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O Plano Real

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Por:   •  25/11/2013  •  2.965 Palavras (12 Páginas)  •  744 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO

O PLANO REAL

Trabalho para avaliação da AV2-I apresentado

à disciplina de Economia, da Universidade do

Grande Rio- Campus: Nova Iguaçu.

Nova Iguaçu

2012

SUMÁRIO

1. Introdução 1

2. Plano Collor 2

2.1. Plano Collor I 3

2.2. Plano Collor II 4

3. A queda de Collor 5

4. Fernando Henrique Cardoso 6

5. O Plano Real 8

6. Conclusão 10

7. Referências bibliográficas 12

1. Introdução

O programa brasileiro de estabilização econômica é considerado o mais bem-sucedido de todos os planos lançados nos últimos anos para combater casos de inflação crônica. Combinaram-se condições políticas, históricas e econômicas para permitir que o Governo brasileiro lançasse, ainda no final de 1993, as bases de um programa de longo prazo. Organizado em etapas, O plano Real resultou no fim de quase três décadas de inflação elevada e na substituição da antiga moeda O Plano Real não incluiu congelamento de preços e apresentou resultados mais satisfatórios, em relação a planos anteriores, no que diz respeito ao controle da inflação.

2. PLANO COLLOR

A frustração dos objetivos antiinflacionários do Plano Collor, de março de 1990, é um tema esquecido no debate econômico brasileiro. Quando Collor assumiu, em março de 1990, a inflação brasileira estava perto de 2.000% ao ano. O novo governo anunciou então um pacote de medidas para atacar o problema em três frentes: reduzir a quantidade de dinheiro em circulação, controlar o déficit público e desindexar a economia. A medida mais controversa foi o “confisco” da poupança, que determinou que as quantias superiores a 50 mil cruzados novos depositadas em contas de poupança fossem bloqueadas e remetidas ao Banco Central. O bloqueio da liquidez da maior parte dos haveres financeiros derrubou de imediato a inflação elevada e em aceleração, da faixa de 70% mensais na média de janeiro e fevereiro, para a faixa de 10% ao mês nos meses seguintes, mas em dezembro os preços cresciam a 20% ao mês. Duraram seis meses a tentativa de estabilização com bloqueio da liquidez. Estava derrotada em setembro, quando a política monetária e a política cambial voltaram aos padrões característicos dos anos de alta inflação.

Prevaleceu na época a interpretação de que o plano falhara devido à liberação descontrolada de valores retidos, provocada por pressões sobre o governo e por erros de gerenciamento do programa. Decorre daí a tese de que o bloqueio da liquidez poderia ter dado bons resultados se tivesse sido aplicado com maior rigor e coerência. Manter a retenção dos haveres financeiros naquela escala era impossível, pois implicaria a paralisação do sistema de pagamentos e uma grave crise bancária.

Houve dois períodos distintos nesta trajetória:

O primeiro, do bloqueio até meados de maio, foi marcado pela rápida monetização, pela volta da inflação para o nível de 10% ao mês e pela passagem do medo de uma recessão catastrófica para o medo de descontrole da oferta de moeda e da inflação.

O segundo período começou no final de maio, quando se anunciou uma nova política, dita ortodoxa, com ênfase no controle da oferta de moeda e na supressão dos instrumentos típicos da convivência com a moeda indexada e com a inflação alta. O abandono desta política em setembro marcou a derrota do Plano Collor e deu lugar à fase de acomodação que se estendeu até o chamado Plano Collor II, no final de janeiro de 1991.

Os planos Collor I e II direcionaram a política econômica durante os dois anos de governo do ex-presidente Fernando Collor.

2.1. PLANO COLLOR I

A inflação de 1989 a março de 1990 chegou a 4.853%, e no governo anterior tiveram vários planos fracassados de conter a inflação. Depois de sua posse, Collor anuncia um pacote econômico no dia 15 de março de 1990, o Plano Brasil Novo. Esse plano tinha como objetivo por fim a crise, ajustar a economia e elevar o país do terceiro para o primeiro mundo. O Cruzado Novo é substituído pelo "Cruzeiro". O governo bloqueou por 18 meses os saldos das contas correntes, cadernetas de poupança e demais investimentos superiores a Cr$ 50.000,00. Os preços foram tabelados e depois liberados gradualmente. Os salários foram pré-fixados e depois negociados entre patrões e empregados.

Os impostos e tarifas aumentaram e foram criados outros tributos, são suspensos os incentivos fiscais não garantidos pela Constituição. É anunciado corte nos gastos públicos, também se reduz a máquina do Estado com a demissão de funcionários e privatização de empresas estatais. O plano também prevê a abertura do mercado interno, com a redução gradativa das alíquotas de importação.

O Plano Collor I proporcionou enormes desajustes às cadernetas de poupança. Em maio de 1990, data em que se completou o período aquisitivo dos rendimentos sobre os valores depositados em abril de 1990, os bancos não promoveram o crédito referente à correção monetária, no percentual de 44,80%.

2.2. PLANO COLLOR II

A inflação entra em cena novamente com um índice mensal de 19,39% em dezembro de 1990 e o governo se vê obrigado a tomar algumas medidas. Em 31 de janeiro de 1991 é decretado o Plano Collor II. Tinha como objetivo controlar a ciranda financeira, extingue as operações de overnight e cria o Fundo de Aplicações Financeiras (FAF) onde centraliza todas as operações de curto prazo, acaba com o Bônus do Tesouro Nacional fiscal (BTNf), o qual era usado pelo mercado para indexar preços, passa a utilizar a Taxa Referencial Diária (TRD) com juros prefixados

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