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OS PROBLEMAS DA EDUCAÇÃO NAS RELAÇÕES ÉTNICAS-RACIAIS

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Por:   •  28/9/2014  •  4.218 Palavras (17 Páginas)  •  368 Visualizações

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INSTITUTO SUPERIOR DE FILOSOFIA BERTHIER

PROJETO DE PESQUISA MONOGRÁFICA

OS PROBLEMAS DA EDUCAÇÃO NAS RELAÇÕES ÉTNICAS-RACIAIS

PASSO FUNDO

2010

SUMÁRIO

1 DEFINIÇÃO DO TEMA......................................................................................03

2 PROBLEMÁTICA..............................................................................................07

3 HIPÓTESE.........................................................................................................09

4 PROGRAMAS DE CONTEÚDOS.....................................................................10

5 OBJETIVOS.......................................................................................................12

6 JUSTIFICATIVA.................................................................................................13

7 CRONOGRAMA DE TRABALHO.....................................................................16

8 ORÇAMENTO....................................................................................................17

9 REFERÊNCIAS.................................................................................................18

1 DEFINIÇÃO DO TEMA

1.1 Enunciado do tema

Os Problemas da educação nas relações étnico-raciais na Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire

1.2 Definição dos termos

Problemas da Educação: ensinar é algo de profundo e dinâmico onde a questão de identidade cultural que atinge a dimensão individual e a classe dos educandos, é essencial ä "prática educativa progressista". Portanto, torna-se imprescindível "solidariedade social e política para se evitar um ensino elitista e autoritário como quem tem o exclusivo do "saber articulado". E de novo, Freire salienta, constantemente, que educar não é a mera transferência de conhecimentos, mas sim conscientização e testemunho de vida, senão não terá eficácia. Na obra “Pedagogia do Oprimido” salienta Freire que educar é como viver, exige a consciência do inacabado porque a "História em que me faço com os outros [...] é um tempo de possibilidades e não de determinismo" (FREIRE, 1983, p. 58). No entanto, tempo de possibilidades condicionadas pela herança do genético, social, cultural e histórico que faz dos homens e das mulheres seres responsáveis, sobretudo quando "a decência pode ser negada e a liberdade ofendida e recusada" (FREIRE, 1983, p. 62). Segundo Freire, "o educador que castra a curiosidade do educando em nome da eficácia da memorização mecânica do ensino dos conteúdos, tolhe a liberdade do educando, a sua capacidade de aventurar-se. Não forma, domestica" (FREIRE, 1983, p. 63). A autonomia, a dignidade e a identidade do educando tem de ser respeitada, caso contrário, o ensino tornar-se-á "inautêntico, palavreado vazio e inoperante" (FREIRE,1983 p.69). E isto só é possível tendo em conta os conhecimentos adquiridos de experiência feitos “pelas crianças e adultos antes de chegarem à escola”. Freire insiste na "especificidade humana" do ensino, enquanto competência profissional e generosidade pessoal, sem autoritarismos e arrogância. Só assim, diz ele, nascerá um clima de respeito mútuo e disciplina saudável entre "a autoridade docente e as liberdades dos alunos, [...] reinventando o ser humano na aprendizagem de sua autonomia" (FREIRE, 1983, p. 105). Conseqüentemente, não se poderá separar "prática de teoria, autoridade de liberdade, ignorância de saber, respeito ao professor de respeito aos alunos, ensinar de aprender" (FREIRE, 1983, p.106-107). A idéia de coerência profissional indica que o ensino exige do docente comprometimento existencial, do qual nasce autêntica solidariedade entre educador e educandos, pois ninguém se pode contentar com uma maneira neutra de estar no mundo. Ensinar, por essência, é uma forma de intervenção no mundo, uma tomada de posição, uma decisão, por vezes, até uma rotura com o passado e o presente.

A Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à pratica educativa é um livro pequeno em tamanho, mas gigante em esperança e otimismo, que condena as mentalidades fatalistas que se conformam com a ideologia imobilizante de que "a realidade é assim mesmo, que podemos fazer?" Para estes basta o treino técnico indispensável `a sobrevivência. Paulo Freire inicia sua análise afirmando que não há docência sem discência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina, aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender. Deve haver respeito pelo conhecimento que o aluno traz a escola, sendo ele um sujeito social e histórico. Em sua obra, afirma o autor que formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas. Define essa postura como ética e defende a idéia de que o educador deve buscar essa ética, a qual chama de ética universal do ser humano, essencial para o trabalho docente. Respeitar a autonomia é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder um ao outro. A ética está intimamente ligada ao preparo cientifico do professor, que deve combater a ética de mercado, que só visa o lucro. O professor deve respeitar a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem. O aluno não deve ser ironizado, nem diminuído perante aos outros, nem deve o professor mandar o aluno que “se ponha no seu lugar”, quando há sinal de rebeldia, nem de se eximir do cumprimento do seu dever de propor limites à liberdade do aluno. Na obra “Educação e Conhecimento em Paulo Freire” de Volmir Brutscher, mostra-se como Freire amplia diálogos

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