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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR E INDIVIDUAL- CONCEITOS CENTRAIS DE GESTÃO ORGANIZACIONAL

Trabalho Escolar: PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR E INDIVIDUAL- CONCEITOS CENTRAIS DE GESTÃO ORGANIZACIONAL. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/9/2014  •  2.775 Palavras (12 Páginas)  •  443 Visualizações

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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR E INDIVIDUAL- CONCEITOS CENTRAIS DE GESTÃO ORGANIZACIONAL

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda algumas questões fundamentais do entendimento da inovação na gestão das organizações empresariais, enfocando o seu processo histórico e enfatizando conceitos dentro de uma abordagem histórico-teórica, além de fazer uma relação crítica com suas aplicações em micro, pequenas e médias empresas em países em desenvolvimento ou periféricos como o Brasil.

Compreende uma pesquisa teórica (MUNHOZ, 1989: 29), descritiva e documental (GIL, 1996: 51) acerca da inovação na gestão organizacional, seus conceitos, sob uma análise histórica desde as suas primeiras escolas da Administração surgidas no final do século XIX, passando pela produção artesanal nos primórdios do capitalismo, pela produção em massa até a micro-eletrônica, verificando as implicações destes conceitos construídos ao longo da História em micro, pequenas e médias empresas.

Os conceitos de organização, tecnologia, inovação e gestão e sua implicações e relações ajudam na compreensão de muitos fatores que envolvem a inovação na gestão organizacional e a importância e necessidade de relacioná-la a outros fatores culturais e sociais.

2. DESENVOLVIMENTO

A Teoria Organizacional e mesmo a Administração e a Gestão foram precedidas pelo processo de formação do Capitalismo Industrial e ainda por outras variáveis que antecederam este processo.

Segundo DOBB (1988), analisando os fatores de declínio do feudalismo e do surgimento do capitalismo, o desenvolvimento do capitalismo industrial se deu em duas vias: uma realmente revolucionária que é a acumulação de capital por alguns pequenos produtores que posteriormente passaram a organizar uma produção; e uma parte da classe mercantil que passou a apossar-se diretamente da produção.

Para BEAUD (1987), os fatores de formação do capitalismo foram o monopólio e a concorrência, a ação do estado e a iniciativa privada, o mercado mundial e o interesse nacional. Esses fatores foram promovidos pelas burguesias nacionais e sustentados pelos trabalhadores. A formação de um capitalismo nacional é simultaneamente a constituição de uma classe operária e a ascensão de uma nova classe dirigente.

BEAUD (1987) diferencia, ainda, o surgimento do capital industrial nos Estados Unidos com o da Inglaterra, e afirma que no primeiro, ao contrário do segundo, não havia uma velha sociedade feudal ou agrária para ser destruída. Havia sim três sociedades: uma sociedade rural fundamentada na escravidão das grandes plantações e no algodão no Sul; um capitalismo industrial em expansão no Nordeste; e uma sociedade de explorações agrícolas familiares em extensão no Oeste.

A burguesia impõe-se na Inglaterra entre 1860-1870, tornando-se a primeira potência mercantil no século XIX. Os Estados Unidos tornaram-se realmente industrializados após a Guerra de Secessão (1861-1865). A Revolução Industrial não criou os primeiros capitalistas, mas produziu uma classe empresarial de tamanho e força sem precedentes.

Neste cenário, o ponto de partida da produção, ao contrário das formas pré-capitalistas de produção mercantil, consiste na reunião de grande número de trabalhadores em um mesmo local. O processo capitalista de trabalho é um processo eminentemente coletivo, baseado na cooperação de trabalhadores assalariados sob a autoridade do detentor do capital.

A cooperação simples ocorre nos ofícios e artesanatos sem divisão do trabalho e corresponde ao traço fundamental do processo de organização do trabalho onde impera a produção artesanal, que segundo WOMACK (1991) apresenta as seguintes características: trabalhadores altamente qualificados projetam e produzem, uso de ferramentas simples mas flexíveis, produção de um item por vez, de acordo com o desejo do cliente consumidor, e altos custos.

Verifica-se que a diferença entre a produção capitalista e a produção artesanal é meramente quantitativa na escala de produção, não havendo alteração substancial nos métodos e tecnologias de produção. A produção capitalista surge então com a cooperação avançada ou a manufatura, porém a produção artesanal, enquanto forma de produção capitalista, abarca a cooperação simples como sua forma mais primitiva, e a cooperação avançada e a manufatura, como seu momento de apogeu.

A manufatura é a forma clássica de cooperação baseada na divisão do trabalho no interior da unidade produtiva. Com ela, surge uma forma particular de cooperação, a cooperação avançada onde imperam o parcelamento do trabalho e a especialização do trabalhador. O parcelamento consiste na decomposição do trabalho artesanal em diversos segmentos, redundando assim numa fragmentação dos ofícios. Já a especialização é obtida ao se fixar cada trabalhador a um segmento do processo de trabalho, as operações parcelares são atribuídas a operários diferentes e se realizam simultaneamente. Verifica-se assim uma profunda mudança na organização e na gestão do trabalho em relação àquela que prevalecia no artesanato e na cooperação simples.

A introdução de máquinas no processo produtivo dá início à “maquinofatura”, ou seja, a forma capitalista de cooperação baseada no uso de máquinas. A aplicação do princípio de mecanização nas primeiras fábricas substituiu, segundo PALLOIX (1982: 79), o conceito de ferramenta pelo de máquina. A máquina é composta de três elementos básicos: o motor (ou fonte mecânica de energia), a transmissão, e o equipamento de operação (várias ferramentas

3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A Estrutura Organizacional é a estrutura formal na qual ocorrem as relações funcionais e pessoais da empresa. Uma vez que define como as tarefas serão divididas, agrupadas e coordenadas, os gerentes precisam considerar os seguintes elementos: especialização do trabalho, departamentalização, cadeia de comando, margem de controle, centralização ou descentralização e formalização.

3.1. Especialização do Trabalho/ Divisão do trabalho

A divisão do trabalho, ou especialização do trabalho, descreve o grau em que as tarefas organizacionais são subdivididas em cargos distintos. Um trabalho completo não é executado por apenas uma pessoa. Ao contrário,

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