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Os Grandes Conflitos pós Segunda Guerra E A Crise No Oriente Médio

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Por:   •  12/12/2014  •  989 Palavras (4 Páginas)  •  897 Visualizações

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No contexto pós Segunda Guerra Mundial o cenário internacional passou por uma série de mudanças significativas em sua configuração e na política. Após o conflito, os países do Oriente Médio tentaram relegar a religião somente à esfera privada através do nacionalismo árabe, cujo maior líder foi o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser. Tornou-se, politicamente falando, insustentável o sistema de mandatos e, portanto, decidiu-se finalmente conceder independência total aos territórios administrados sob este sistema. No entanto, devido a importância do Oriente Médio, agora como o principal centro de produção de petróleo no mundo, as duas novas superpotências (EUA e URSS) não poderiam dar ao luxo de ignorá-lo. O Oriente Médio ingressa assim na própria Guerra Fria.

A partida das potências europeias do controle direto da região, a criação de Israel, e a crescente importância da indústria do petróleo, marcaram a criação do moderno Oriente Médio. Estes acontecimentos levaram a uma crescente presença dos Estados Unidos nos assuntos do Oriente Médio. Os EUA era o último garantidor da estabilidade da região e, a partir da década de 1950 a força dominante na indústria do petróleo. Quando revoluções publicanas trouxeram regimes radicais antiocidentais ao poder no Egito, em 1954, na Síria, em 1963, no Iraque, em 1968, e na Líbia em 1969, a União Soviética, procurando abrir uma nova arena da Guerra Fria no Oriente Médio, aliou-se com governantes árabes, tais como Gamal Abdel Nasser do Egito e Saddam Hussein do Iraque. Estes regimes ganharam apoio popular através de suas promessas de destruir o Estado de Israel, derrotar os EUA e outros chamados imperialistas ocidentais, e trazer prosperidade para as massas árabes. Quando falharam em cumprir suas promessas, esses regimes se tornaram cada vez mais despóticos.

No entanto, nem sempre as nações da região serão fantoches dóceis nas mãos das superpotências, já que têm em seu poder o petróleo, o que fez adquirirem um enorme poder de negociação. Isto foi particularmente evidente durante o governo do supracitado Abdel Nasser no Egito. Os mais graves problemas enfrentados no Oriente Médio, foi o surgimento do Estado de Israel. Em 1948, expirou o mandato britânico sobre a Palestina e os judeus passaram a assumir o controle do Estado recém-independente. Jerusalém foi dividida em duas áreas, uma sob controle judaico e outro sob controle muçulmano, uma solução que naturalmente não agradou ambas as partes, porque esta cidade é sagrada para ambas as fés. Os muçulmanos preparados para a guerra tentaram varrer Israel do mapa em 1949, mas falharam em sua tentativa o que ficou conhecido como a Guerra árabe-israelense de 1948. Em 1956, Israel consegue aumentar um pouco mais sua posição, ao colocar-se do lado anglo-francês contra o Egito durante a Guerra do Sinai. No entanto, os maiores benefícios foram obtidos em 1967 com a Guerra dos Seis Dias. Graças a isso, Israel adquiriu o controle total de Jerusalém, arrebatando a metade muçulmana da Jordânia (Cisjordânia), e aponderando-se das Colinas de Golã, até então nas mãos da Síria, também conquistou todo o Sinai do Egito, até à margem oriental do Canal de Suez, embora os últimos territórios foram restituídos em 1975.

Na década de 1990, muitos analistas ocidentais (e alguns do Oriente Médio) viram o Oriente Médio não apenas como uma zona de conflito, mas também uma zona de atraso. A rápida disseminação da democracia política e do desenvolvimento das economias de mercado na Europa Oriental, América Latina, Ásia Oriental e partes da África passou o Oriente Médio para trás. Em toda a região, apenas a Israel, Turquia e, em certa medida o Líbano e os territorios palestinos eram democracias. Outros países tinham órgãos legislativos, mas estes tinham pouco poder, e nos estados do Golfo Pérsico a maioria da população não pode votar de qualquer jeito, como eram trabalhadores convidados e não cidadãos. Muitos analistas árabes contra-argumentam que, como resultado direto da política externa do Ocidente, um Israel muito forte, duplos padrões de ocupação e destruição de uma nação que foi muito próspera nadécada

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