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O que é o apagão da força de trabalho e como isso se manifesta?

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Por:   •  17/11/2014  •  Tese  •  679 Palavras (3 Páginas)  •  245 Visualizações

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O que é o apagão da mão-de-obra e como se manifesta?

André Ofenhejm Mascarenhas (Professor dos Cursos de Mestrado e Doutorado em Administração do Centro Universitário da FEI)

Fonte: Portal HSM

Professor da FEI explica duas maneiras que o apagão se manifesta: a indisponibilidade de recursos humanos e qualidade da formação.

O tão falado apagão da mão-de-obra é um efeito colateral do crescimento acelerado da economia brasileira. Este termo evidencia as dificuldades que a sociedade vem enfrentando com a oferta limitada de profissionais, dos mais diversos níveis de capacitação, diante das necessidades dos setores econômicos em transformação.

Trata-se de um fenômeno complexo, que incide de forma diferente nos variados setores, mas que tem uma raiz comum: as deficiências históricas de nosso sistema de educação, dos níveis mais básicos à educação continuada. De maneira geral, haveria duas formas de sua manifestação.

A primeira é a indisponibilidade de recursos humanos para fazer frente aos desafios do crescimento. Diante do dinamismo de setores que crescem a taxas chinesas, não temos dado conta da formação especializada dos recursos humanos necessários, apesar da forte expansão do ensino superior e da pós graduação.

Um exemplo gritante é a formação de engenheiros, insuficiente a um país que está diante de oportunidades inéditas e que precisa dar uma guinada em sua infra-estrutura, o que impõe a algumas empresas estratégias extremas de provisão de pessoas, como a importação de mão-de-obra. Contudo, a indisponibilidade de mão-de-obra não é problema típico de setores mais tecnológicos.

A segunda forma de manifestação do apagão da mão-de-obra diz respeito à qualidade da formação de nossos recursos humanos. Entre os formados e teoricamente capacitados, muitos detêm competências limitadas devido às debilidades históricas da educação no Brasil. A recente universalização do ensino básico não teria sido suficiente para dotar os indivíduos de uma formação de qualidade.

O ensino médio é um gargalo na formação de nossos recursos humanos, e as empresas deparam-se com as limitações e imposições decorrentes desta situação: analfabetismo funcional, pouca autonomia dos profissionais, competências básicas insuficientes, e a consequente necessidade de incrementar o capital humano por meio de sistemas auto-centrados de educação corporativa.

O apagão da mão-de-obra é um fenômeno complexo. Suas causas e manifestações são múltiplas e específicas, impondo desafios grandiosos a governos, empresas, instituições educacionais e sociedade civil em geral.

Contudo, nem todas suas manifestações poderiam ser consideradas disfunções ou resultado da falta de planejamento ou inação dos governos. Sintomas como a falta de mão-de-obra na construção civil e as dificuldades à contratação e retenção de técnicos especialistas em setores tecnológicos seriam consequências das profundas transformações pelas quais passam nossa economia e sociedade e, consequentemente, nosso mercado de trabalho. Transformações estas que trazem em seu bojo desequilíbrios, mas que podem indicar evoluções em direção a uma sociedade mais justa.

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