo é recuperar a tese defendida pelo autor. Quando escrevemos, expomos uma idéia (o que, em linguagem técnica, chama-se hipótese) e buscamos demonstrar a validade, a coerência dessa idéia (ou seja, defender uma tese – é isso o que faz, por exemplo, um trabalho de pós-graduação).

Para captar a tese contida em cada texto (pois, como dissemos anteriormente, nem sempre os objetivos do texto e suas idéias principais se encontram explicitadas) é preciso reconstruir argumentos do autor, retomar o encadeamento que ele estabeleceu entre seus argumentos, ainda que algumas vezes seja preciso inverter a ordem (a seqüência) em que esses argumentos aparecem, para que possamos conferir-lhe sentido. A ficha de leitura facilita o estudo e permite verificar a compreensão do texto lido.

Através da separação de seus aspectos formais e idéias principais, o aluno torna-se capaz de reconstruir o raciocínio do autor, recuperando suas etapas mais importantes, o que um simples resumo não permite fazer. De posse de um fichamento, podemos relembrar rapidamente os argumentos utilizados pelo autor para defender sua tese. Além disso, podemos comparar a tese de um autor com a de outro autor, aprender com as semelhanças e com as diferenças. Eis algumas instruções para a elaboração de fichamento:

- Identificar o tema do texto: tema é aquilo sobre o quê se fala. O tema é geralmente muito amplo (por exemplo: a educação na sociedade brasileira). Assim, os autores elegem um objeto de pesquisa no interior desse tema (por exemplo: a educação de nível superior na sociedade brasileira). O objeto constitui, assim, uma especificação do tema.

- Identificar o problema que o autor se propõe a resolver: todo texto parte de uma questão, ainda que ela não se encontre colocada de maneira explícita no início do texto. O problema é a motivação, aquilo que levou o autor a escrever um dado texto (também pode ser chamado de objetivo). O autor pode, por exemplo, indagar: qual é o papel da educação de nível superior na sociedade brasileira?

- Identificar a(s) hipótese(s) com que o autor trabalha: hipótese é a resposta dada ao problema. Podemos supor que, no exemplo acima, o autor formule a hipótese de que o papel da educação de nível superior é formar cidadãos com consciência crítica. Ele poderia, porém, trabalhar com uma outra hipótese, o autor poderia afirmar que o papel da educação de nível superior é formar indivíduos para o mercado de trabalho, ou seja, para reproduzir a sociedade tal como ela é, e não para criticá-la e transformá-la. Como você pode verificar, essa hipótese é

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