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Os Jogos, Os Brinquedos E As Brincadeiras

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Por:   •  1/3/2015  •  4.466 Palavras (18 Páginas)  •  911 Visualizações

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Brincar implica numa proposta criativa e recreativa de caráter físico ou mental, desenvolvida espontaneamente, cuja evolução é definida e o final nem sempre previsto. Quando sujeito a regras estas são simples e flexíveis e o seu maior objetivo a pratica da atividade em si. Jogar é uma forma de comportamento organizado, nem sempre espontâneo, com regras que determinam duração intensidade e final da atividade. É importante lembrar que o jogo tem sempre como resultado a vitoria, o empate ou a derrota.

O jogo, o brinquedo e a brincadeira possuem um determinado sentido. São elementos que desenvolvem a coordenação motora, o raciocínio, as relações sociais, o envolvimento, bem como fortalecem laços coletivos. As crianças ao jogar ou brincar atribuem as suas brincadeiras sentidos ligados à realidade. Sendo assim, o jogo representa um fator relevante no desenvolvimento do ser humano.

O objetivo do presente trabalho é apresentar uma revisão bibliográfica apontando as definições de alguns autores sobre jogos, brinquedos e brincadeiras e discutir suas implicações no processo de aprendizagem das crianças, tendo como princípio norteador que a ludicidade é fator indispensável no desenvolvimento humano e deve estar agregada às atividades no campo educacional.

Todo o embasamento teórico sobre o jogo, o brinquedo e brincadeira, enfim sobre a ludicidade para este artigo vem de autores e livros brasileiros, pois tomamos como base que estes autores estão mais próximos da nossa realidade e assim contextualizados com nossas praticas lúdicas.

As brincadeiras e os jogos envolvem e mobilizam o ser humano e o faz realizar atividades com maior espontaneidade, imaginação, criatividade, percepção, emoção, tornando-as significativas.

Vários autores apontam diferenças entre o jogo, o brinquedo e a brincadeira, tendo cada um deles uma definição específica. Conforme Bertoldo (2000, p. 10):

Jogo: ação de jogar, folguedo, brinco, divertimento. Seguem-se alguns exemplos: jogo de azar, jogo de empurra.

Brinquedo: objeto destinado a divertir uma criança.

Brincadeira: ação de brincar, divertimento, gracejo, zombaria, festinha entre os amigos e parentes. A ambiguidade entre os termos se consolida com o uso que as pessoas fazem deles.

O jogo, o brinquedo e a brincadeira podem ser considerados como ferramentas para ler o mundo infantil, pois é através deles que a criança constrói seu mundo e, muitas vezes, expressa situações familiares, educacionais ou ainda situações temidas como fantasmas, monstros que acabam criando no imaginário.

Para Miranda (2001, p. 30):

O jogo pressupõe uma regra, o brinquedo é um objeto manipulável e a brincadeira, nada mais que o ato de brincar com o brinquedo ou mesmo com o jogo... [...]. Percebe-se, pois que o jogo, brinquedo e a brincadeira têm conceitos distintos, todavia estão imbricados ao passo que o lúdico abarca todos eles.

Com base nessas palavras fica claro que existem diferenças entre os jogos, os brinquedos e as brincadeiras, mas que os três proporcionam divertimento e prazer às crianças.

De acordo com Pereira (2001, p. 90):

Para existir o brincar precisa haver quem brinca um objeto, um tempo, um espaço e um conjunto de mecanismos que regulam uma determinada ação [...]. Brincando, busca-se alguma coisa em si mesma e na relação com o outro dando-se um sentido e uma intencionalidade aquilo que se faz.

Através da ação lúdica a criança tem diversos benefícios. Além de ser o meio mais fácil de se expressar, faz com que desenvolva naturalmente suas habilidades motora, cognitiva e afetiva. Através do jogo e da brincadeira, a criança satisfaz algumas de suas necessidades mais básicas, tanto no campo físico como no psíquico e social.

A brincadeira faz parte da natureza das crianças e é o jeito mais simples de compreenderem o mundo e a si mesmas. Por intermédio da brincadeira a criança desenvolve os sentidos, aprende a falar e expor suas ideias e também a compartilhá-las, liberar a criatividade, soltar a imaginação, expressar sentimentos e conhecer o mundo.

Através dos jogos, brinquedos e brincadeiras, enfim do ato de brincar, é possível introduzir uma série de conhecimentos, atitudes e comportamentos.

Benjamim (1984, p. 75) nos revela que:

Pois é o jogo e nada mais, que dá a luz todo hábito. Comer, dormir, vestir-se, lavar-se, deve ser inculcado no pequeno irrequieto através de brincadeiras, que são acompanhadas pelo ritmo de versinhos. Todo hábito entra na vida como brincadeira, e mesmo em suas formas enrijecidas sobre vive um restinho de jogo até o final.

A criança constrói seu próprio universo, ou melhor, vai construindo e reconstruindo em si o universo em que vive e necessita de nova colaboração nesse processo.

O jogo e a brincadeira estão presentes no decorrer da vida dos seres humanos. De alguma forma, o lúdico se faz presente e é um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas possibilitando que a criatividade seja explorada.

A criança aprende enquanto brinca e aprende a viver socialmente enquanto brinca com os outros, aprende a respeitar as regras, cumprir normas, a esperar, e interagir, a ser organizada. Cada criança tem seu próprio ritmo para aprender, para jogar e para se socializar, pois o brincar é uma atividade livre espontânea.

Segundo Kishimoto (1996, p. 12):

O brinquedo supõe uma relação íntima como o sujeito, uma indeterminação quanto a uso, ausência de regras. O jogo pode ser visto como sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social: um sistema de regras, um objeto.

Todas as crianças têm necessidade de alegria e espontaneidade e devem ser compreendidas conforme seus desejos. Isso é muito importante para o processo de aprendizagem e o jogo desempenha esse papel muito bem por ser uma espécie de elo entre a realidade externa e interna do ser humano.

Para Miranda (1980, p.98):

O jogo, não é somente um aperfeiçoamento físico, intelectual e moral. É também um valioso elemento para observação e conhecimento metódico da psicologia da criança, suas tendências, qualidades, aptidões, lacunas e defeitos.

Nos jogos as crianças se expressam,

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