Psicologia Da Educação

• Na perspectiva psicanalítica, os professores devem abordar o seu conhecimento, sem resumir-se a métodos pedagógicos, pois tais métodos trilham objetivos, resultados e metodologias, uniformizando assim o aprendizado e não respeitam as estruturas inconscientes do subjetivismo.

Então, qual seria o papel do professor, segundo esta tendência?

Resposta: Segundo essa tendência o professor adquire o papel de promovedor da sublimação. O Educador passa a ser visto como um analista com um fim moral a ser estabelecido, desse modo se põe como um modelo ao qual se deve espelhar, para os conceitos de vida e pensamentos. O Professor deverá exercer junto a criança uma influência analítica, desse modo não haveria a uniformidade dos alunos, respeitando as características e limites de cada um.Principalmente na fase da latência, onde o professor adquire a imagem de ‘pai’, é necessário que esse saiba se por na nova relação de afeto criado junto ao aluno, onde se valoriza o ambiente de aprendizagem, não os métodos.Logo torna-se evidente a necessidade se transmitir a psicanálise ao educador, não afim de torná-lo de um analista, mas sim para que este possa saber conduzir da melhor maneira possível a questão pedagógica do ensino.Ao final caberá ao professor a simples tarefa de organizar, articular e tornar lógico o conhecimento transmitido aos alunos, pois não se pode cobrar dos alunos que aceitem como verdade tudo o que é aplicado pelo seu educador, deixando de lado a sua subjetividade, pois assim estaríamos deixando de lado junto toda a capacidade de renovação e criação de conhecimentos da criança.

• Por que Freud dizia que “[...] educar, ao lado de governar e psicanalisar, é uma profissão impossível”?

Resposta: Dentro dessa ótica, podemos entender a preocupação da Psicanálise com a organização psíquica do sujeito. Compreendemos que as operações de recalcamento, de castração, de inscrição do Nome do Pai e a introdução na cultura são decisivas e fundamentais no processo de aprendizagem. Freud, defendia essa tese pois, Como psicanalista, estava destinado a se interessar mais pelos processos emocionais que pelos intelectuais,mais pela vida mental inconsciente que pela consciente.Como educador, teria que renunciar a própria educação, para que pudesse-a fazer de uma forma analítica, pois em sua forma original tende-se a generalizar o ensino não respeitando a subjetividade de cada indivíduo a quem é transmitido aquele conhecimento.Já em questão de governar teria que renunciar a todos os conceitos anteriormente já citados, afim de se tornar um poder soberano jamais contestado, onde a única subjetividade a ser considerada é a quem pertence todo esse poder concentrado.Desse modo jamais poderá se estabelecer uma relação instável entre elas.

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