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Projeto Biogas

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Por:   •  20/1/2015  •  907 Palavras (4 Páginas)  •  241 Visualizações

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O biogás é um dos produtos da decomposição anaeróbia (aquela que acontece na ausência do oxigênio gasoso) da matéria orgânica que se dá através da ação de determinadas espécies de bactérias. Essa fermentação tem como finalidade a remoção da matéria orgânica, formação do gás e produção de fertilizantes. Ele é composto de uma mistura de gases cujo tipo e percentagem variam de acordo com as características do tipo de resíduo e as condições de funcionamento do processo de digestão.

Temos abaixo a composição do biogás:

Tabela 1. Composição do biogás

Gás Símbolo % no biogás

Metano CH4 50 – 80

Dióxido de Carbono CO2 20 – 40

Hidrogênio H2 1 – 3

Nitrogênio N2 0,5 – 3

Sulfídrico e outros H2S, CO, NH3 1 – 5

Fonte: (La Large, 1979)

Foi descoberto por Shirley, em 1667. E no século XIX, Ulysse Gayon, aluno de Louis Pasteur realizou uma fermentação anaeróbia de uma mistura de estrume e água, obtendo 100 litros de gás por metro cúbico de matéria. Em 1884, Pasteur, ao apresentar à Academia de Ciências os trabalhos de seu aluno, considerou que esta fermentação poderia constituir uma fonte de energia para aquecimento e iluminação, devido a presença do metano.

O biogás foi trazido então ao Brasil na década de 70, com a chegada da tecnologia da digestão anaeróbia. Na região nordeste foram implantados vários programas de difusão de biodigestores e a expectativa era grande, mas os resultados não foram satisfatórios.

Inicialmente, o termo biogás estava associado aos diversos nomes atribuídos a ele, como: gás dos pântanos, gás de aterro, gás de digestor e gás da fermentação, entre outros. Atualmente, refere-se, de forma geral, ao gás formado a partir da degradação anaeróbia da matéria orgânica.

O primeiro documento achado que cita a coleta de gás de um processo de digestão anaeróbia ocorreu em uma estação de tratamento de efluentes municipal da Inglaterra, em 1895, sendo que o primeiro estudo de aproveitamento em uma pequena planta, com uso de estrume e outros materiais remontam de 1941, na Índia. Desde então, o processo anaeróbio tem evoluído e se expandido ao tratamento de resíduos industriais, agrícolas e municipais

Atualmente, o processo vem sendo bem difundido como forma de tratamento de resíduos em diversos países. A queima desse biogás como meio de obtenção de energia teve grande impulso com a crise do petróleo, levando o mesmo a ser considerado como possível alternativa.

Villen (2001), fala sobre a digestão anaeróbia, citando os vários lugares que a natureza tem que favorecem esse processo. Da observação desses acontecimentos naturais, o ser humano enxergou a possibilidade a obtenção de gás combustível a partir de resíduos orgânicos.

Na metade do século XIX, esse processo fermentativo passou a ser mais utilizado no tratamento de esgoto doméstico, mais para destruir a matéria orgânica. O gás produzido era destinado a iluminação.

No início do século XX, começou na Índia e China o desenvolvimento de biodigestores para produção de gás metano a partir do esterco de animais, principalmente bovinos.

A produção é possível a partir de diversos resíduos orgânicos, como esterco, lodo de esgoto, lixo doméstico, resíduos agrícolas, efluentes industriais e plantas aquáticas. Uma das suas vantagens é a de não produzir gases tóxicos durante a queima.

No tratamento anaeróbio de efluentes, após queda na taxa de oxigênio gasoso, começam a predominar os microrganismos anaeróbios facultativos (não usam o oxigênio, preferencialmente, mas podem utilizá-lo). Segundo Foresti (1999), estas bactérias primeiramente convertem o material orgânico particulado em compostos dissolvidos,

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