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Paralisia Cerebral

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Por:   •  15/3/2015  •  1.544 Palavras (7 Páginas)  •  364 Visualizações

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A paralisia cerebral (PC) é caracterizada por uma alteração dos movimentos controlados ou posturais dos pacientes, aparecendo cedo, sendo secundária a uma lesão, danificação ou disfunção do sistema nervoso central (SNC) e não é reconhecido como resultado de uma doença cerebral progressiva ou degenerativa.

O evento lesivo pode ocorrer no período pré, peri ou pós-natal.

Encefalopatias crônicas da infância incluem numerosas afecções com várias etiologias e quadros clínicos diversos tendo em comum o fato de afetarem o

sistema nervoso central das crianças.

A incidência das moderadas e severas está entre 1,5 e 2,5 por 1000 nascidos vivos nos países desenvolvidos; mas há relatos de incidência geral, incluindo todas as formas de 7:1000.

Os níveis de sobrevida para pacientes com PC têm sido calculados usando informações de registros de dados da população colhidos desde 1952. Aproximadamente 87% das pessoas com PC sobrevivem até os 30 anos e

quase 85% dos que passam dos 20 anos sobrevivem até os 50 anos. Diversos fatores influenciam a sobrevida, como o tipo de PC (por exemplo, a quadriplegia espástica tem o pior prognóstico), presença ou não de epilepsia e

deficiência mental grave. Os pacientes com as formas mais graves de PC possuem um pior prognóstico e muitos deles morrerão antes de chegarem à fase adulta.

O cognitivo da criança é afetado de acordo com o local e a extensão da lesão encefálica, seja nos tratos piramidais ou córtex cerebral, analisada segundo exames como tomografia computadorizada ou eletroencefalograma35. A

dominância hemisférica é controlada pelos centros da linguagem que, na maioria das pessoas, está localizado no hemisfério esquerdo

Tipos de PC:

As crianças com PC têm como principal característica o comprometimento motor, que influencia no seu desempenho funcional. PC pode ser classificada por dois critérios: pelo tipo de disfunção motora presente, ou seja, o quadro clínico resultante, que inclui os tipos extrapiramidal ou discinético (atetóide,

coréico e distônico), atáxico, misto e espástico; e pela topografia dos prejuízos, ou seja, localização do corpo afetado, que inclui tetraplegia ou quadriplegia,

monoplegia, paraplegia ou diplegia e hemiplegia. Na PC, a forma espástica é a mais encontrada e freqüente em 88% dos casos

Diagnóstico

O diagnóstico de PC usualmente envolve retardo ou atraso no desenvolvimento motor, persistência de reflexos primitivos, presença de reflexos anormais, e o fracasso do desenvolvimento dos reflexos protetores.

Os médicos que atendem a criança com PC dispõem de uma série de procedimentos de intervenção com objetivos específicos a serem atingidos. Os

procedimentos utilizados para melhora da espasticidade das crianças com PC são a eliminação de fatores agravantes da espasticidade, as terapias de reabilitação, as órteses, a farmacoterapia oral, os desnervadores químicos, as cirurgias ortopédicas e a neurocirurgia.

Na observação clínica da paralisia cerebral, deve-se levar em consideração a extensão do distúrbio motor, sua intensidade e, principalmente, a caracterização semiológica desse distúrbio.

Formas clinicas de PC:

1.Hemiplegia: ocorre o comprometimento do membro superior; acompanhando sinais de liberação tais como espasticidade , hiper-reflexia e sinal de Babinski. O paciente assume atitude em semiflexão do membro superior, permanecendo o membro inferior hiperestendido e aduzido, e o pé em postura eqüinovara.

2. Hemiplegia bilateral ( tetra ou quadriplegia): ocorrem de 9 a 43% dos pacientes. São lesões difusas bilateral no sistema piramidal dando além da

grave tetraparesia espástica com intensas retrações em semiflexão, síndrome pseudobulbar (hipomimia, disfagia e disartria), podendo ocorrer ainda microcefalia, deficiência mental e epilepsia.

3. Diplegia :

Ocorre em 10 a 30 % dos pacientes, sendo a forma mais encontrada em prematuros. Trata-se de um comprometimento dos MMII, há uma acentuada hipertonia dos adutores, que configura em alguns doentes o aspecto semiológico denominado síndrome de Little (postura com cruzamento

dos MMII e marcha “em tesoura”).

4. Discinesia :

Atualmente é a mais rara, pois se manifesta através de movimentos involuntários, sobretudo distonias axiais e/ou movimentos córeo-

atetóides das extremidades. No primeiro ano de vida este

padrão costuma não estar definido, podendo existir hipotonia muscular. Em geral, quando estes pacientes estão relaxados a movimentação passiva é facilitada.

5. Ataxia :

Igualmente rara. Inicialmente pode traduzir-se por hipotonia e, aos poucos, verificam-se alterações do equilíbrio (ataxia axial) e, menos comumente, da

coordenação ( ataxia apendicular). Sua marcha se faz com aumento da base de sustentação podendo apresentar tremor intencional.

6. Formas mistas:

É a associação das manifestações anteriores, correspondendo, geralmente, ao encontro de movimentos distônicos e córeo-atetóides ou à combinação de ataxia com plegia (sobretudo diplegia).

No total, mais da metade dos pacientes doentes com PC apresentam padrão espástico.

Além do distúrbio motor, obrigatório para a caracterização da patologia, o quadro clínico pode incluir também outras manifestações acessórias com

freqüência variável:

Deficiência mental, Epilepsia, Distúrbios da Linguagem, Distúrbios visuais, Distúrbios do comportamento, Distúrbios ortopédicos.

O Tratamento medicamentoso limita-se, em geral, ao uso de anticonvulsivantes, quando necessários e mais raramente medicamentos psiquiátricos para tentar o controle dos distúrbios afetivo-emocionais e da agitação psicomotora ligada à deficiência mental. A morfina pode ser utilizada por via intratecal para o tratamento da espasticidade.

O Tratamento cirúrgico envolve cirurgias ortopédicas de deformidades e para estabilização articular, que devem ao mesmo tempo preservar a função e aliviar a dor.

A fisioterapia tem como objetivo a inibição da atividade reflexa anormal

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