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O que significa ser alfabetizado?

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Por:   •  26/11/2013  •  Tese  •  2.246 Palavras (9 Páginas)  •  223 Visualizações

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O QUE SIGNIFICA ESTAR ALFABETIZADO?

Estar alfabetizado é nos dias de hoje não apenas saber ler e escrever, ou seja, decifrar códigos. Significa conferir significado e sentido às funções sociais atreladas à escrita. Quando falamos que uma criança está inteiramente alfabetizada, queremos dizer com isso que ela é hábil a compreender diversos tipos de grafia, que ela tem um repertório amplo e habilidades para relacionar-se em um meio social determinado.

A aquisição da escrita não requer o desenvolvimento do entendimento, mas, facilita o uso da multiplicidade da escrita. Durante alguns anos, acreditou-se que a criança deveria conhecer as letras, saber juntá-las, relacioná-las sonoramente etc. Só depois poderia começar com a linguagem escrita.

A prática de ensino e aprendizagem da escrita amplia a capacidade de produzir e interpretar textos orais e escritos, facilitando a resolução de problemas do cotidiano, e contribui para o exercício pleno da cidadania. Para trabalhar a língua escrita na escola deve-se ter a preocupação de manter um estreito vínculo entre as funções comunicativas e sociais, aspectos discursivos e finalidade.

Ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever, é insuficiente para atender adequadamente à demanda atual. Saber ler e escrever de forma mecânica não garante a uma criança a influência mútua com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade. É necessário não apenas decodificar sons e letras, mas ser capaz de entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos.

Letramento e Alfabetização vão muito além de decifrar códigos, a alfabetização não precede o letramento, os dois processos são simultâneos.

Ler e escrever tem como função comunicar algo. Por isso é necessário que se verifique o entendimento do texto, não apenas avaliar a habilidade de leitura, se o que for lido não fizer sentido e sequer comunicar algo ao leitor.

Uma criança em fase inicial escolar muitas vezes lê pequenas histórias, mas não compreende o que se passa nela, isso significa que ela apenas decodifica o texto. Mas quando esta habilidade estiver desenvolvida, aí sim ela começará a dar um sentido maior ao que lê. Porém ainda não podemos dizer que essa criança esteja alfabetizada.

E quando uma criança apenas escreve o que ouve não significa que ela esteja hábil para produzir um texto legível e compreensível.

Estar letrado significa atribuir significado e sentido as funções sociais vinculadas à escrita. Mais importante que aprender a conhecer e juntar letras, é perceber o uso que se faz delas e refletí-las.

Analisamos que uma criança e desde muito cedo é

“construtora” de hipóteses. Uma vez que tudo para ela é novo, ela vai conhecendo, supondo, crescendo e construindo. Essas construções são aquisições de conhecimento. Conhecimentos estes que vão sendo adquiridos das mais variadas formas e situações e não apenas nos bancos escolares como se supunha.

Através de alguns teóricos, entre eles Faraco, começamos a perceber que características como a importância da cultura original de cada um, sua vivência e individualidade, quando levados em consideração, são na verdade fundamentais para o processo de letramento e que a leitura e a escrita tornam-se assim instrumentos para esse processo.

Avaliamos que a escola tem sua importância, assim como os códigos e é imprescindível que a escola sofra uma transformação em sua essência. Que a escola seja um local de trocas de saberes, de mesclas de culturas e principalmente de valorização de individualidades. E que o educador se perceba como o condutor desse processo e que ele também estará se “ampliando”.

Respeitar desde cedo o potencial da criança, possibilita permitir assim que ela se veja letrada, pois assim, conseqüentemente as outras a verão. Que ela se veja efetivamente agente de transformação do mundo.

Através de pesquisas, selecionamos alguns exemplos de textos que poderiam ser trabalhados com crianças de diferentes faixas etárias. Segue no quadro abaixo:

Gêneros textuais

Nome do Texto – autor Tipologia - gênero Faixa etária

“As Borboletas” – Vinícius de Moraes.Poema O3 a 07 anos

Brigadeiro – diversos autores Receita 04 a 07 anos

Bula de remédio - dipirona sódica - Laboratório Instrucional 07 a 08 anos

Aquarela - Toquinho Música 05 a 08 anos

Cadê - desconhecido Parlenda 03 a 07 anos

Observamos ainda que entre os vários gêneros existentes, os mais trabalhados dentro de uma sala de aula e que se encaixam nesta faixa etária, são os gêneros citados no quadro acima. São trabalhados normalmente esses tipos de gêneros, pois cada um deles faz de certa forma, parte do nosso dia-a-dia.

No poema de Vinicius de Moraes, um grande poeta que foi imprescindível para a literatura e a música de nosso país, podemos trabalhar a leitura oral, a escrita de nossos alunos, cores e trabalhar a estrutura do poema.

Na receita, outro gênero que se pode trabalhar a linguagem oral e a escrita do aluno, a matemática, seqüências e na confecção da receita, a interação entre os mesmos;

Na bula de remédio trabalhamos as instruções de uso do mesmo, quantidades, horários determinados.

Com a riquíssima música Aquarela de Toquinho, um grande compositor brasileiro, é possível trabalhar cores, ilustrações, vivenciar a letra cantando.

Na Parlenda, “Cadê o toucinho que estava aqui?”, onde a maioria de nós já contou para alguém ou ouviu de alguém, além de trazer várias recordações de nossa infância, podemos também trabalhar a oralidade, a sociabilidade, memorização, seqüências, sons, resgatar também um pouco da cultura de nosso povo.

ATIVIDADES QUE ENVOLVEM A COMPETÊNCIA DOS ALUNOS

O professor deve tratar o aluno como um ser único, mesmo quando cada criança aprende em tempos e de maneiras diferentes. Para todos os tipos de hipóteses de escrita existentes em uma sala de aula, o professor deve trabalhar freqüentemente a escrita e a oralidade com as crianças, pois eles aprendem lendo e escrevendo. O professor deve propor atividades envolventes para seus alunos, utilizando recursos interessantes, como uma encenação do livro lido, associar palavras do texto aos objetos, enfim, existem várias maneiras de se

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