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Palestra do amyr

Por:   •  10/6/2015  •  Resenha  •  1.966 Palavras (8 Páginas)  •  289 Visualizações

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Amyr Klink iniciou uma viagem solitária, foi o Projeto de Invernagem Antártica, em dezembro de 1989, a bordo de seu veleiro polar “Paratii”, seu trajeto foi do pólo sul ao pólo ártico em 642 dias. Este projeto também foi ilustrado em outros livros também escritos por ele.

Anos depois, em 1998 iniciou mais um projeto “Antártica 360”, à volta ao mundo em torno do continente gelado, durante 88 dias, ele enfrentou sozinho os mares mais inconstantes e gelados. Ele relatou esta aventura em seu livro “Mar sem Fim”.

 

A casa do Amyr Klink já foi uma polêmica: lá não tem energia elétrica. E tem mais, o caminho para sua casa não tem pavimentação. Nada. Para chegar à casa dele é necessário que se passe por sete parques nacionais. E ele não permite que qualquer obra da atualidade seja feita por perto.

Comentou que as pessoas o critica dizendo que está isolado do mundo, mas, ele responde que nada disso é verdade, pois, na verdade elas não sabem mas ele está mesmo é conectado ao mundo todo. Como mora numa ilha em Paraty, sua casa fica na beira da praia a poucos metros da água, logo, esta porta é a conexão para o resto do mundo, basta ele entrar em uma embarcação e chegará em qualquer continente. E acrescenta que todos os caminhos são possíveis basta conhecer os meios.

E para ele a embarcação é o seu meio de se conectar ao mundo. Ainda acrescentou que Paraty tem vários tipos de embarcação para muitos tipos de navegações, e que por trás destes barcos está escondida uns dos mais belos tipos de engenharia naval.

Amyr também afirmou que mesmo chegando onde está nos dias atuais, ele nunca deixou de se interessar por todos e qualquer tipo de barco. E antes de iniciar suas grandes viagens ao mar aberto, ele conheceu uma pequena cidade no norte do estado de Paraná, lá existem as únicas canoas com uma engenharia tão simples e rústica e totalmente diferente de tudo que ele já conheceu neste planeta.

Tudo começou quando ele e seu amigo Jackson Bergamo, engenheiro naval e entusiasta dos projetos de Amyr. Os dois amigos saíram em viagem de carro para um destino que não era Guaraqueçaba-PR, estavam no carro do Jackson, um volvo, máquina suíça e preparada para enfrentar terra e pedras. Mas aconteceu o contrário, durante a viagem o câmbio do carro não aguentou as muitas pedras e quebrou. Por isso tiveram de ir à cidade mais próxima, Guaraqueçaba, para conseguir ajuda. Chegaram nesta cidade já se depararam com muita pobreza e constataram que era por causa da dificuldade de locomoção entre cidades.

Amy e Jackson, ficaram por lá enquanto resolviam o assunto do carro e com isso acabaram participando de uma competição de canoas. Ficaram pasmos.

Trata-se das canoas caiçaras do litoral Paranaense, e estas canoas são originais de Guaraqueçaba como ele mesmo diz: “uma estupenda Canoa Caiçara”.

Os motores usados nestas canoas para a competição, eram primitivos, nó máximo até 27 nós de velocidade, mas, que quase voavam de tão rápidas, e isso só era possível pela engenharia das canoas, design, material usado etc.

Seu amigo Jackson ficou impressionado com a velocidade num “pedaço de toco” e mesmo sendo o engenheiro naval que era, ele achou que nunca conseguiria fazer o mesmo que aqueles moradores fizeram.

Aí Amyr se interessou mais ainda pela cidade e suas curiosidades e acabou ficando alguns dias por lá, claro junto ao seu amigo Jackson. Ele procurou saber quem poderia vender um destes barcos pra ele, só que ninguém vendeu, mas, indicaram um senhor de 70 anos, com o nome de João. Este senhor sabia onde encontrar a madeira certa para construir a canoa caiçara. Lembrando que deveria ser de madeira nobre (ilegal).

Amyr Klink também notou que na cidade havia muitos jovens e que a arte de construir este tipo de embarcação não ficou restrito somente aos antigos, os jovens também sabiam e muito construir uma igual. Estes jovens explicaram que eles gostavam de ir às baladas, para isso teriam de viajar por 5 horas até Paranaguá-PR, mas, com estas canoas levam apenas 50 minutos.

A canoa ficou pronta. Foram seis semanas de espera.

Durante a construção desta canoa, Amyr Klink até que tentou pedir algumas modificações ao mestre João, só que foi em vão e depois ele entendeu o motivo.

O nome dado à canoa feita para ele é Rosa X e foi toda reformada, bordada e motorizada pelo próprio Mestre João, ela se caracteriza pela proa alta e larga e principalmente pelo braço do leme que possui um design peculiar e variado, provavelmente identificando o Mestre que o construiu.

A bordadura também é digna de nota pois após a reforma ficou maior e mais aberta, aumentando a capacidade da canoa de enfrentar o mar grosso, evitando que os borrifos encham-na de água, então o motivo para a engenharia não ser modificada.

O tipo de motorização e propulsão é altamente espetacular . Amyr Klink diz ser uma jóia náutica que deve se comportar na água com velocidade, estabilidade e segurança absoluta. 

Amyr Klink e seu amigo Jackson, voltariam ao Rio de Janeiro através desta embarcação, em meio ao mar bravo, em plena escuridão ficaram apavorados, Jackson vomitava muito e ao mesmo tempo ficava dizendo palavras de admiração ao povo de Guaraqueçaba, indagava que eles eram tão miseráveis e tão inteligentes. Por fim chegaram ao destino final, sem a canoa tombar e sem uma gota d’água dentro.

Chegando ao Rio de Janeiro, Jackson continuou dizendo maravilhas e até opinou que estes moradores deveriam estudar na escola de engenharia naval no estado do Rio de Janeiro. Amyr logo disse um não em alto tom e explicou que teria de ser o contrário, os professores desta escola naval é quem deveriam ir para a cidade de Guaraqueçaba. É neste assunto que reflito sobre a extensão de um profissional.

O navegador Amyr também comentou não saber o motivo de querer remar da África ao Brasil e acrescentou que o importante não é o que fazemos e sim do modo que fazemos. Também afirmou que sua ideia mesmo sendo imbecil ou absurda, o importante é achar soluções para o próprio.

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