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Pesquisa Exploratória Quantitativa: Compra De Produtos Importados

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Por:   •  1/11/2013  •  4.154 Palavras (17 Páginas)  •  626 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A pesquisa exploratória quantitativa será feita no segmento de compras de perfumes, tablets e roupas importadas, mais objetivamente sobre a compra desses produtos entre os alunos dos cursos de Relações Públicas, Engenharia Civil e Administração da PUC-Campinas, tendo como resultado esperado o conhecimento e o consumo de tais produtos importados e o conhecimento e a credibilidade dos meios de compras mais comuns, como o e-commerce, lojas físicas ou trazidas por conhecidos em viagem a países estrangeiros.

Por custarem mais, os produtos importados quando chegam ao Brasil, não mantém os perfis de suas origens. Podemos identificar como exemplo, a rede espanhola de lojas Zara:

Na Europa, as lojas da Zara são populares, porque têm preços populares. Já no Brasil não podemos dizer o mesmo. Não digo que ela veio com o intuito de fazer um reposicionamento da sua marca, como muitas fazem, mas, considerando os espaços em que as lojas estão instaladas e os preços que acabam sendo cobrados no país por conta dos impostos, a Zara não pode ser tida como popular. (G1. Acesso em: 03 Maio de 2012).

afirma Ellen Kiss – Coordenadora do curso de Marketing de Produtos e Serviços de Luxo da Escola Superior de Publicidade e Marketing.

A diretora do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Letícia do Amaral, afirma:

Produtos importados têm seu valor acrescido de vários tributos que incidem sobre a importação e taxas aduaneiras. Além disso, há ainda os custos com intermediários aduaneiros e logísticos. Tudo isso sem contar com a parcela que é destinada ao lucro do próprio vendedor no Brasil. Resultado: produtos que, no exterior, são vendidos comumente em lojas de departamento, viram, literalmente, artigos de luxo quando importados e revendidos no Brasil. (G1. Acesso em: 03 de Maio de 2012).

O que antes era restrito apenas aos bolsos dos consumidores da classe “A”, com o aumento da classe média e do acesso ao crédito, tem permitido que mais consumidores consigam comprar determinados produtos importados. Além disso, outro fator que contribui para que os produtos importados tenham cada vez mais saída no Brasil são empresas estrangeiras em expansão, que têm procurado mercados alternativos para escoar sua produção, e ao procurar o Brasil, é despertado o desejo dos consumidores por seus produtos.

Segundo ainda a coordenadora da ESPM:

O Brasil costuma ter um pouco daquela mentalidade de colônia, de que tudo o que vem de fora é melhor. É praticamente garantido que uma marca terá sucesso aqui por ser internacional. No entanto, para que ela se mantenha, é preciso ter qualidade. Não é porque é de marca e cara que ela se sustenta. (G1. Acesso em: 03 de Maio de 2012).

Podemos citar como exemplo da grande cobrança de impostos de produtos importados um perfume “Polo Ralph Lauren”, que custa cerca de R$ 199,00 no Brasil, enquanto nos Estados Unidos pode ser encontrado por R$ 85,93. Perfumes como “Fahrenheit” de “Toilette Spray” de 100ml que juntamente com imposto e lucros embutidos no valor podem ser encontrados por R$ 230,00 ou US$ 144,00 no exterior, no Brasil é comercializado por R$ 352,00 ou US$ 220,00. Também podemos citar como exemplo o perfume “Light Blue” da marca “Dolce & Gabbana for Women” de 100ml no exterior custa cerca de R$ 188,32 ou US$ 117,52, já em território nacional o mesmo produto custaria no valor de R$ 392,90 ou US$ 245,46.

Segundo avaliação de Richard Rytenband, economista pela PUC-SP e professor de educação financeira:

Um tablet que custa, no Brasil, cerca de R$ 2 mil, custa US$ 600 em outros países (cerca de R$ 1,1 mil). Então, é muito mais vantajoso comprar lá fora. Isso acontece por conta da falha na precificação dos produtos e serviços aqui no Brasil, causada, principalmente, pela falta de mão de obra qualificada e pela elevada carga tributária. Se há produtos aqui e fora do País, é melhor comprar fora. (Isto é. Acesso em: 04 de Maio de 2012).

Se os tablets obtiverem a queda de preço anunciado pelo governo federal ao conceder benefícios fiscais para a fabricação dos aparelhos no país, as taxas cobradas diminuiriam no valor final do produto em relação aos importados. Um tablet de R$ 1,7 mil, por exemplo, com a queda de preço, passa para R$ 1,2 mil, uma redução de 31%. O preço pode cair ainda mais se houver redução do ICMS, cujo valor depende de cada estado brasileiro. Mas quem compra, por exemplo, um Samsung Galaxy Tab 10.1, produzido no Brasil com incentivos fiscais paga quase o mesmo preço do importado iPad 2, da Apple. A economia com o produto nacional é de apenas R$ 20 a R$ 30 (1% a 2%), dependendo do modelo. O Motorola Xoom, que é outro concorrente do IPad produzido no Brasil, custa até 2,1 a menos que o IPad 2, que paga impostos de importação.

No segmento de roupas importadas, podemos citar como exemplo a pesquisa realizada pela ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), para descobrir os usos, hábitos e costumes dos consumidores. O percentual maior de pessoas participantes da pesquisa foram do sexo masculino, pertencentes as classes B e C, com ensino médio/completo ou superior incompleto, com faixa de renda entre R$ 1.530 a R$ 2.550,00, idades variantes de 16 a 19 anos e que se ocupam estudando ou estagiando. Obtiveram com os resultados da pesquisa, que as pessoas entrevistadas vêem como motivo principal para comprar roupas importadas a qualidade, e costumam comprar uma vez por mês ou a cada três meses.

Igualmente aos perfumes, as roupas também sofrem grandes taxas de cobranças de impostos sobre seus produtos, como por exemplo, a “GAP”, onde um casaco custa aproximadamente R$ 84,15 nos EUA, e no Brasil custa no valor de R$ 138,99.

Outro exemplo é o jeans nacional que mesmo com altos níveis de vendas no exterior, vêm disputando o mercado com as grifes internacionais, na grande maioria de origem italiana. Depois de desembarcarem no Brasil, as grifes Diesel, Miss Sixty e Replay, as marcas de jeanswear brasileiro sofreram queda nas vendas. Para Renato Kherlakian, proprietário das marcas Zoomp e Zapping, essa disputa se deve com a entrada de importados no Brasil e também, com o acesso à informação: “Nos últimos 10 anos, a concorrência está mais acirrada. As grifes internacionais descobriram que o consumidor brasileiro é vaidoso e consumista. O Brasil é um terreno perfeito para se tornar um templo de compra.” (Portais da moda. Acesso em: 22 de Maio de 2012.)

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