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Provas Ilícitas Por Derivação

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Por:   •  31/8/2013  •  783 Palavras (4 Páginas)  •  368 Visualizações

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Provas ilícitas por derivação

Advinda da escola de direito norteamericana, provem da expressão em inglês

“fruits of the poisonus tree”, que significa literalmente “árvore dos frutos envenenados”.

Exprime a idéia de que o vício da planta se transmite a todos os seus frutos.

Assim, entende-se por prova ilícita por derivação aquela em que em si mesmo é lícita, mas foi produzida a partir de outra ilicitamente produzida. Exemplo claro,é o caso da delação obtida por meio de tortura e que depois origina uma decisão regularmente proferida de prisão preventiva do delatado, que vem a ser efetivamente preso, embora tal prisão seja lícita, como advêm de uma delação ilícita, acaba por envenenar-se com tal ilegal origem.

Conforme Nestor Távora & Rosmar Rodrigues de Alencar.

“A produção de prova ilícita pode ser de extrema prejudicialidade ao processo. Os efeitos da ilicitude podem transcender a prova viciada, contaminando todo o material dela decorrente. Em um juízo de causa e efeito, tudo que é originário de uma prova ilícita seria imprestável, devendo ser desentranhado dos autos.”

Com o advento da edição da Lei n. 11.690/2008, que reformou o Código do Processo Penal, expressamente consagrou no direito pátrio a inadmissibilidade das provas ilícitas, inclusive as por derivação.

Entretanto, a referida Lex trouxe certas limitações a teoria da árvore dos frutos envenenados, quais sejam: limitação da fonte independente; limitação da descoberta inevitável; e, para alguns, a limitação da contaminação expurgada ou conexão atenuada.

Vale lembrar que os doutrinadores ainda trazem outras teorias de limitações, contudo, não consagradas pela Lei n. 11.690/2008.

A limitação da fonte independente (independent source limitation), prevista no § 1º do art. 157 do Código de Processo Penal, impera a inadmissibilidade das provas ilícitas por derivação, “salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras”.

O dispositivo exprime que se existirem outras provas no processo independentes de uma determinada ilícita produzida, não caracteriza a contaminação, nem aplicação da derivação, haja vista não haver vinculação em relação de dependência.

O processo, portanto, poderá ser aproveitado se existirem outras provas, absolutamente independentes das ilícitas, não é porque foi declarada a nulidade de uma prova que importará na nulidade de todo o processo.

Tal limitação, não seria propriamente uma exceção aos efeitos da teoria dos frutos da árvore envenenada, e sim uma teoria coexistente, posto que aqui não há vinculo algum entre as provas.

A limitação da descoberta inevitável (inevitable discovery limitation), também disposta no § 1º do art. 157 do Código de Processo Penal, na passagem “quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeira”, por sua vez, impera o entendimento que se a prova licitamente produzida decorrente de uma ilícita seria produzida de qualquer maneira, por atos de investigações válidos e de praxe, ela será aproveitada, desinvenenando-a da ilegalidade.

A contaminação não é passada adiante se a prova lícita decorrente da ilícita seria colhida mesmo sem a

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