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Por:   •  4/11/2014  •  2.354 Palavras (10 Páginas)  •  200 Visualizações

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Criação de um produto inédito: escolhemos criar uma vacina de Vitamina C concentrada com o propósito de curar a Tuberculose resistente.

A pesquisa foi feita, por um grupo de investigadores da Faculdade de Medicina Albert Einstein da Universidade de Yeshiva, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. E acabou por resultar num estudo agora publicado na edição online da revista científica Nature Communications.

De acordo com os investigadores, a ideia principal passa por conceber novos medicamentos para a tuberculose onde ao antibiótico seja adicionada a vitamina C, o que, além de revelar melhores resultados, também parece conseguir encurtar o tempo de tratamento (que, muitas vezes, vai de seis meses a dois anos) e torná-lo mais barato. Porém, por agora, os testes ainda não saíram do laboratório e não se sabe que resultado terá o mesmo tratamento em humanos e que doses seriam necessárias.

A infecção por tuberculose, uma doença que afeta os pulmões, é causada por estirpes da espécie de bactéria Mycobacterium tuberculosis. Em 2011, as estimativas da Organização Mundial de Saúde apontam para que tenha infectado 8,7 milhões de pessoas em todo o mundo, matando 1,4 milhões. O problema é que, ao mesmo tempo que se tem conseguido reduzir o número de novos casos de tuberculose em todo o mundo, estão a aumentar as situações em que os doentes não respondem aos antibióticos que existem – e que são praticamente os mesmos há várias décadas.

O número de casos anuais de pessoas com tuberculose multirresistente já ultrapassa os 650 mil e os clínicos já falam mesmo numa tuberculose extensivamente resistente, isto é, ainda mais difícil de tratar, e que corresponde a 9% destes casos. A Organização Mundial de Saúde reconhece também as duas situações distintas de estirpes resistentes: a tuberculose multirresistente, que não reage aos dois principais antibióticos de primeira linha, mas que é susceptível aos antibióticos de segunda linha, e a tuberculose extensivamente resistente, que também não reage a um dos três antibióticos de segunda linha.

Foi precisamente nas estirpes mais resistentes da doença que a vitamina C mostrou ter também resultados. E, segundo os investigadores, o mais curioso é que esta ideia de que a vitamina C poderia ser útil já tinha sido sugerida em trabalhos feitos ainda na década de 1930, mas nunca chegou a ser aprofundada. A equipa liderada por William Jacobs, professor de microbiologia, imunologia e genética na Universidade de Yeshiva, percebeu que, em comparação com outras bactérias patogénicas, a tuberculose é a única de fato sensível à vitamina C e que, no laboratório, conseguiu matar aMycobacterium tuberculosis. Segundo explicam os cientistas, esta vitamina é capaz de destruir as bactérias através da produção de radicais livres, moléculas que podem causar danos no DNA.

A descoberta foi feita quando a equipa tentava perceber como é que algumas bactérias se tornavam resistentes a um dos principais antibióticos disponíveis para tratar a doença, cuja substância ativa é a isoniazida. No trabalho, detectou-se que as bactérias da tuberculose que se mostravam resistentes a este antibiótico tinham falta de uma molécula chamada micotiol e, a partir daí, os investigadores puseram uma hipótese: se há falta de micotiol, então a bactéria talvez tenha mais quantidade de um aminoácido chamado cisteína.

Só que o desfecho não foi o que os investigadores esperavam. William Jacobs explica, num comunicado, que pensavam que, ao juntarem a isoniazida e a cisteína à bactéria, ela desenvolveria resistências, mas aconteceu precisamente o contrário e as bactérias começaram a morrer. A equipa acredita que a cisteína ajudou a matá-las, funcionando, sim, como um “agente redutor” que, ao desencadear a produção de radicais livres, conseguiu danificar o seu DNA. Para comprovar a hipótese, repetiram a experiência com a isoniazida, mas usaram um agente redutor diferente: a vitamina C. A combinação foi ainda mais “explosiva”, conseguindo esterilizar a cultura de bactérias de tuberculose, tanto no caso das estirpes mais comuns como no das multirresistentes ou extensivamente resistentes.

Jacobs diz que os agentes redutores servem, precisamente como o nome indica, para, através de um processo químico, reduzirem outras substâncias e que a vitamina C se mostrou eficaz nesse processo. “Estava incrédulo. Mais surpreendente ainda... foi quando retirámos da cultura a isoniazida e deixámos apenas a vitamina C sozinha: descobrimos que a vitamina C matou a tuberculose”, adiantou, acrescentando que em nenhum caso as bactérias se mostraram resistentes a esta substância.

Por que escolher a área da saúde para criar o produto: o Brasil investe apenas 8,7% do valor arrecadado com impostos em saúde. Número é inferior ao de países como Argentina, Chile e Venezuela.

Um estudo realizado pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (USP) comparou os investimentos em saúde entre Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Venezuela e revelou que, enquanto Venezuela, Argentina e Chile investiram cerca de 16% do valor arrecadado com impostos no ano de 2005, no Brasil o percentual foi de 8,7%.

Segundo o estudo, a diferença é ainda maior em relação ao México e à Colômbia, em que os gastos representaram, respectivamente, cerca de 24% e 38% da arrecadação. Para o médico cirurgião geral Jorge Carlos Curi, presidente da APM (Associação Paulista de Medicina), os investimentos no Brasil são inferiores aos de outros países. “A Argentina, por exemplo, investe quase que o dobro do que o investido pelo Brasil”, disse.

Desde 1988, o acesso de todos os cidadãos à rede pública foi garantido pela Constituição Federal. O SUS (Sistema Único de Saúde) se tornou, a partir de então, direito de todos os brasileiros.

Para Curi, a proposta de atendimento do SUS segue conceitos que prevêem universalidade, integralidade e controle social. “Porém, não adianta criarmos uma linha de atendimento ampla e avançada sem que haja financiamento coerente com o que é proposto pelo sistema”, disse.

Já para o médico especialista em atenção básica e pesquisador do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva, Raphael Aguiar, os brasileiros não entendem o que é o SUS. “A verdade é que o SUS é um sistema público que visa cuidar da saúde de toda a população”, explicou. Segundo ele, os princípios fundamentais do SUS são de atenção primária à saúde, ou seja, é uma modalidade de cuidados em que o atendimento é diário e não apenas quando o paciente está doente.

Porém, garantir atendimento em áreas da saúde básica, de média e alta complexidade, é algo considerado pelo presidente da APM como

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