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Opinião Sobre Atuação Do MP

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Por:   •  20/8/2013  •  700 Palavras (3 Páginas)  •  363 Visualizações

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Opinião de advogado Dr. Germano Schwarts sobre nazismo fonte: facebook junho 2013

Hoje acordei triste, com uma tristeza profunda. Fui trabalhar, dei aulas e tentei disfarçar, mas termino o dia ainda mais triste. Agora, lendo esse texto genial, do grande Prof. Germano Schwartz encontro algum sentido nessa tristeza. As palavras dizem coisa, diria Lacan. Para quem compreende o que significou o nazismo, nao há como nao se chocar. Nada acrescentar. Apenas ler e refletir.

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ESTAVA PENSANDO NO PROMOTOR DE JUSTIÇA QUE DISSE SER UM ORGULHO SER COMPARADO A UM NAZISTA. Daí escrevi o texto abaixo e mandei-o para a Zero Hora. Como não sei se haverá publicação, posto-o aqui.

A FORÇA DAS PALAVRAS

Antes de tudo. Sou Germano até no nome. Friso para que se saiba o lugar da minha fala. Mais: sou Doederlein e Schwartz. Minha descendência alemã é evidente, muito embora eu me considere absolutamente brasileiro. Nasci aqui. Criei-me e vivo em solo brasileiro. De fato, muito pouco tenho de costumes alemães, exceto, talvez, o pendor pelo rigorismo acadêmico (do qual me orgulho).

De qualquer sorte, como lembra Heidegger, a linguagem é a casa do ser. De alguma forma somos o que dizemos, e, também, tornamo-nos aquilo que escrevemos, falamos, proferimos e lemos. A linguagem (de)limita nosso horizonte de sentido. Não há como sair da cápsula em que nos encontramos (ou da floresta) sem que ampliemos nossas possibilidades de compreensão.

Dito de um outro modo. Há algum tempo eu assisti a um filme denominado “A Força das Palavras“. Recomendo-o. Nele o personagem central toma para si um texto de outrem, baseado em uma experiência pessoal terrível vivida pelo autor fático da obra. Quando, arrependido, o plagiador contata o escritor para lhe devolver a autoria das linhas, recebe a seguinte resposta: “Carregue consigo essas palavras. São muitas as dores nela contidas. Que elas, as dores com as quais foram escritas, lhe acompanhem, pois você é, agora, o dono delas “.

Fortes são as palavras. Seus efeitos transcendem o ato de comunicação em si. Elas desvelam sentidos. Revelam posições. Descortinam sofrimento, preconceitos, e, também, o ápice do ser humano em sua virtude extrema (justiça).

Lembrei disso tudo quando na terça-feira dessa semana assistia ao programa Conversas Cruzadas da TVCOM. O tema versava sobre a situação prisional gaúcha e a prática de prisões domiciliares como alternativa, em alguns casos, para a progressão de regime. Confesso que essa tema não é de meu agrado. Advogo em outra área, diferente da criminal. Mas trata-se de uma chaga social da qual todos estão, de uma maneira ou de outra, envolvidos.

A certa altura o membro do Ministério Público gaúcho, instituição que nos orgulha sobremaneira, diz, literalmente: “para um promotor de justiça, ser chamado de nazista significa estar fazendo bem o seu trabalho”. Claro, havia um contexto. O defensor público o havia acusado como tal porque não concordava com a hipótese de encarceramento total pugnada pelo membro do parquet. O moderador do programa, estupefato, ainda perguntou ao agente do Ministério Público de que maneira seria bom ser comparado a um nazista. A resposta foi a de que ele, o promotor, no desempenho de suas funções, precisa

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