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O Que é Trabalho

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Por:   •  1/9/2013  •  3.552 Palavras (15 Páginas)  •  262 Visualizações

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O QUE A PALAVRA TRABALHO SIGNIFICA

Será mais fácil envolver nessa reflexão aqueles que têm a experiência concreta do trabalho, os que ainda não tiveram não serão esquecidos. Na linguagem cotidiana a palavra trabalho tem muitos significados. Embora pareça compreensível, como uma das formas da ação dos homens, seu conteúdo oscila. É o homem em ação para sobreviver, criando todo um novo universo cujas vinculações com a natureza, embora inegáveis, se tornam opacas.

Em quase todas as línguas de cultura européia, trabalhar tem mais de uma significação. No inglês, salta aos olhos a distinção entre labour e work. Work contém a ativa criação da obra, enquanto labour se acentuam os conteúdos de esforço e cansaço. Em português, apesar e haver labor e trabalho, é possível achar na mesma palavra trabalho ambas as significações. No dicionário aparece em primeiro lugar o significado de aplicação das forças e faculdades humanas para um determinado fim, mas ele possui outros significados mas particulares, como o de esforço aplicado a produção de utilidades, ou obras de artes, mesmo dissertação ou discurso. Pois junto todas essas significações ativas, no plural, quer dizer preocupações, desgostos e aflições. Isso se compreende melhor ao descobrir que em nossa língua a palavra trabalho se origina do latim tripalium( instrumento de tortura) conotando algo como padecimento e cativeiro. Deste conteúdo semântico de sofrer, passou-se ao de esforça-se, laborar e obrar. O primeiro sentido teria perdurado até inícios do século XV.

No dicionário filosófico você poderá encontrar que o homem trabalha quando põem em atividade suas forças espirituais ou corporais, tendo em mira um fim sério que deve ser realizado ou alcançado. Sendo o utilizado nesse conceito tanto o trabalho intelectual como corporal. O trabalho do homem aparece cada vez mais nítida quanto mais clara for a intenção e a direção do seu esforço. O trabalho é o seu esforço e também seu resultado. Para muitos, o que distingue o trabalho humano dos outros animais, é que neste há consciência e intencionalidade, enquanto os animais trabalham por instinto. Também o que distingue é que no trabalho humano há liberdade, e muitas maneiras de fazê-lo, não é programa pelo instinto como nos animais. A natureza e invenção se entrelaçam no trabalho humano em diversos níveis, da ação mais mecânica e natural à mais controlada e consciente.

Na nossa linguagem diária, não faz muitas distinções, nem sempre diferenciamos o trabalho como atividade especificamente humana. Já na cientifica existem várias diferenças, sendo às vezes distanciado daqueles significados fundamentais do termo. A significação do que hoje é dada ao trabalho se refere à passagem moderna da cultura agrária para a industrial. Para se entender melhor o que é o trabalho, é preciso passar pela experiência que lhe corresponde.

O QUE O TRABALHO TEM SIDO

O trabalho no primeiro estágio da economia isolada e extrativa é um esforço apenas complementar ao trabalho da natureza: o homem colhe fruto produzido pela natureza. O trabalho apresenta uma forma primitiva de complementaridade quase secundária ante a ação da natureza, e também a economia apresenta uma simplicidade da qual esquecemos em nossas redes de produção modernas. Como estágios consecutivos ao das economias isoladas, temos o tempo em que os homens inventaram ou descobriram a agricultura, se dividindo em as mulheres plantando, os homens caçando, embora várias pesquisas antropológicas mostrem que tal divisão não ocorre em todas as culturas. Desenvolvendo a agricultura, a ação do homem já perturba o equilíbrio da natureza. Descobrindo num plantio uma nova fonte de alimentação, os homens se multiplicam, levando a conquistar novas áreas de floresta para cultivo, sendo destruída e transformada em mato rasteiro ou terra de pastagens.

Junto com o trabalho do plantio surge ao mesmo tempo a noção de propriedade e produto excedente, ou seja, produto não imediatamente consumindo. As trocas desses produtos gerados pela exploração da terra podem gerar novos excedentes, consequentemente as relações de desigualdade se instalam. Com a evolução da propriedade, ela se separa do trabalho, a ponto de ocorrer a desapropriação total de quem trabalha pelo suposto direito de propriedade do ocioso. Conforme tempo e lugar, as terras podem ser trabalhadas por escravos, servos ou camponeses, e o excedente pode ser recebido por fidalgos independentes ou por funcionários de uma monarquia ou de uma potência imperialista. Do trabalho, gera a riqueza que vai incentivar o desenvolvimento do artesanato, e ao mesmo tempo com a troca em espécies passa-se ao comércio mediado pela moeda. O comercio e as manufaturas proporcionam uma fonte de riqueza que não depende mais da terra, embora dependa indiretamente do gasto excedente agrícola. E assim que em vários centros dos países se desenvolveram a burguesia, e se estabeleceu uma hierarquia baseada no dinheiro e um mercado onde os produtos podem ser vendidos por dinheiro. Com o surgimento na historia medieval, ainda hoje é a classe dominadora e que determina as formas de que como se realiza o trabalho. Com essa acumulação de riquezas, propicia novas condições para o cultivo das artes como das ciências. O desempenho histórico da classe burguesa em seu momento criativo teria sido, pois, a idéia de aplicar à produção os conhecimentos sobre a natureza e os fenômenos físicos. Os lucros ainda vêm recolhidos até hoje. Depois de alguns séculos, com aplicação da ciência a produção, a expansão capitalista gerou o que se chama de Revolução Industrial, com a invenção das maquina a vapor, o uso da eletricidade, e a evolução tecnológica. Apesar das imensas possibilidades de progresso de conhecimento, acabam se frustrando em uma tecnologia destrutiva da natureza e distanciada da felicidade dos homens. A tecnologia foi muito aplicada na industria da guerra. A própria condição humana estaria assim se transformando pelos processos desencadeados pelo trabalho.

Com automação da produção, muitas fábricas podem ficam vazias. A ociosidade que tem sido privilégio de uma minoria, em futuro próximo poderia se estender a grandes massas. O individuo moderno encontra dificuldade em dar sentido à sua vida se não for pelo trabalho. A sociedade que está por libertar-se dos grilhões do trabalho é uma sociedade de trabalhadores, que desconhece outras atividades em beneficio das quais valeria a pena conquistar a liberdade, isso não parece uma libertação, mas sim parece como uma ameaça inquietante.

O QUE O TRABALHO ESTÁ SENDO.

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