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Psicologia Social

Trabalho Universitário: Psicologia Social. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  31/3/2014  •  3.369 Palavras (14 Páginas)  •  249 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho traz reflexão sobre a questão da humilhação Social, aponta a importância de considerar os complexos modos como se articulam dimensões afetivo-emocionais, em relações ao problema político e psicológico.

A psicologia, com suas perspectivas naturalizantes, esteve de costas para a realidade social e por muitos anos produziu um saber e um fazer que desconsiderassem questões importantes e aspectos fundamentais de nossa realidade. É preciso enfeitar a realidade social na psicologia, a desigualdade é um destes aspectos que precisam estar presentes na psicologia.

Ao lermos o texto, podemos observar a constante correria da sociedade e as conseqüências materiais e psicológicas que afetam sua vida social. Abordando diversos cotidianos José Moura tentou explicar e compreender as transformações que considera como uma reação às condições de humilhação social que o capitalismo automaticamente provoca em cada um de nós. As dificuldades geram migrações à capital na esperança de uma vida mais farta e menos trabalhosa, assim percebe um dos entrevistados do projeto. “Verdade que se mascara diante da certeza que em “São Paulo se não se tem dinheiro não se vive.” Essa é simplesmente a realidade de boa parte do mundo: Essas pressões de compra e venda, configuram o capitalismo e formam o circulo vicioso que vende mão de obra pela necessidade de sobrevivência. Os vínculos e os valores sociais, com isso sofrem interrupções. A rotina o trabalho e as poucas horas de descanso entre os intervalos nos cegam diante de riquezas essenciais como sentar num banco de praça, sentir a brisa, o ar, o cheiro das flores e, deixar de lado o relógio e se reunir com amigos ou familiares. Por causa da desigualdade das classes sociais, a angústia é um sentimento vivenciado pela classe trabalhadora e pelos familiares dessa. Fica assim em evidência que a desigualdade política é a potencialização dessa humilhação social. O pior é como diz, José Moura autor do texto, oque é profundamente grave a mensagem passa ser esperada, isso significa que a humilhação já foi interiorizada, que a pessoa acha mesmo que é inferior. Utilizando as palavras do autor é necessário que haja condições em que o encontro do homem com o homem não se formem por meios violentos; condições em que não falte vínculo criativo com o passado a iniciativa para novas fundações e o livre exercício da palavra, nesse encontro é necessário também que quem manda utiliza. Os direitos não estão também adequadamente e nem igualmente distribuídos. Os espaços estão desigualmente divididos; o poder político está concentrado na mão de grupos dominantes da elite. Esta é a realidade social que da base para produção das subjetividades em nossa realidade brasileira e que infelizmente, a psicologia tem ignorado. Estamos falando de uma realidade desigual onde uns têm acesso a todos os bens culturais que carregam o desenvolvimento e as possibilidades valorizadas pelas camadas dominantes, e outros ficam a mercê de ajuda alheias, supostas promessas não cumprida. As desigualdades sociais são condições constitutivas das nossas subjetividades. O sujeito da nossa leitura e pesquisa vai evidenciando em suas falas sentidos subjetivos que refletem e desanuviam situações precária e desigual de vida que têm. A invisibilidade pública é a expressão que resume diversas manifestações de um sofrimento político, a humilhação social é um sofrimento longamente alterado e ruminado por gente das classes pobres, a humilhação social é sofrimento ancestral e repetido. (Gonçalves Filho, 2004, p.21). A humilhação social marca falas de nossos sujeitos, pois estes falam de si sempre utilizando como referência o outro (rico); falam como se estivessem errados como se desigualdade fosse sinônimo de estar errado, fora do padrão. Somente quando a Psicologia tomar este lugar, ele poderá, efetivamente, contribuir para a produção de condições dignas de vida.

Objetivo central deste artigo é analisar a desigualdade social e, consequentemente, a invisibilidade social. Temas centrais na constituição da identidade do povo brasileiro serão analisados a partir de uma interlocução entre a Sociologia e a Psicologia desenvolvidas por Jessé Souza e Fernando Braga da Costa, respectivamente. Estes dois autores apontam em suas obras a desigualdade social como um fenômeno constituinte da sociedade brasileira. Jessé Souza também critica a visão de autores da sociologia clássica quanto o surgimento da desigualdade na história da colonização do Brasil. Os autores buscam compreender a invisibilidade social a partir de uma investigação profunda do tema da desigualdade e para isso, dialogam com

diversas perspectivas ao darem conta de temas eminentemente históricos nesta

sociedade.

Fernando Braga da Costa, psicólogo, aborda em seu livro Homens invisíveis: relatos de uma humilhação social a partir de casos empíricos registrado em uma pesquisa realizada por ele. Ao cursar uma disciplina de psicologia social durante a graduação, este autor teve a incumbência de exercer por um dia uma profissão considerada subalterna, não qualificada. E escolheu acompanhar os garis que trabalhavam na Universidade de São Paulo (USP). A partir daí, resolveu explorar o tema em sua dissertação e passou dois anos acompanhando

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