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Por:   •  16/8/2014  •  2.593 Palavras (11 Páginas)  •  334 Visualizações

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Introdução

Neste trabalho iremos apresentar a vida, trabalho e acontecimentos ocorridos durante a vida de Maria Montessori.

Maria Montessori desde criança já se mostrava uma mulher com pensamentos e idéias á frente de seu tempo. Foi a primeira mulher a se formar em medicina na Universidade de Roma em 1898, no mesmo ano de sua formatura teve seu único filho Mario Montessori, fruto de um relacionamento, como não era casada, teve que abrir mão do seu filho. Após a formatura Montessori se tornou popular e foi convidada a ser a delegada italiana ao Congresso Internacional dos Direitos da Mulher em Berlim.

Aos 25 anos começou a se dedicar ao estudo de crianças portadoras de deficiências. Ela conseguiu que aquelas crianças "deficientes mentais" se tornassem capazes de frequentar uma escola comum.

Em 1907 ela foi convidada a aplicar seu trabalho na escola "Casa dei Bambini", ali crianças aprenderam a ler e escrever rapidamente, obtendo um excelente resultado. Eram filhos de pais analfabetos, sentiram-se muito orgulhosos com seu feito.

A partir de então a fama de Maria Montessori correu o mundo, sua idéia se difunde, por toda a Europa e Grã Bretanha, aparecem fundações e sociedades montessorianas que se estende a América.

Montessori defendia que o caminho do intelecto passa pelas mãos, as escolas que seguem esta proposta possuem espaço amplo que permite as crianças à descoberta do mundo livremente, o método Montessoriano parte do concreto rumo ao abstrato.

A Trajetória de Maria Montessori

Maria Montessori foi uma mulher notável, que pensava muito adiante de seu tempo. Foi uma grande cientista. Maria nasceu em 1870 em Chieravale, no Norte da Itália, em uma família de classe média. Muito cedo ela mostrou a força de sua personalidade. Na adolescência, ela pediu para ser transferida da escola de meninas que frequentava para uma escola de meninos, pois queria ser engenheira e para tanto precisava aprender mais Matemática do que lhe era proposto na primeira escola. Na escola de meninos ela viveu completamente isolada porque, naquele tempo, considerava-se que meninas não podiam assistir aulas com meninos. Ela suportou a situação e graduou-se com distinção.

Ao graduar-se, Maria decidiu que não queria mais ser engenheira, ela queria trabalhar com pessoas. Superando muitas dificuldades, regulamentos oficiais que consideravam ser a Medicina uma atividade essencialmente masculina.

Na escola de Medicina, novamente, ela teve que viver isolada. Em 1896 Montessori graduou-se em Medicina com distinção, tornando-se a primeira mulher médica da Itália.

Ela tornou-se muito popular e foi convidada a ser a delegada italiana ao Congresso Internacional dos Direitos da Mulher em Berlim. Ela discursou por igualdade em relação a salário, direitos e possibilidade de estudo e tornou-se internacionalmente famosa, sendo convidada a dar um ciclo de conferências, o que não aceitou alegando ter muito trabalho a fazer.

Voltando a Roma, ela foi convidada a assistir uma turma de crianças deficientes mentais. Essas crianças estavam em uma sala vazia, sem brinquedos, sem nenhum estímulo e, consequentemente, usavam a comida e seus excrementos para brincar ou pintar as paredes. Maria Montessori fez contato com os psiquiatras Dr. Itard e Dr. Seagan, que tinham tratado meninos que haviam sido encontrados na selva vivendo entre lobos e que haviam desenvolvido algum material concreto para trabalhar com eles, e pediu-lhes para enviar a ela esses materiais. Ela conseguiu que aquelas crianças "deficientes mentais" se tornassem capazes de frequentar uma escola comum. Então ela pensou quão bem esse material funcionaria com crianças normais.

A partir disso ela se interessou por Psicologia, Antropologia e Educação e retornou a Universidade tornando-se professora desses assuntos na Universidade de Roma.

Em 1907, havia um grupo de filhos de operários que estava depredando as moradias operárias em que viviam, de modo que as autoridades decidiram que seria melhor ter um lugar para essas crianças ficarem enquanto suas mães trabalhavam. Esse espaço foi à primeira "Casa dei Bambini", em Roma.

Montessori foi convidada a trabalhar com essas crianças e aceitou, pois era a sua chance de trabalhar com crianças normais. No local só havia mobiliário de tamanho normal e sua primeira providência foi pedir a substituição por mobiliário de tamanho adequado às crianças. Começou seu trabalho ensinando princípios de higiene, lavar mãos e rosto, escovar os dentes, pôr a mesa.

Usou inicialmente o mesmo material sensorial que havia usado com as crianças deficientes e deu continuidade criando outros, como as letras e algarismos de lixa, que, naquela época, eram de veludo.

As crianças aprenderam a ler e escrever rapidamente. Eram filhos de pais analfabetos, sentiram-se muito orgulhosos com seu feito.

Muitas pessoas, figuras do governo e visitantes estrangeiros, vieram visitar essa área pobre de Roma para ver o que ela estava fazendo com as crianças.

O trabalho progrediu até que Mussolini assumiu o poder. Ele pensou que o Sistema Montessori seria uma boa via para adequar as crianças ao fascismo, mas isso era exatamente o oposto do que Maria Montessori queria. Seu objetivo educacional era formar pessoas autônomas, mentes com visão própria.

Assim ela decidiu não cooperar com o fascismo, embora tenha ficado muito impressionada com o que a força de um ideal pode fazer por um adolescente.

Em função de sua oposição ao fascismo teve que deixar a Itália. Mudou-se para Barcelona, Espanha, onde abriu uma escola que também foi exemplo de sua pedagogia de "seguir a criança".

Ela viajou muito ministrando cursos de Sistema Montessori. Um dos mais importantes foi em Londres, onde ela encontrou Gandhi que a questionou por ter começado trabalhando com pessoas pobres e naquele momento ter uma escola muito exclusiva, disse a ela também que havia na Índia um povo inteiro a educar, inclusive a casta dos intocáveis, a mais baixa da Índia.

Quando saiu da Itália, ela levou consigo seu filho Mário que nasceu em decorrência de um relacionamento em 1898 com um colega de trabalho, cuja existência era desconhecida por todos até então, pois era filho ilegítimo e havia sido criado em uma fazenda nos arredores de Roma, onde ela o visitava como se fosse sua tia. Mário tornou-se seu principal assistente desde a temporada na Espanha.

Eles foram para a Índia em 1939 e, em 1940, quando a Itália entrou na guerra,

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