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Peixe Elétrico

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Por:   •  19/6/2014  •  1.354 Palavras (6 Páginas)  •  570 Visualizações

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Introdução

Desde os primórdios da humanidade, o homem sempre se mostrou argumentativo sobre diversos assuntos, entre eles a eletricidade, conceito utilizado pela primeira vez na Grécia Antiga pelo filósofo Thales de Mileto, no qual se tornou objeto de estudo e compreensão de muitos cientistas e estudiosos. As teorias que regem os fenômenos elétricos evoluiram com o transcorrer dos anos e sua ciência e compreensão proporcionou avanço tecnológico como por exemplo manipulação de partículas sub-atômicas ditas quarks.

Dentre as diversas áreas de atuação da eletricidade, está a área da bioeletricidade. A bioeletricidade é um conceito que se aplica a eletricidade intimamente relacionada com organismos vivos, como por exemplo animais de espécies variadas. Todos os animais emitem cargas elétricas, principalmente quando se movimentam, e por vezes, emitem em níveis elevados ou podem detectar níveis de eletricidade e utilizar em seu benefício, como a captura de alimentos. Todo esse comportamento visto em algumas espécies animais é efeito da eletrorrecepção, que consiste na emissão e recepção de impulsos elétricos feito por animais. Os principais animais que admitem esse comportamento estão o ornitorrinco, a equidna, a enguia elétrica (Poraquê) e o peixe-elefante. Vale ressaltar que muitos biólogos e evolucionistas indicam a capacidade de animais de emitir cargas elétricas como uma técnica eficaz de caça e defesa semelhante à técnicas como peçonhas, ferrões, camuflagens, mimetismo, substâncias químicas e até mesmo armas sônicas, tudo para garantir que o ciclo de reprodução de cada espécie se complete.

Os estudos em relação ao animais elétricos se atentaram para um conjunto de espécie específico, a espécie dos peixes elétricos. Desde tempos Antigos, certos tipos de bagres, raias e enguias elétricas eram alvos de atenção dos homens, dado suas características peculiares, à medida que segurá-los ou mesmo estar próximos a eles poderiam causar doloridas contrações musculares, mal-estar súbito, perda de sentidos e por vezes, até a morte em pequenos animais. Por vezes, os médicos da época receitavam que seus pacientes ficassem próximos desse tipo de animais, a fim de provocar espasmos e aliviar certos tipos de doenças. Esse procedumento médico era realizado sem nenhuma ciência do fenômeno elétrico que era provocado pelos animais.

No século XVIII, estudiosos perceberam a semelhança que existe entre as cargas elétricas desses animais e as cargas produzidas pela Garrafa de Leyden e após resultados empíricos, como a medição com um galvanômetro realizada por Faraday em peixes, a teoria logo se emancipou e o conceito de fluído elétrico animal prontamente se fixou.

Com a realização um estudo mais minuncioso, cientistas constataram que as cargas elétricas produzidas pelos animas marinhos ou lacustres,são oriúndasde certos músculos desses peixes, que ao invés de se contrair, produzem eletricidade. Recentemente, esses estudos foram aperfeiçoados e concluiu-se que todos os animais produzem cargas elétricas mínimas, e que esses peixes são resultados de um processo evolutivo que fez com que suas células musculares possuissem comportamento semelhante à pilhas.

Outro fator que foi objeto de estudo e atenção, é o fato de muitos animais elétricos possuirem hábitat aquático. Após análises experimentais, constatou que isso é possível pois as águas dos mares e dos rios possuem muitos sais dissolvidos, o que as tornam excelentes condutoras de eletricidade. Para ilustrar, pode-se citar que mesmo à distância de aproximadamente 1 metro é possível levar uma descarga elétrica de um poraquê. O ar atmosférico, por sua vez, é mau condutor de eletricidade e poraquê fora d'água só dará um choque se encostar a mão diretamente em sua pele. Características que são perceptíveis nesses peixes é que todos são lentos e utilizam da eletricidade para captura de alimento, ou ponto é que em sua maioria, os peixes são poucos sensíveis à eletricidade.

E por fim, percebeu-se que os peixes elétricos são também eletromagnéticos, à medida que muitos deles emitem impulsos elétricos permanentes com a finalidade de se orientarem, acompanhados de um campo elétrico constante à sua volta. Quando um elemento exerto à sua volta interfere no campo elétrico, este objeto é imediatamente identificado pelo peixe. Após essa descoberta, muitos fisiologistas admitiram que a emissão de campos elétricos não é exclusividade dos peixes, e indicaram o ornitorrinco como um animal com comportamento semelhante. Eles concluiram também que alguns animais apresentam a capacidade de perceber o fraquíssimo campo magnético do Planeta Terra e que se utilizam disso como orientação, como por exemplo aves migratórias ou mesmo em tartarugas marinhas. (Algumas tartarugas brasileiras são alcunhadas na África como “bússolas-vivas” tamanha a distância que percorrem auxiliadas apenas pelo campo magnético terrestre.

Por fim, a teoria da bioeletricidade é muito ativa em todos os ramos do delicado e complexo equilíbrio ecológico e constituem um exemplo do que realmente traduz o estudo da Física, ciência que por origem estuda e codifica a natureza - “Phisis” - “Natureza” .

Desenvolvimento

O Poraquê (Electrophorus electricus) e outros peixes elétricos, possuem no corpo eletroplacas que liberam uma grande quantidade de elétrons que fluem como uma corrente elétrica para fora do animal.

A formação da corrente elétrica no Poraquê acontece como numa pilha (transformando energia química em energia elétrica), ou seja, por separação de cargas iônicas. Para manter o potencial elétrico da célula, esta precisa de uma baixa concentração de íons de sódio e de uma elevada concentração

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