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O NOJO DO CORPO

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Por:   •  7/4/2014  •  832 Palavras (4 Páginas)  •  791 Visualizações

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Cada pessoa tem um conceito, teoria, uma forma diferente de ver explorar e compreender o corpo humano.

Não é nova a ideia da relação entre o corpo e a sociedade. Para a consciência moderna a fisiologia é cada vez mais fisiológica e a anatomia cada vez mais anatômica.

O corpo é a representação da sociedade e como acabamos de ver, não ha processo exclusivamente biológico no comportamento humano, se a consciência da sociedade esconde a explicitação desses aspectos é porque ela não é o lugar onde estes podem ser encontrados.

O corpo é um complexo simbólico que transmite sua mensagem assim como o nojo, mesmo que quem irá receber não esteja preparado ou conscientes dela.

Sobre as coisas nojentas é necessário perguntar quando ,como e por que elas são consideradas nojentas e do mesmo modo por que deixam de ser nojentas. Como exemplo, uma mulher pode achar nojento o catarro que escorre do nariz de sua cozinheira, mas se isso fosse no seu filho adoentado ela iria ver isso de outra forma.

Muitas das vezes a sociedade quer pensar de uma forma generalizada, mas esquece que cada indivíduo tem o direito, e pensa de formas diferenciadas. Isso nos mostra que existem muitas formas de como as pessoas veem o nojo, então até mesmo de forma desconhecida por ele mesmo.

O ser humano possui ritos e devemos compreendê-lo. É preciso ver então nas práticas rituais os seus componentes e as mensagens que portam sobre a vida social. Não se deve compreender apenas por sua ação interna mas é preciso mandar seu significado exterior de que faz parte dele. Enfim, o comportamento ritual não pode ser entendido como um simples meio de conseguir algo, é preciso também considerar sua eficácia simbólica.

As coisas nojentas são perigosas para transgressão dos limites levando a desorganização, portanto as razões sociais dos ritos higiênicos não podem ser encontradas neles mesmos, mas no comportamento social que expressam. Vomitar por exemplo não é mais simples perturbação do aparelho digestivo mas pode significara oposição entre a natureza e cultura, interior e exterior ,aceitação e recusa. Suar não é mais resultado do trabalho das glândulas sudoríparas, mas a representação da oposição entre o trabalho e o repouso. São portanto essas práticas e ritos que traduzem para a linguagem todo o comportamento social.

As partes e os produtos do corpo que se consideram “nojentos” mostram que são relações feitas pelo pensamento. As codificações do corpo e as manifestações afetivas que acompanham as reações de nojo, respondem a intolerância do homem à ausência de sentido do mundo em que ele vive. O terreno do nojo é o da confusão de domínios. Falar sobre feridas a mesa, ingerir alimentos no banheiro ao defecar, mostra que o nojo está na consciência, e é ela quem o rotula.

Para haver nojo é preciso haver perigo de impurificação. O sujo é manifestação do desorganizado e do incontrolado.

No livro cada pessoa descreve o que ela vê, sente e entende pela palavra “nojo”. Isso mostra que é um ato psicológico e físico ao mesmo tempo.

A boca é uma espécie de ponto de equilíbrio, pois nos exemplos dados pelas pessoas elas dizem não ter nojo de algo, mas mudam rapidamente de opinião de diante da sugestão de levar o objeto à boca. A recusa não se limita

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