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Projeto Gastronomia

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Por:   •  13/5/2014  •  2.538 Palavras (11 Páginas)  •  279 Visualizações

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TÍTULO

Gastronomia Como Produto Turístico

A Gastronomia Pode Estimular um Destino Turístico?

APRESENTAÇÃO DA TEMÁTICA

A culinária no Brasil tem influências principalmente dos africanos, indígenas e do branco europeu. Em cada região do país, houve maior interferência de um desses povos. De Portugal, veio a apreciação dos brasileiros por doces. Dos índios, veio à importância da mandioca, que faz parte da culinária típica de quase todos os estados. As escravas africanas também contribuíram muito, já que grande parte delas trabalhava na cozinha das fazendas.

Considerando a amplitude do território do país, a culinária brasileira apresenta pratos ou comidas de todos os gêneros, espécies ou tipos praticados na arte culinária universal: crus, grelhados, guisados, cozidos, aerados, avinhados, avinagrados, massas, saladas, apimentados, quentes, frios, embrulhados, picados, refogados, cozidos, recheados, temperados com alho e sal, condimentados, empanados, à milanesa, desidratados, feitos em banho maria, rescaldados, tostados, flambados, entre tantos outros.

Acredita-se que a gastronomia no turismo tenha tido mais expressividade a partir de 1945, por conta do turismo de massa no mundo todo. Pode-se até ir mais além, citando, por exemplo, o Moulin Rouge e Maxim’s, como os restaurantes turísticos franceses mais importantes até hoje, que aliaram espetáculos durantes as refeições. Em Fortaleza-CE, o Pirata Bar estaria como um exemplo local de empreendimento gastronômico que usa a tradição de somente abrir na segunda (como diria a reportagem do The New York Times: “é no Pirata a segunda-feira mais animada do mundo”), oferecendo seus espetáculos musicais regados a petiscos tradicionais da culinária local. Outro empreendimento turístico que atrai visitantes com a gastronomia é os Zás Traz, casa de espetáculos muito frequentada por turistas que frequentam a cidade de Natal-RN, onde apresentam nos seus shows autos, folguedos e festejos típicos do Estado do Rio Grande do Norte. (COSTA, 2008)

Desde tempos imemoriais a alimentação ocupa um lugar de suma importância nas relações entre os povos. Guerras foram travadas pela posse de campos de trigo. A ameaça ou realidade da fome derrubou governos e provocaram revoluções, em suma o homem lutou e matou pela própria sobrevivência desde o tempo das cavernas. (ANSARAH, 2001)

Com o desenvolvimento e a riqueza das nações, novos alimentos são incorporados ao dia-a-dia das populações, e, com o progresso, deixa-se de lado o conceito de alimentação apenas como necessidade de sobrevivência, entregando-se paulatinamente à busca de certo hedonismo na arte do comer.

Concebe-se, neste trabalho a gastronomia como elemento primordial, não somente por satisfazer a necessidade básica da alimentação, mas por se configurar como símbolo que pode integrar as relações sociais humanas nas diferentes sociedades, sobretudo nas atividades turísticas.

JUSTIFICATIVA E CONTEXTUALIZAÇÃO

É nesse contexto que vemos a gastronomia como um produto, ou mesmo um atrativo de uma determinada localidade, é bastante interessante e importante do ponto de vista turístico, pois apresenta novas possibilidades, na verdade, não tão novas, mas nem sempre bem exploradas, que são as diversas formas de turismo voltadas para as características gastronômicas de cada região.

Para analisarmos essas possibilidades, é preciso entender o porquê dessas características diferentes, o porquê cada comunidade, localidade ou mesmo grupos populacionais próximos, têm características gastronômicas diferentes, retornando até a satisfação alimentar do ser humano, apenas como necessidade de sobrevivência e sua, posterior, evolução para chegar às diferenças atuais, aos rituais de integração e prazer que a gastronomia nos proporciona, sendo até uma “válvula” de escape para o stress da vida urbana.

O que se pode verificar é que essa revolução é recente, sendo uma característica das sociedades urbanas, que foram modificando o espaço natural e se reconstruindo, ignorando com isso a evolução natural e passando a ter uma alimentação conveniente a seu espaço, sua cultura e principalmente à sua rotina. É possível notar, que o ser humano tinha um tipo de alimentação em seus primórdios e essa foi evoluindo, ou modificando-se, de acordo com a própria evolução humana e do espaço em que está inserido, passando a ser um elemento simbólico e não apenas de subsistência.

As grandes Festas Gastronômicas já são consideradas como fatores de atrativo e um verdadeiro produto turístico, seja nacional, regional, ou mesmo localmente (animação de atração).

Existem casos, de populações próximas, inseridas em um mesmo ambiente natural, expostas ao mesmo tipo de clima e que estariam propícias a terem as mesmas culturas alimentares, cultivando os mesmos grãos, mas que passam a ter costumes diferentes. O que prova que o homem alimenta-se de acordo com a sociedade a que pertence. (AZAMBUJA,2001)

Esse tipo de característica humana, na maioria das vezes, não leva em conta as qualidades nutricionais dos alimentos e sim as características culturais, religiosas e tradições. As exceções são em relação à alimentação infantil, onde, normalmente, a questão nutricional é levada em conta e só posteriormente a essa fase a pessoa é inserida na cultura local, sendo isso repetido muitas vezes através das gerações.

A quebra dessa rotina se dá quando se consomem alimentos característicos de outras culturas. E porque isso acontece? Pode ser por curiosidade, monotonia, entre outras razões. A familiaridade com determinada alimentação é confortadora, e essa quebra de rotina, normalmente, acontece através de algum evento social, que pode ser uma viagem.

Chegando a esse ponto é possível analisar as razões que levam o homem a experimentar alimentos culturais. A começar por ser dado como certo, que a gastronomia estar ligada ao prazer, dessa forma, o homem sente curiosidade de conhecer novas culturas, sendo uma das formas para isso a alimentação típica dessas culturas, com isso saciando seu prazer.

Além disso, ao conhecer novas culturas, alimentos e sabores, o homem tem a necessidade que esse momento seja um evento especial, como se fosse um ritual de prazer, ou seja, o mesmo alimento, saboreado sozinho (sem outras pessoas), não teria o mesmo sabor, ou não proporcionaria o mesmo prazer. Isso mostra a importância dos rituais gastronômicos para o ser

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