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Nações Unidas

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Por:   •  6/11/2013  •  Tese  •  5.849 Palavras (24 Páginas)  •  142 Visualizações

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Introdução

Em um mundo globalizado, onde o importante é o ter, o individualismo predomina e a solidariedade deixou de existir, encontramos crianças e adolescentes dentro de um universo escolar em meio a um cenário contemporâneo onde se observam expressões de violência, competitividade e fragmentação.

O ambiente escolar mais parece um campo de guerra, onde professores são agredidos e muitas vezes ameaçados de morte por alunos ou pais. Alunos que são humilhados por professores ou outros funcionários da Instituição Escolar, a depredação do espaço físico, a falta de respeito pelo outro são alguns dos fatores que afetam de maneira trágica a educação no mundo.

Em uma sociedade em que é passada muita informação, onde o importante é consumir e a preocupação com seu habitat e os valores de cidadão são deixados de lado, faz se necessário uma mudança de cultura, mas para isso é preciso que haja uma conscientização e mobilização entre as pessoas.

É preciso colocar a cultura de paz em ação e o respeito aos direitos humanos no cotidiano de cada ser humano.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU): “Cultura de Paz é um conjunto de valores, atitudes, modos de comportamento e de vida que rejeitam a violência, e que apostam no diálogo e na negociação para prevenir e solucionar conflitos, agindo sobre suas causas".

Segundo Federico Mayor, Diretor Geral da UNESCO (1994)

Não pode haver paz sustentável sem desenvolvimento sustentável.

Não pode haver desenvolvimento sem educação ao longo da vida.

Não pode haver desenvolvimento sem democracia, sem uma distribuição mais equitativa dos recursos, sem a eliminação de disparidades que separam os países mais avançados daqueles menos desenvolvidos.

Essa pesquisa tem como objetivo verificar se a escola atualmente está preparada para educar para cidadania ativa e desenvolver parâmetros que contemplem a edificação de ambientes de uma cultura de paz.

Ela se justifica na tese em que vivemos em um mundo que desde as épocas passadas e o presente são marcadas por violência. Muitos já defendem e acreditam na educação para paz, em que se faz necessário investir esforços para implantar a democracia, a solidariedade, o voluntariado, praticar os direitos humanos, valorização da diversidade, cuidados com o meio ambiente, dentre outras diversas ações a favor da paz.

A educação para paz é um processo que deve acontecer não somente nas escolas, mas atuar em nosso cotidiano, no convívio com o outro, nos meios de comunicação, nas instituições, no meio familiar.

Muitos autores defendem essa tese e acreditam que não há educação sem transformação. Que é necessário a partilha o acolhimento, o ensino não deve se preocupar apenas com a transmissão do conhecimento, mas também com a formação de um ser que seja reflexivo, atuante, com valores humanos.

Segundo a UNESCO, Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, “a guerra nasce no espírito do homem, logo é no seu espírito que devem ser erguidas as defesas de paz”. O objetivo da organização é contribuir para a paz e o de promover uma cooperação entre as nações por meio da educação.

Esse trabalho de pesquisa apresenta no primeiro capítulo um breve histórico do tema apresentado e as reflexões dos autores Maria de Montessori (2004) e Marcelo Rezende Guimarães (2004) que defendem em suas obras a possibilidade de um novo trabalho com crianças e adolescentes para os tornarem cidadãos conscientes, críticos e atuantes.

Marcelo Rezende Guimarães, doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, coordenador da ONG Educadores para a paz e coordenador do Núcleo de Estudos de Paz da PUCCRS, é autor do livro “Um novo mundo é possível” (2004), além de ter escrito diversos artigos sobre a temática de educação para a paz. É monge beneditino do Mosteiro da Anunciação do Senhor, Goiás.

O segundo capítulo apresenta a tese do autor que em sua obra aborda a complexidade dos cinco temas centrais sempre em dez passos: educar para a paz, praticar a tolerância, promover o diálogo inter-religioso, ser solidário e promover os direitos humanos.

Ele procura mostrar dez boas razões para se educar para paz. Apresenta que depois da 1ª guerra mundial, educadores como Maria Montessori (1870 – 1952) e Jean Piaget (1896 – 1980) já questionavam uma contribuição da educação para uma formação de paz. Vários Congressos foram realizados com a proposta de criar, por meio do conhecimento de diversas culturas, do contato e interação com várias nacionalidades, um espírito mais aberto e menos extremista.

Maria Montessori (1870 - 1952), psiquiatra e educadora, uma visionária em muitos aspectos, foi primeira mulher a obter o diploma de Medicina em seu país. Observadora e pesquisadora da criança e do jovem, aprofundou seus estudos pedagógicos e estruturou o Sistema Montessori de Educação, colocando uma prática pedagógica baseada em seus estudos e em pesquisadores da Pedagogia e da Psicologia.

Participou de muitos congressos, em que defendia uma educação para um mundo melhor, exaltando sempre a busca da paz por meio da educação.

Em sua obra Educação e a Paz (2004), publicada pela primeira vez em 1949, ela falava sobre em redefinir o conceito de paz. Para a autora a paz é uma ciência,

uma arte e uma cultura e se aprende, sua construção se dá pela harmonia entre a criança e o adulto. É o que essa pesquisa traz no segundo capítulo.

E por fim no terceiro capítulo, esse trabalho de pesquisa, apresenta a Educação para paz na atualidade. Autores como Gadotti, Fábio Brotto, Xesús Jares trazem a reflexão de que um tema falado no século passado é ainda tão atual, pois o homem não aprendeu o conceito de paz. Faz - se necessário um trabalho com cooperação, em que o indivíduo se doa, compartilha com o outro deixando de ser individualista.

Segundo os autores para que seja possível dar aos jovens e às gerações futuras uma educação, cuja formação seja nesses critérios, é necessária a participação de todos, professores, escola e família.

Partindo da hipótese de que a Cultura de Paz, inserida nas escolas, pode contribuir efetivamente na promoção de incutir no ser humano valores de cooperação, partilha com o outro, práticas de tolerância, o diálogo e respeito aos direitos humanos, que resolveu se realizar uma pesquisa de campo em uma escola da rede pública Estadual, com o objetivo

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